quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

E se...

Já vos aconteceu pensar "E se isto ou aquilo tivesse sido diferente?". Com certeza que sim. É absolutamente inútil -quando não piora mesmo o nosso humor- mas é, talvez, legítimo acontecer.

"E se eu tivesse ficado a estudar em vez de ir dar um giro?"

"E se eu tivesse saído mais cedo de casa?"

"E se o Sócrates tivesse acabado o curso à semana?"

"E se amanhã chove?"

"E se tivesse sido o Pedro Abrunhosa a compor a 'Ai Se Eu Te Pego'"?

Alto!!! Em relação a isto temos solução: Ai Se Eu Te Pego (se fosse gravado por Pedro Abrunhosa)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Pequeno Poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

-Sebastião da Gama-


É um dia mais tarde, bem sei, mas ontem estive ocupada a... fazer anos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Fitness na UP

Diz que a prática regular de desporto é salutar. É.
Diz, também, que a taxa de natalidade em Portugal está a decrescer assustadoramente. Está.
Diz que a prática de amores -e/ou seus parentes mais ou menos afastados- carnais ajuda na aniquilação de calorias, essas safadas. Acredita-se facilmente que sim.
Diz igualmente que o Ensino Superior tem cada vez menos adeptos, diz que, no entanto, é coisa assaz importante, e diz que alguém, vá-se lá saber se atiçado pagodeiramente por colegas rufias, se esticando a corda a ver até onde ela aguenta o seu emprego, se atirando assuntos ao ar para mais depressa os resolver e usar a mesma bitola para tratar dos que se quedavam próximos, decidiu juntar tudo isto, e qual não é o meu espanto, pois que andando a procurar entretenimento para o corpo, e ponderando umas das nobres instituições da invicta, i.e., a UP, se-me surge sem aviso e, julgando eu, completamente fora do contexto, isto:

http://sigarra.up.pt/sasup/web_base.gera_pagina?P_pagina=2329

Confesso que me atarantou. No entanto, e não sendo uma das modalidades que tinha em mente, depois de não tanta ponderação quanto isso, não me pareceu uma ideia assim tão descabida.
Fui dissecar o assunto, nomeadamente [importantíssimo!], saber por quem era ministrada a dita modalidade, porque se é verdade que há conceitos já adquiridos, não é menos verdade que a prática de exercício deva ser monitorizada para prevenir maus jeitos e lesões.

E assim e por aqui ficou esta que prometia ser uma das mais bem conseguidas ideias que eu já tive até hoje, pois que embora acredite em todo o potencial, profissionalismo e saber das instrutoras, convenhamos, são um género que me aniquila logo à partida toda a vontade e motivação que até aqui me moveram...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Imaginem se...

...quando sonhássemos com alguém, esse alguém tivesse o mesmo sonho.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Continuo a achar que devia...

Se antes era isto que me preocupava, agora digo:

"Não devia haver um movimento que preconizasse 'Isso é uma camisola, não um vestido, usa umas calças, ou qualquer-coisa-opaca-não-tão-denunciadora-de-formas por baixo disso!'?"

sábado, 7 de janeiro de 2012

Ai se os Americanos me descobrem!!! - parte VI

Caríssimos, tenho em meu poder um dos Grail's por muitos desejado, por outros tantos procurado, só por mim atingido, que é tão somente: a resposta-para-tudo!

Agora que recuperaram forças do choque -para os mais frágeis, recomendo um copinho de água com açúcar-, creio já estarem preparados para a revelação: a resposta para tudo é... óleo Johnson!

Se não, reparem:

"Raquel, o que besuntar na criança depois do banho?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, que fazes tu para teres a pele tão macia?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, como é que o Coisito conseguiu ficar tão moreno?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, com que queres que te faça a massagem?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, como faço para me mascarar de ordenhadora de vacas suíças no Carnaval e não ter frio?"
Resposta: Óleo Johnson.

"Raquel, porque é que as gajas dizem que não gostam de homens excessivamente musculados, e depois nos strip's, ficam doidas?!"
Resposta: Óleo Johnson.


Amores, não têm nada que agradecer, mais uma vez digo que contribuir para o vosso bem-estar e vosso conhecimento, já me é conforto suficiente!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A bolinha mais vermelha

Achava eu que o Zezito era malandro a piscar o olho ao badalhoco, que camufla literatura erótica em romances topo de venda melhor do que um predador à coca da presa numa savana Africana, que quando se dá conta dele, olha, pumba, já está, já é tarde, agora é seguir com isto a ver no que dá, até porque lá dizem para "Ler +", e a gente sujeita-se, ora pois, em prol dum bem maior, até encontrar Mark Gimenez!

"Pior que o Zezito?!", estupefactam-se vocês. É verdade! E tenho aqui um dos livros do senhor, que não me deixa mentir!
Entitula-se "O Rapto", e embora deixe crer que o tema central seja a pesca do atum no Mediterrâneo, trata-se na verdade do rapto duma cachopa, desculpem lá comprometer-vos a estória.

Enquanto que o JRS é todo cheio de analogias e comparações e floreados porquitos, o Mark Gimenez escancara tudo ali, porque 1+1=2, não é "esse primeiro número primo, que com a unidade é um só, sentindo-se compelido por força da solidão e demais necessidades que ela acarreta, a calar o troar da vontade que se vai fazendo sentir cada vez mais forte num latejar no âmago do ser, com a ajuda calorosa de outro igual a ele, numa união selvática e tempestuosa, a roçar a animalidade do momento, urros de feras no cio, vontades feitas e satisfeitas, seivas brutas, troncos rijos, mímicas ritmadas, sopros quentes, a loucura, a exaustão, a intensidade, a apoteose, o suor, os tremores" e tudo mais que a minha mente pura e casta não consegue, sequer!, conceber... Não. 1+1 são 2 e já está. De tal modo que vinha eu sossegadinha num comboio apinhado, sentadinha como uma menina linda, com o meu livrinho no colo, quando "Ei, ouve lá! Que é isto?! HEI!!! Eh lá! Upa, então?! Hei... Credo!", passo a página muito depressa sem chegar ao fim, "que isto não deve ser importante para a estória, que se o menino que está aqui ao lado a olhar de esguelha para o livro, apanha este palavreado, vai ser o bom e o bonito..."
Eu temi pela minha imagem. Também é verdade que tenho uma esquizofrenia latente, mas de qualquer das formas!

Cheguei a casa, e li o trecho em falta, não fosse mesmo ser fulcral para a compreensão da trama. Está tudo lá explicadinho, tintim por tintim, não tem nada que enganar, que inclusive já vi kamasutras com menos informação, mas tem uma coisa que o JRS nunca põe nas suas descrições erótico-badalhocas-isto-será-mesmo-permitido-?: humor. Corrijam-me se estiver errada:

"A sua outra mão acariciava suavemente o seu seio. Normalmente, ele rodava os seus mamilos como se estivesse a tentar sintonizar o rádio do Range Rover; esta noite, acariciava-a como se soubesse o que estava a fazer. Andaria alguém a ensinar, ao seu cachorrinho, novas habilidades à parte?"

"[...] friccionando o seu clítoris, como se estivesse a tentar fazer fogo com dois paus e depois cravando um dedo dentro dela, com todo o romantismo de um mecânico a verificar o óleo do carro."

Tudo o resto está nas páginas 280 a 282, comprem o livro e sigam tudo direitinho até lá, ou enviem um e-mail para raquel.ensina-nos.tudo@ganhemjuízo.com, com o assunto "o Mark Gimenez é que sabe!"

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ouros e Espadas

Gosto de padrões. Geométricos, sequenciais, em tecidos, em espaços, no chão, nas paredes, em telas. Gosto de padrões. E tento muitas vezes descobri-los.
E há depois aquelas alturas, em que aparece isto:


...e eu gosto, pois com certeza que gosto.