terça-feira, 6 de novembro de 2012

Oh, a ironia!

O gozo que a Siemens nos dá, ao apelidar as máquinas de Ressonância Magnética -que, para quem não sabe e/ou ainda não teve o infortúnio de ser deslizado para dentro de uma, faz o barulho equivalente à estática dos rádios em volume máximo de 539 trabalhadores de martelos pneumáticos a trabalhar durante a girândola de foguetes de um arraial de Verão em Alguidares de Cima (especificamente Alguidares de Cima, porque as terrinhas arreigadamente estáticas no tempos dos nossos bisavós optam sobremodo pelos foguetes barulhentos ao invés dos vistosos)- de... 

..."Symphony".

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mitos Urbanos

Disseram-me que o álcool é a melhor coisa para desensarilhar o cabelo.

Corri para cima de alguns bares, e em todos eles vi-me forçada a pedir uma bebida.

Continuo com nós no cabelo. Se não mais, pelo menos os mesmos...

Sinto-me enganada!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pontos de vista

Quando calha de abraçar e mimar em modo "cafunés, ronrons e cabeçadinhas no queixo" qualquer uma das minhas gatas, e o Sr. Engenheiro (o pássaro) calha de ver, só lhe consigo ler nos olhos "Como é que é possível gostar-se tanto de um bicho tão sanguinário!"

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Swiffer

Para cima de umas quantas da manhã. Raquel à janela, a apanhar o fresco da noite (não interessa...) De repente, um som. Um barulho ininterrupto, um roçar grave, um arranhar em crescendo. Com a clarividência inerente daquela hora, volto a cabeça para o cimo da rua, e a minha miopia (mal-)disfarçada pelas lentes prescruta um vulto no meio da estrada. Será um ninja? Será uma personificação da morte? E o som a continuar, a aumentar. Os olhos semi-cerrados, a expressão de ignorância gravada no rosto. Será um papa-reformas desvairado? Será um segurança de hipermercado montado numa segway com os pneus gastos? O som continua, o rasto que a figura deixa atrás de si passa da faixa da direita para a da esquerda para o meio, ziguezagueando na minha própria aturdição!

Ele aproximava-se a uma velocidade estrondosa.

Arrepanhou-se-me o peito na sensação de que nunca mais ia consegui ser feliz.

Ele passa sob a minha janela...!

(o suster a respiração, o pânico, o medo, a curiosidade!)

E era um jovem a descer a rua em patins de dois pares de rodas paralelas, por ali abaixo como se fosse a coisa mais natural do mundo, qual parar no cruzamento, qual quê?, lá continuou a coçar o alcatrão por ali fora, e eu percebi porque é que se deve ir para a cama cedo. Isso, ou moderar certos consumos... Ou os dois. Ou! Estar à espera de tudo e mais alguma coisa, pois já nada é de estranhar.




E se este não foi um bom episódio para retomar a parvoíce ao natural que tão bem pauta este blogue, não sei o que poderia ser...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Santo Quim

Quim Barreiros: para além de mestre de culinária, exímio na arte da geladaria (Teresa que o diga...) e de ter uma vizinha que é uma doçura de mulher, ainda é um fazedor de milagres no que toca a afecções do aparelho locomotor. Estou curada! Da próxima vez que me lesionar, em vez de ir à farmácia, vou até ao bailarico mais próximo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

E já que aqui estou...

Diz que há um Motel aqui na zona onde se comem boas francesinhas.

A mim, parece-me muito bem.
Primeiro, porque pode induzir em erro. Um erro legítimo, claro. Um gajo vai a pensar em cancans, joie de vivre; rendilhados vermelhos e negros, seios constritos em espartilhos. Na invenção do erotismo cru, fluido, dançado e arrastado na língua, sem rodeios nem embaraços. E zau!, espetam-lhe com uma tosta mista no prato.
Segundo, porque um convite para jantar nunca se recusa. "E já que aqui estamos..."

A isto, meus senhores, eu chamo boa publicidade!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

De médico e de louco...

Ponto de Encontro: Faculdade de Medicina, 10h

9h20 e já Raquel está estacada por baixo das parangonas "FACULDADE DE MEDICINA - HOSPITAL S. JOÃO"

9h45 "Que estranho, ainda ninguém ter chegado. Bem, mas assim como assim, consta que este povo não se pauta muito por chegar a horas, o que fará antes das mesmas..."

9h50 Passo em revista mental o e-mail recebido com a hora e o local do encontro. "Faculdade de Medicina - 10h" Está certo...

9h55 "OK, é mesmo estranho ainda não estar aqui ninguém! Vou perguntar ao Segurança se estarei no sítio certo"
-Bom dia, diz Raquel sorridente
-Bom dia, diz o Segurança erguendo os olhos do jornaleco
-Eu estou aqui para coiso e tal... -pausa para descortinar o acendimento da luzinha no senhor. Nada... Continuando -...e o ponto de encontro era na recepção da Faculdade de Medicina. -nova pausa, mesmo desfecho: nenhuma reacção -Sabe se estou no sítio certo?
-Disse que estava aqui para quê?, diz o Segurança para provar que não estava morto, coisa que eu já começava a supor face à sua falta de reacção.
-Coiso e tal, diz Raquel já sem convicção nenhuma, pondo tudo em causa, desde o local de encontro, o dia, as horas, até ao movimento de rotação da Terra e os falsetes do Nuno Guerreiro.
Com olhar altivamente indagador e voz pausada de compaixão, diz o Segurança:
-A menina sabe onde é a Ala de Psiquiatria?
-Perdão?!, ataranta-se-me o espírito.
-A Ala de Psiquiatria, repete ele como se aquilo fosse o discorrer normal da conversação.
Passei-me, pois com certeza que me passei:
-Como diz?!, "Ala de Psiquiatria"?! Mas o senhor está a brincar comigo? Acha plausível esse tipo de gracejo sem graça nenhuma? Parece-lhe que, estando na posição em que está, se pode permitir ao gozo fininho com quem pede informações?!
-Mas sabe onde fica, ou não?
O pasmo:
-O QUÊ?!
-A Ala de Psiquiatria.
-Não, sua abécula! "O quê" foi a minha estupefacção a perguntar sobre o que terá o senhor no lugar da boa-educação que a senhora sua mãezinha lhe deve ter dado! -Começando a achar que já estou a soar mesmo a louca, faço a revisão dos factos em voz alta -Eu só fiz uma pergunta. Eu até li ali em cima "FACULDADE DE MEDICINA", eu tenho que estar na Recepção da Faculdade de Medicina, já passa da hora, e o senhor em vez de ser útil, é parvo!
Saindo de trás da mesa, e encaminhando-se para a porta -Eu digo-lhe onde é...
Possessa que estava, estrebucho-me toda, lanço perdigotos boca fora ao som do meu desagrado, e no meio da luta que travava com o descontentamento com aquela situação, ouço o senhor dizer:
-...à direita, encontra a Ala de Psiquiatria, segue pela esquerda, vira à direita e vai encontrar o edifício novo da Faculdade de Medicina.
Como que atacada por uma falha súbita de corrente, volto à vida com um:
-Há um edifício novo da Faculdade de Medicina?
Ciente do seu trabalho bem feito, diz o Segurança:
-Sim. Vai por onde lhe disse e chega lá.

Fui o caminho todo com o queixo caído face ao que se tinha passado, e ainda sinto as dobradiças do maxilar doridas de tanto espanto...

terça-feira, 27 de março de 2012

Chegou a Primavera e o cuco vem também

A noite envolvera a cidade com o seu manto azul-enegrecido. O silêncio caíra de tal forma, que ouvidos mais cuidados -higienica e/ou não-ouvindo-música-aos-berros-nos-phones'mente-, conseguiriam perceber o zunido dos filamentos eléctricos dos candeeiros. As horas dos relógios iam avançadas, as luzes das casas há muito haviam definhado, os carros que havia nas ruas só desocupariam os seus lugares às primeiras horas da manhã.

Mas eis que de súbito, uma voz surge, rompendo o silêncio com um

Corri para a janela, passando em revista todos os emigrantes que conheço, na esperança de me surgir um moço casadoiro na ideia e no passeio lá em baixo.

Mas não, a serenata não era para mim. Desta vez o álcool levou a melhor. Mas um dia, ah um dia, hei-de ser eu a razão de vocalizações romantico-desafinadas!

domingo, 25 de março de 2012

Inadmissível!

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um comunicado em que fez saber que também não concorda de todo com o que se passa no Jardim de Infância de Santo Isidoro, na Ericeira, pedindo igualmente que acabem com a canção inconsequente que os miúdos têm vindo a cantar, e uma punição exemplar para a Educadora de Infância em causa.

A razão apontada pela OMS é o facto de na canção se fazer referência a, e cito, "batata frita", e crianças daquela idade não devem ser bombardeadas com informação abusiva acerca de comida hiper-calórica e nada saudável, ainda para mais num Jardim de Infância, local que se devia pautar pelos bons ensinamentos.
Querem cantar música com comida, façam-no com frutas e legumes, esporadicamente até se aceita um papo seco. Insistindo em comida potenciadora de obesidade, então opte-se por um Cozido à Portuguesa ou um Pudim Abade de Priscos, que podem ser acompanhados por laivos de Cultura e História Nacionais, que sempre vão alimentando também o intelecto, não se perdendo tudo.

Refira-se ainda que a OMS só difere do FCP no modo de expressão do desagrado com toda esta situação, pois é uma organização com gente inteligente que sabe o significado e conotação de palavras como "ayatollas" e "fascistas", e rege-se pela sensatez e recato no uso das mesmas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

A culpa é do iogurte! (mas agora a sério)

Não tenho consultório sentimental, mas sei que se tivesse, uma das questões que mais me chegaria seria "É só o piri-piri que é afrodisíaco, ou o spray de pimenta também serve?" seguida de pertíssimo pela "Porque é que os chineses vieram para Portugal comprar a edp e não foram antes para Espanha comprar o que quer que seja que distribui a electricidade a nuestros hermanos?"

Primeiramente, não, amores, piri-piri e spray pimenta não são a mesma coisa e muito menos servem para o mesmo. Quereis andar para aí num intercâmbio de bicharadas diversas, numa rebaldaria que pergunta aos padrões da moral: 'Onde te dói?', e zás! escarafuncha a ferida ainda mais, andai. Mas sempre com cooperação consciente de ambos os lados. Vá, a ver se nos entendemos.
Quanto à segunda questão, também ela pertinente, vou pedir a ajuda do meu assistente para dar início à apresentação:


Enquanto que em Portugal se deve "conservar no frio entre +0ºC e +6ºC", do lado de lá da fronteira, deve-se "conservar en frío entre +1ºC y +8ºC". Ora isto, ainda que podendo parecer que não, é substancial. Porque são para cima de muitos milhões de frigoríficos a puxarem pelo coisito que os refrigera -confesso que a anatomia de electrodomésticos é coisa que não me assiste- com mais esforço e afinco que os espanhóis. E a edp a meter para o bolso.
E os chineses, que de palermas não têm nada, com olho estreitado para o negócio, pumba, afiambram-se à edp e nós "ah, pois, 'tá bem, OK..." e vai de fazer vénias e esperar não expor muito as vergonhas.

terça-feira, 20 de março de 2012

Valha-me um curral de vacas sagradas!

O meu pai quer ir correr comigo...

segunda-feira, 19 de março de 2012

A problemática do Marsupial

Como Raquel, acordando atarantada e num estado próximo ao de pânico com o estrépito troar da pirotecnia rural por um qualquer São Teotónio das Lanzinhas, com voz roufenha a desenhar-lhe o aborrecimento, sono remelado a colar-lhe as pálpebras e de si para si, diz: "OOHHH!, Porquê iogurtes?!"

(e vocês perguntam-me: "Raquel, o que tem o título a ver com o texto?". E eu aniquilo-vos a questão com o bom senso: chamar "iogurtes" a foguetes, é como tentar enfiar os marsupiais nos Mamíferos: não encaixa)

sábado, 10 de março de 2012

1+1

Há uma coisa que me apoquenta imenso. Crava-me rugas na testa, pesa-me no peito, tinge-me o quotidiano de tons monocromáticos, e é raro o dia em que mal me tenha acordada e funcional, não arqueie o sobrolho de preocupação por Lucy e Djaló ainda não terem nome para a nova aquisição do clã.
Quando soube deste facto pelas páginas duma revista, não pude de deixar de gritar para as mesmas um "Maria da Luz" ininterrupto, na esperança vã de que os inquietos pais me escutassem. (Escusado será dizer que no mesmo instante tentaram alterar-me a consulta de ortopedia pela qual esperava por uma de psiquiatria, e só a explanação do facto e sensatez dos agentes de saúde me conseguiu safar.)
Este nome só tem vantagens: depois de uma Lyonce Viiktorya, nada melhor do que um nome que "não [sendo] um encanto, é cá da terra e tem, tem muito encanto"; não ofuscaria a nomenclatura da primogénita; e marcava indelevelmente a ida do papá para o Glorioso. Já vi shampoos com "'tantos'" em 1" sem este nível de perfeição.

Todas as semanas passo a vista pelos dois semanários que esta terrinha edita, fértil que ela é em assaltos, simulacros, ajuntamentos; ramboiísse, textos opinativos, e demais palestras subordinadas a temas; vitórias, derrotas e, vai-não-vai, um ou outro empate nas mais diversas modalidades, desde a natação ao xadrez, sem passar pelo jiu-jitsu, o btt e, como não podia deixar de ser, o futebol, com laivos de boccia e de rugby, já para não falar nos desportos motorizados, de tudo quanto é freguesia; convocatórias associativas, publicidade a estabelecimentos comerciais e quadrículas de relax, para o povo não desesperar.

Jamais, com tudo de bom e de mau de que podia estar à espera, conseguiria conceber que estas incursões pelas notícias com cheiro a tinta alterariam quase irreversivelmente a rectidão da linha do raciocínio que me levou a querer ser madrinha da criança do número 12 do Benfica, só para lhe poder dar o nome. Agora, toda eu sou indecisões, e percebo bem a confusão que há-de ir na cabeça daqueles progenitores, que se fazer um filho é fácil, nomeá-lo, é o cabo dos trabalhos!

Para além de tudo -mas mesmo TUDO- o que vem nos jornais, aparece sempre o mítico "este ou aquele tem o prazer de anunciar a morte de fulaninho" (mais coisa, menos coisa, que também nunca atento a isto...). Esta semana levei um soco no estômago, não pelo punho da saudade ou mão da incredulidade pela morte da senhora (que não a conheço bem como 99,99% dos restantes), mas pelo nome que a falecida acarretou nos seus muitos anos de vida.

Luciana, Yannick, venho por este meio -por ser o mais global que me é possível (já tentei gritar para as páginas duma revista e não resultou...)-, atirar achas para uma fogueira já de si perigosa de tão altas que lhe são as labaredas, lançando um "Eufrozina" para o ar.
Se atónita fiquei com esta descoberta, mal refeita ainda estava quando, trémula, volto a página e *zau!*, *bam!* saltam-me às vistas uma Aidina e um Eliziário, este último facilmente transformável em "Eliziária".

Estou tão louca de felicidade que nem respirar consigo! Mas, assim como assim, quem precisa de Oxigénio quando se é invadido por pequenos querubins e papudos serafins a mimarem-nos o ser?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

E se...

Já vos aconteceu pensar "E se isto ou aquilo tivesse sido diferente?". Com certeza que sim. É absolutamente inútil -quando não piora mesmo o nosso humor- mas é, talvez, legítimo acontecer.

"E se eu tivesse ficado a estudar em vez de ir dar um giro?"

"E se eu tivesse saído mais cedo de casa?"

"E se o Sócrates tivesse acabado o curso à semana?"

"E se amanhã chove?"

"E se tivesse sido o Pedro Abrunhosa a compor a 'Ai Se Eu Te Pego'"?

Alto!!! Em relação a isto temos solução: Ai Se Eu Te Pego (se fosse gravado por Pedro Abrunhosa)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Pequeno Poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

-Sebastião da Gama-


É um dia mais tarde, bem sei, mas ontem estive ocupada a... fazer anos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Fitness na UP

Diz que a prática regular de desporto é salutar. É.
Diz, também, que a taxa de natalidade em Portugal está a decrescer assustadoramente. Está.
Diz que a prática de amores -e/ou seus parentes mais ou menos afastados- carnais ajuda na aniquilação de calorias, essas safadas. Acredita-se facilmente que sim.
Diz igualmente que o Ensino Superior tem cada vez menos adeptos, diz que, no entanto, é coisa assaz importante, e diz que alguém, vá-se lá saber se atiçado pagodeiramente por colegas rufias, se esticando a corda a ver até onde ela aguenta o seu emprego, se atirando assuntos ao ar para mais depressa os resolver e usar a mesma bitola para tratar dos que se quedavam próximos, decidiu juntar tudo isto, e qual não é o meu espanto, pois que andando a procurar entretenimento para o corpo, e ponderando umas das nobres instituições da invicta, i.e., a UP, se-me surge sem aviso e, julgando eu, completamente fora do contexto, isto:

http://sigarra.up.pt/sasup/web_base.gera_pagina?P_pagina=2329

Confesso que me atarantou. No entanto, e não sendo uma das modalidades que tinha em mente, depois de não tanta ponderação quanto isso, não me pareceu uma ideia assim tão descabida.
Fui dissecar o assunto, nomeadamente [importantíssimo!], saber por quem era ministrada a dita modalidade, porque se é verdade que há conceitos já adquiridos, não é menos verdade que a prática de exercício deva ser monitorizada para prevenir maus jeitos e lesões.

E assim e por aqui ficou esta que prometia ser uma das mais bem conseguidas ideias que eu já tive até hoje, pois que embora acredite em todo o potencial, profissionalismo e saber das instrutoras, convenhamos, são um género que me aniquila logo à partida toda a vontade e motivação que até aqui me moveram...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Imaginem se...

...quando sonhássemos com alguém, esse alguém tivesse o mesmo sonho.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Continuo a achar que devia...

Se antes era isto que me preocupava, agora digo:

"Não devia haver um movimento que preconizasse 'Isso é uma camisola, não um vestido, usa umas calças, ou qualquer-coisa-opaca-não-tão-denunciadora-de-formas por baixo disso!'?"

sábado, 7 de janeiro de 2012

Ai se os Americanos me descobrem!!! - parte VI

Caríssimos, tenho em meu poder um dos Grail's por muitos desejado, por outros tantos procurado, só por mim atingido, que é tão somente: a resposta-para-tudo!

Agora que recuperaram forças do choque -para os mais frágeis, recomendo um copinho de água com açúcar-, creio já estarem preparados para a revelação: a resposta para tudo é... óleo Johnson!

Se não, reparem:

"Raquel, o que besuntar na criança depois do banho?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, que fazes tu para teres a pele tão macia?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, como é que o Coisito conseguiu ficar tão moreno?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, com que queres que te faça a massagem?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, como faço para me mascarar de ordenhadora de vacas suíças no Carnaval e não ter frio?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, porque é que as gajas dizem que não gostam de homens excessivamente musculados, e depois nos strip's, ficam doidas?!"
Resposta: Óleo Johnson.


Amores, não têm nada que agradecer, mais uma vez digo que contribuir para o vosso bem-estar e vosso conhecimento, já me é conforto suficiente!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A bolinha mais vermelha

Achava eu que o Zezito era malandro a piscar o olho ao badalhoco, que camufla literatura erótica em romances topo de venda melhor do que um predador à coca da presa numa savana Africana, que quando se dá conta dele, olha, pumba, já está, já é tarde, agora é seguir com isto a ver no que dá, até porque lá dizem para "Ler +", e a gente sujeita-se, ora pois, em prol dum bem maior, até encontrar Mark Gimenez!

"Pior que o Zezito?!", estupefactam-se vocês. É verdade! E tenho aqui um dos livros do senhor, que não me deixa mentir!
Entitula-se "O Rapto", e embora deixe crer que o tema central seja a pesca do atum no Mediterrâneo, trata-se na verdade do rapto duma cachopa, desculpem lá comprometer-vos a estória.

Enquanto que o JRS é todo cheio de analogias e comparações e floreados porquitos, o Mark Gimenez escancara tudo ali, porque 1+1=2, não é "esse primeiro número primo, que com a unidade é um só, sentindo-se compelido por força da solidão e demais necessidades que ela acarreta, a calar o troar da vontade que se vai fazendo sentir cada vez mais forte num latejar no âmago do ser, com a ajuda calorosa de outro igual a ele, numa união selvática e tempestuosa, a roçar a animalidade do momento, urros de feras no cio, vontades feitas e satisfeitas, seivas brutas, troncos rijos, mímicas ritmadas, sopros quentes, a loucura, a exaustão, a intensidade, a apoteose, o suor, os tremores" e tudo mais que a minha mente pura e casta não consegue, sequer!, conceber... Não. 1+1 são 2 e já está. De tal modo que vinha eu sossegadinha num comboio apinhado, sentadinha como uma menina linda, com o meu livrinho no colo, quando "Ei, ouve lá! Que é isto?! HEI!!! Eh lá! Upa, então?! Hei... Credo!", passo a página muito depressa sem chegar ao fim, "que isto não deve ser importante para a estória, que se o menino que está aqui ao lado a olhar de esguelha para o livro, apanha este palavreado, vai ser o bom e o bonito..."
Eu temi pela minha imagem. Também é verdade que tenho uma esquizofrenia latente, mas de qualquer das formas!

Cheguei a casa, e li o trecho em falta, não fosse mesmo ser fulcral para a compreensão da trama. Está tudo lá explicadinho, tintim por tintim, não tem nada que enganar, que inclusive já vi kamasutras com menos informação, mas tem uma coisa que o JRS nunca põe nas suas descrições erótico-badalhocas-isto-será-mesmo-permitido-?: humor. Corrijam-me se estiver errada:

"A sua outra mão acariciava suavemente o seu seio. Normalmente, ele rodava os seus mamilos como se estivesse a tentar sintonizar o rádio do Range Rover; esta noite, acariciava-a como se soubesse o que estava a fazer. Andaria alguém a ensinar, ao seu cachorrinho, novas habilidades à parte?"

"[...] friccionando o seu clítoris, como se estivesse a tentar fazer fogo com dois paus e depois cravando um dedo dentro dela, com todo o romantismo de um mecânico a verificar o óleo do carro."

Tudo o resto está nas páginas 280 a 282, comprem o livro e sigam tudo direitinho até lá, ou enviem um e-mail para raquel.ensina-nos.tudo@ganhemjuízo.com, com o assunto "o Mark Gimenez é que sabe!"

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ouros e Espadas

Gosto de padrões. Geométricos, sequenciais, em tecidos, em espaços, no chão, nas paredes, em telas. Gosto de padrões. E tento muitas vezes descobri-los.
E há depois aquelas alturas, em que aparece isto:


...e eu gosto, pois com certeza que gosto.