quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sapatos Verdes

Hoje vi uns sapatos verdes. Não!, verdes-alface- psicadélico-fluorescente (ler “…-psicadelicófluorescentes). E não, não exagero, porque ainda os raios de luz do Sol pouco banhavam a cidade, ainda os comprimentos de onda eram curtos e já os psicadélicó se me ofuscavam a visão. Mas o que mais me preocupou, depois de sentir com palmadas reconhecedoras que ainda me encontrava inteira e não destruída por meio de radiações nefastas, foi que os ditos acessórios levavam cativa uma senhora. Bem!, já sabem como sou!: defensora do fracos e oprimidos, altruísta que dói, pois que se me semi-cerraram os olhinhos, instigaram-se-me umas passadinhas para o poste que se erguia à minha direita, atirando-lhe com as minhas costas de forma a manter a minha integridade física preservada enquanto escalonava com a visão desatormentada pela miopia e a cabeça periscópica o redor. *Agora!* E zau! Que se me impeliram as pernas para a frente, pés a empurrarem o chão e eis que impinjo um a modos que empurrão à condenada. Atordoada que ela estava, amandei-se-me-lhe para as cavalita, na esperança de a libertar de tamanha prisão. Não resultando na salvação, resultou na ferocidade exacerbada da besta adormecida. Esperneou, agitou-se, debateu-se, possuída que a mulherzinha estava também pouco ou nada se compadeceu de mim antes peloo contrário, e esperneou, agitou-se, debateu-se e eu, feito toureira num rodeo, agarrada com uma mão aos cabelos da satanizada e outra no ar ajudando juntamente com “iiiiáhs” e “para trás Satanás” e “the power of Christ compels you!” (devo confessar que me deixei levar…), a buscar equilíbrio perene, estatelei-me no chão. Não é que a desgraçada, vendo-me ali despojada de armas, derreada pela batalha, ainda teve a lata de me chamar nomes feios, de ameaçar meter a polícia ao barulho, e de esboçar um "chega pa lá” com um pé?! *choque* Anda aqui uma pessoa a pensar no bem alheio, a sujeitar-se a trabalhos e é assim?! Não agradecem e, ainda pior, são mal-educados?! Pois que com a minha atitude a podia ter poupado a vergonhas futuras, mas não. Ela quis assim… E eu, tuuudo bem. A senhora lá seguiu o seu caminho, verticalmente arrastada, como que a manter a dignidade, pelos sapatos verdes-alface-psicadélico-fluorescente, e eu o meu, pensando “este mundo ‘tá doido!”…





De mais a mais, e sem palermices à mistura, o dia de hoje foi... este sorriso que não se desfaz. Estas palavras que faltam... Há tanto, por tanto que esperei, e ele aqui chegou, sem que nada o fizesse prever. Até tenho banda sonora para ele mas não vo-la vou poder fazer saber. Talvez um dia... Um dia que como este, ou ainda mais, e em que a internet compactue comigo :) Só vos posso dizer uma coisa: a Fiat é a melhor marca de carros! ;)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Gali Aligator




No meu tempo nao havia destes desenhos animados xD

sábado, 27 de outubro de 2007

Lágrima

Lágrima (não é a versão original, porque a original é da Amália e é fraquinha. Tão-pouco é a versão que eu mais gosto. Mas foi a que encontrei e, diga-se, tem pinta... :) Falo da música, como é óbvio! Cliquem no título, vá...)

Cheia de penas

Cheia de penas me deito
E com mais penas
Com mais penas me levanto
No meu peito
Já me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de querer tanto

Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim o castigo
Eu não te quero
Eu digo que não te quero
E de noite
De noite sonho contigo

Se considero
Que um dia hei-de morrer
De desespero
Que tenho de te não ver
Estendo este xaile
Estendo o meu xaile no chão
Estando este xaile
E deixo-me adormecer...

Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima
Por uma lágrima tua
Que alegria
Me deixaria matar

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Eu podia cantar assim...




domingo, 21 de outubro de 2007

Broken and damaged


E tu, como 'tas?

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Sem cair...

até o vento vir...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A Casa Quieta

Tu eras. E passo a citar um sorriso fugidio, juntavas as mãos que apertavas entre as pernas quando tinhas frio tinhas sempre frio, gostavas de te rir mas queixavas-te que já havia pouco que te fizesse rir o que é pena gostavas tanto e eu gostava tanto, tão sério à espera que te risses mais em qualquer ocasião um dos equívocos que deixei e que tu desfazias sempre que podias, isso de eu ser sério (...)


Rodrigo Guedes de Carvalho, "A Casa Quieta"

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Piada joke (*)

*knock knock*
-Who is it?
-Dwaine...
-Dwaine who?
-Dwaine the tub, I'm dwoning!

xD


(*) O título em si, é uma private joke... Não interessa. Pois não Peter? :P

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Choro contido


"(...) não chores,

Não chores, anjo do Céu,
Que o desonrado sou eu."

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

...

Ao ver o açúcar eclipsar-se à medida que caía no copo e dançava com a água, perguntou:
-E eu, avô, também posso desaparecer?
As rugas rasgadas à faca pela mão do tempo desenharam-se-lhe num sorriso babado.
Aquelas tardes tinham esse poder. Não sabia se era o Sol a banhar de laranja o verde dos montes, não sabia se era a casa caiada num branco, que de tantas vezes forçado a ser branco, não envelhecia, nem sabia se era o carvalho velho e os seus ramos de onde nascia a sombra, prolongamento de brisa ligeira esticada languidamente até aos banco e mesa de pedra. Sabia que aquele peso em forma de gente sentado nas suas pernas, davam o toque especial, o brilhozinho peculiar àquele tempo que de tão lento que é, passa depressa demais. Sabia que atentava aos pormenores, porque tinha isto tudo, e nada mais.
Hoje era a magia de uns grãos de açúcar num copo de água.
A mãozinha exploradora voltou a deixar cair mais uns grãos, agitou a água e, com a excitação que os anos ainda não tinham tido tempo de apagar, que a vida curta ainda preservava ante corriqueirices que com a idade passam ao lado e perdem o encanto desmerecidamente, deixou um fio de voz morrer na garganta, engolido pela agitação e abanou as pernas num choque de encantamento.
-Consegues fazer-me isto, avô? Também posso desaparecer?
-Na verdade o açúcar não desaparece…
Com a incredulidade aguerrida de quem acredita no que vê, contrariou o avô:
-Mas sim!
-Parece que sim, mas na verdade não. O açúcar junta-se à água. Não vês os grãos mas ele está lá. Ora prova um bocadinho…
A língua habituada a ser curiosa em forma de perguntas, saltou logo para fora, com vontade de provar, não tanto a água, mas que o que o avô lhe dizia, não era verdade. Um dedo de muitos anos vivido prendeu na ponta uma gota tocada de dentro do copo, e trouxe-a mesmo a tempo de cair na sua boca.
Engoliu.
Degustou.
Torceu o nariz.
Deu-se por resignado. E não é que a água era mesmo doce?
-Vês? Nada desaparece. As coisas juntam-se umas às outras, deixam bocadinhos de si espalhados de forma a nunca acabarem!
»E além do mais, para que querias tu desaparecer?
-Para que ninguém me visse. Para que eu não soubesse que estava aqui…
-Mas ia haver quem ficasse preocupado com a tua ausência.
-Eu fazia como o açúcar então: deixava-lhes um bocadinho de mim…

domingo, 14 de outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Piaçá ou Piaçaba ??




um primo meu ia tendo um acidente de carro quando o Markl passou isto na Antena 3

está genial!

PS: EU DIGO PIAÇABA!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Mesmo mesmo agora! E agora. E agora...


terça-feira, 2 de outubro de 2007

Como distinguir um camaleão-macho dum camaleão-fêmea?

Se bem que acredito que esta dúvida não vos tenha assolado tantas vezes quanto isso, sinto ser meu dever enquanto membro da Comunidade Científica, satisfazê-la (salvo seja).
Então é assim: pegam nos dois camaleões e põem-nos num tanque. Passado pouco mais que tempo nenhum, tiram-nos e o que estiver molhado é o macho; o que estiver molhada é a fêmea!

(Escusam de agradecer. Eu sei (e vocês também, embora não o admitam), que estão mais cultos graças a mim. Mas escusam de agradecer. Este facto por si só já me chega :D )