Leilão bizarro
Múmia à venda no eBay
Autoridades dos EUA apreenderam o esqueleto na casa de uma mulher, em Michigan. Os restos mortais à venda no eBay eram de uma criança do início do século XIX.
Autoridades dos EUA apreenderam o esqueleto na casa de uma mulher, em Michigan. Os restos mortais à venda no eBay eram de uma criança do início do século XIX.
A múmia pertence a uma colecção escocesa do início do século XIX
Desde um soutien da cantora Britney Spears a um simples computador portátil, não é novidade que tudo se pode leiloar no famoso site “eBay”. No entanto, esta semana as autoridades norte-americanas viram-se a braços com uma estranha venda: uma múmia.
O bizarro leilão de um esqueleto mumificado, posto à venda por uma mulher residente em Michigan, não escapou às autoridades, que o confiscaram dois dias depois. Questionada pela polícia, a mulher explicou ter conseguido o esqueleto através um amigo, que supostamente o tinha encontrado durante uma demolição de uma escola, em Detroit, há cerca de 30 anos.
Em declarações ao jornal “Times Herald”, um antropólogo da Universidade de Michigan, Normam Sauer, revelou que os restos mumificados pertencem a uma criança entre os 6 e os 9 anos e datam do início do século XIX. Segundo o especialista, esta múmia faz parte de uma colecção de espécimes do anatomista escocês Allen Burns, que foi levada para os Estados Unidos em 1820 e abrigada na Escola de Medicina da Universidade de Maryland.
Quanto à explicação dada pela mulher às autoridades, Normam Sauer confirmou que, ao longo dos anos, muitos destes espécimes foram desaparecendo da colecção. “Esta múmia é obviamente um importante espécime histórico e deve ser levada de volta para a colecção de Burns”, advertiu o antropólogo.
Entretanto, as autoridades encerraram a investigação e a mulher não foi incriminada. O leilão também já foi removido do "eBay" por violar a sua política de não vender restos humanos, explicaram os responsáveis pelo sítio. Embora o "eBay" permita a venda de esqueletos para estudos médicos, não permite a venda de restos mumificados.
(esta notícia faz parte do Expresso online. Foi escrita por Paula Cosme Pinto.)
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