segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A minha primeira

Não sei se foi ou não como estava à espera. Para falar verdade, nunca pensei muito nisso, como seria ou como gostaria que fosse. Deixei as coisas andar, e hoje aconteceu: fiz a minha primeira ecografia.

O tempo de espera parece-se em tudo com os dos filme e séries americanas (se calhar acho isto porque são o termo de comparação que tenho, porque isto deve ter sido é sempre assim, já desde o tempo dos avós -dos mais recentes...-): sozinha, à espera, deitada na marquesa, com a sala iluminada pelo monitor do aparelhómetro, barriga ao léu, faz mesmo sentir qualquer uma, uma pré-mamã solteira que andou a esconder o futuro de todos, com tempo suficiente e desnecessário para pensar nisso mesmo. Parece que os médicos só conseguem ser levados a sério se se atrasarem, se chegarem esbaforidos à nossa beira: "ora então vamos lá ver o que se passa", dá ares de gente ocupada, atarefada, sem tempo a perder, como se o tempo deles fosse sempre, mas sempre, mais importante do que o nosso.

"Isto é só um gel frio, não te assustes", lá me ia eu assustar! Os ataques bioquímicos, a falta de água e o José Alberto Carvalho sem gravata no Telejornal de Sexta é que sim, me assustam! Mal o homem sabe que quem me dera a mim que se fizessem géis frios daqueles numa base mais lúdica, e que a minha teoria para o que me trouxe aqui, tal qual estou, seja precisamente a atracção inexplicável que tenho pelo frio.

Não os vi, mas são dois. Perfeitinhos, iguais um ao outro, saudáveis e meus. Os meus rins são uma maravilha, e acho que por isso mesmo o homem me tentou matar para ficar com eles, não sei se para proveito próprio, se para venda no mercado negro, que diz que até dão bom dinheiro. Ignorava ele que este corpinho já tem muitos anos de natação, e estes pulmões uma capacidade invejável de "guardar o ar só para ti".

No final, disse-me que ao ideal para não ter infecções urinárias é beber muito. Eu acho que ele devia ter acrescentado "água", porque conhecendo-me como me conheço, qualquer dia uso este conselho médico como me der jeito, e deduzo já que não será em relação ao líquido cristalino.
Agora, dou-vos eu um conselho: quando forem fazer ecografias renais, deixem de fumar um mês antes e passem a viver num sítio a umas boas centenas de metros do nível do mar, que educar os pulmões é fulcral!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eu tenho um sonho

Um dia, precisar de usar um dos "modelos" de mensagens os telemóveis.

Fascinam-me, mas a minha vida é parca em situações que os tornem necessários. Mas um dia, um dia, vou precisar. E vou usar!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O que, realmente, conta

Acreditem quando vos digo que isto:


é um papel somente com frente e verso, e que aquelas letras pequeninas vermelhas que estão ali em baixo dizem, exactamente:


Ora, não tendo o papel nenhuma dobra, abertura, portal ou qualquer outro apetrecho que nos permita espreitar-lhe para o interior, eu tenho que deduzir que por "interior", se quer dizer "dê meia volta à coisa".
Isto traz-nos um novo olhar sobre muito do que por aí se diz, nomeadamente aquilo em que "a beleza que conta é a interior". Agora percebo como se pode concordar com isto. Não sendo uma pessoa de rabos, confesso que gosto deles, e não podia estar mais de acordo que uma das belezas que realmente importa é, sem dúvida, essa.
Pode dar azo a muito descarrilamento, mas que tem pinta poder-se dizer que "a tua beleza interior é o que me cativa mais" sem soar a frase de engate foleiro, lá isso tem!