Achava eu que o Zezito era malandro a piscar o olho ao badalhoco, que camufla literatura erótica em romances topo de venda melhor do que um predador à coca da presa numa savana Africana, que quando se dá conta dele, olha, pumba, já está, já é tarde, agora é seguir com isto a ver no que dá, até porque lá dizem para "Ler +", e a gente sujeita-se, ora pois, em prol dum bem maior, até encontrar Mark Gimenez!
"Pior que o Zezito?!", estupefactam-se vocês. É verdade! E tenho aqui um dos livros do senhor, que não me deixa mentir!
Entitula-se "O Rapto", e embora deixe crer que o tema central seja a pesca do atum no Mediterrâneo, trata-se na verdade do rapto duma cachopa, desculpem lá comprometer-vos a estória.
Enquanto que o JRS é todo cheio de analogias e comparações e floreados porquitos, o Mark Gimenez escancara tudo ali, porque 1+1=2, não é "esse primeiro número primo, que com a unidade é um só, sentindo-se compelido por força da solidão e demais necessidades que ela acarreta, a calar o troar da vontade que se vai fazendo sentir cada vez mais forte num latejar no âmago do ser, com a ajuda calorosa de outro igual a ele, numa união selvática e tempestuosa, a roçar a animalidade do momento, urros de feras no cio, vontades feitas e satisfeitas, seivas brutas, troncos rijos, mímicas ritmadas, sopros quentes, a loucura, a exaustão, a intensidade, a apoteose, o suor, os tremores" e tudo mais que a minha mente pura e casta não consegue, sequer!, conceber... Não. 1+1 são 2 e já está. De tal modo que vinha eu sossegadinha num comboio apinhado, sentadinha como uma menina linda, com o meu livrinho no colo, quando "Ei, ouve lá! Que é isto?! HEI!!! Eh lá! Upa, então?! Hei... Credo!", passo a página muito depressa sem chegar ao fim, "que isto não deve ser importante para a estória, que se o menino que está aqui ao lado a olhar de esguelha para o livro, apanha este palavreado, vai ser o bom e o bonito..."
Eu temi pela minha imagem. Também é verdade que tenho uma esquizofrenia latente, mas de qualquer das formas!
Cheguei a casa, e li o trecho em falta, não fosse mesmo ser fulcral para a compreensão da trama. Está tudo lá explicadinho, tintim por tintim, não tem nada que enganar, que inclusive já vi kamasutras com menos informação, mas tem uma coisa que o JRS nunca põe nas suas descrições erótico-badalhocas-isto-será-mesmo-permitido-?: humor. Corrijam-me se estiver errada:
Tudo o resto está nas páginas 280 a 282, comprem o livro e sigam tudo direitinho até lá, ou enviem um e-mail para raquel.ensina-nos.tudo@ganhemjuízo.com, com o assunto "o Mark Gimenez é que sabe!"
"Pior que o Zezito?!", estupefactam-se vocês. É verdade! E tenho aqui um dos livros do senhor, que não me deixa mentir!
Entitula-se "O Rapto", e embora deixe crer que o tema central seja a pesca do atum no Mediterrâneo, trata-se na verdade do rapto duma cachopa, desculpem lá comprometer-vos a estória.
Enquanto que o JRS é todo cheio de analogias e comparações e floreados porquitos, o Mark Gimenez escancara tudo ali, porque 1+1=2, não é "esse primeiro número primo, que com a unidade é um só, sentindo-se compelido por força da solidão e demais necessidades que ela acarreta, a calar o troar da vontade que se vai fazendo sentir cada vez mais forte num latejar no âmago do ser, com a ajuda calorosa de outro igual a ele, numa união selvática e tempestuosa, a roçar a animalidade do momento, urros de feras no cio, vontades feitas e satisfeitas, seivas brutas, troncos rijos, mímicas ritmadas, sopros quentes, a loucura, a exaustão, a intensidade, a apoteose, o suor, os tremores" e tudo mais que a minha mente pura e casta não consegue, sequer!, conceber... Não. 1+1 são 2 e já está. De tal modo que vinha eu sossegadinha num comboio apinhado, sentadinha como uma menina linda, com o meu livrinho no colo, quando "Ei, ouve lá! Que é isto?! HEI!!! Eh lá! Upa, então?! Hei... Credo!", passo a página muito depressa sem chegar ao fim, "que isto não deve ser importante para a estória, que se o menino que está aqui ao lado a olhar de esguelha para o livro, apanha este palavreado, vai ser o bom e o bonito..."
Eu temi pela minha imagem. Também é verdade que tenho uma esquizofrenia latente, mas de qualquer das formas!
Cheguei a casa, e li o trecho em falta, não fosse mesmo ser fulcral para a compreensão da trama. Está tudo lá explicadinho, tintim por tintim, não tem nada que enganar, que inclusive já vi kamasutras com menos informação, mas tem uma coisa que o JRS nunca põe nas suas descrições erótico-badalhocas-isto-será-mesmo-permitido-?: humor. Corrijam-me se estiver errada:
"A sua outra mão acariciava suavemente o seu seio. Normalmente, ele rodava os seus mamilos como se estivesse a tentar sintonizar o rádio do Range Rover; esta noite, acariciava-a como se soubesse o que estava a fazer. Andaria alguém a ensinar, ao seu cachorrinho, novas habilidades à parte?"
"[...] friccionando o seu clítoris, como se estivesse a tentar fazer fogo com dois paus e depois cravando um dedo dentro dela, com todo o romantismo de um mecânico a verificar o óleo do carro."
Tudo o resto está nas páginas 280 a 282, comprem o livro e sigam tudo direitinho até lá, ou enviem um e-mail para raquel.ensina-nos.tudo@ganhemjuízo.com, com o assunto "o Mark Gimenez é que sabe!"
4 comentários:
Ahaha x) tem humor sim senhora!
Estudante, tem, não tem? É muito gráfico, mas dá para rir ;)
E o piropo: "Ó menina anda cá que eu vou-te trocar o óleo" ganha toda uma nova dimensão romântica que me havia passado despercebida até hoje.
Oh Pusinko... xD
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