Entro, sento-me num dos poucos lugares disponíveis, abro o meu livro, começo a ler, e ouço:
ela: Aquilo é à beira do estádio!
ele, nem ui, nem mui
ela: Diz-lhe que não podes ir, olha! Ligas e dizes "hoje não posso ir, mas amanhã a minha mulher vai 'tar rica e dá-me dinheiro p'ó táxi!"
ele, nem ui, nem mui
ela: Mas como é que foi?
ele: Ligaram-me a dizer p'a ir lá à esquadra.
ela, à espera de mais
ele: Ligaram-me e eu "estou?" e disseram "daqui é a Inspectora *tal*. Com quem estou a falar?", e eu "*nome*apelido*", e ela *nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*?", e eu "sim"...
ela: *nome*apelido*...
ele: *nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*!
ela: Ói! És muit'a burro! Então e tu achas que ela não sabe que és o *nome*apelido*?!"
ele: Oh...
ela, à espera de mais
ele: E diz-me ela "*nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*?", e eu "sim", e ela "Queria-lhe pedir o favor de se deslocar à esquadra da GNR de *cidade*... Hoje, pode ser? É que estamos a investigar uma coisa e queremos averiguar umas chamadas que tem no seu telemóvel."
ela, depois de muitos filmes sobre conspirações Norte-Americanas assimilados naquela cabeça: 'Tás a ver! Como ela sabe que és o *nome*apelido*! Ela tem lá tudo registado! Não vês que o cartão 'tá registado? És muit'a burro! Ela queria é saber se tu num fugias...
ele, nem ui, nem mui
ela: E era uma gaja? Uma inspectora?
ele: Sim...
ela: F*da-se! Olha, faz-te a ela!
ele, a fazer beicinho: Oh... Não sou assim tão bonito... [e, como quem não quer a coisa, mas fartinho de a querer] Sou?
ela, a falar baixinho e com um sorrisinho malicioso nos lábios: Às vezes...
ele, mais inchado que um peru em vésperas de Natal
ela, depois do *plim* da ficha a cair: F*da-se! E ela pediu "por favor"?
ele: É...
ela: Olha que c@ralho, a GNR a pedir-te "por favor" p'a ires à esquadra... Eu dizia-lhes "Olha, vinde-me buscar! Ou vinde cá a casa". F*da-se...
Mas liga-lhe. Diz-lhe que não vais hoje, que passas lá amanhã. Diz-lhe que estás doente!
ele: Oh...
ela: A sério! Liga-lhe. Dizes "Oh Inspectora *tal*, estou doente. Vou amanhã", e eu amanhã dou-te €5 e vais de táxi!
ele: Oh...
ela: Então ligo-lhe eu! Digo "Oh Inspectora *tal*, o meu home 'tá doente, vai amanhã."
ele: Oh...
ela: Ou então digo-lhe "Oh Inspectora *tal*, o meu home 'tá aqui cheio de medo" *ihihih*
ele: Oh, num ligas nada!
ela: 'Tou mais magra, num 'tou?
ele: 'Tás mais boua!
ela, mais derretida que o quadradinho de manteiga que se põe por cima da esparguete acabada de cozer
[momento de silêncio]
ela: Tu deves ter emprestado o telemóvel a alguém...
ele: Oh...
ela, mandona: A quem é que emprestaste o telemóvel?
ele, com ar de cachorrinho que sabe que acabou de fazer asneiras: A ninguém!
ela: C@ralho, tens que o ter emprestado a alguém!
ele: Não...
[momento de silêncio número 2]
ela, com ar de Sherlock: Eles devem andar atrás de cão grande...
ele, nem ui nem mui
ela, com o mesmo ar: É um cão grande de certeza...
ele, nem ui nem mui
ela: É de certeza o *alcunha masculina*!
ele: O *alcunha masculina*? Achas?! Ele é do Porto! Não pode ser, eles disseram-me p'ra ir à esquadra de *cidade*!
ela: Oh meu c@ralho, és muit'a burro! Então não vês que *cidade* faz parte do Porto! És muit'a burro. Eles disseram-te para ir a *cidade* porque se fosses ao Porto, descobriam-te logo!
ele, nem ui, nem mui
[momento de silêncio número 3]
ele: *cutxi cutxi cutxi*
ela: 'Tá que'to!
ele: *cutxi cutxi cutxi* + riso de Neandertal
ela: 'Tá quieto, c@ralho, que isso faz-me comichões!
ele: *cutxi cutxi cutxi* + riso de Neandertal
A jovem ao meu lado desata a rir, eu há muito que já engolia o meu riso, chegou a paragem deles, e lá seguiram felizes a sua vida que, a ver pela amostra, é uma aventura!
ela: Aquilo é à beira do estádio!
ele, nem ui, nem mui
ela: Diz-lhe que não podes ir, olha! Ligas e dizes "hoje não posso ir, mas amanhã a minha mulher vai 'tar rica e dá-me dinheiro p'ó táxi!"
ele, nem ui, nem mui
ela: Mas como é que foi?
ele: Ligaram-me a dizer p'a ir lá à esquadra.
ela, à espera de mais
ele: Ligaram-me e eu "estou?" e disseram "daqui é a Inspectora *tal*. Com quem estou a falar?", e eu "*nome*apelido*", e ela *nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*?", e eu "sim"...
ela: *nome*apelido*...
ele: *nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*!
ela: Ói! És muit'a burro! Então e tu achas que ela não sabe que és o *nome*apelido*?!"
ele: Oh...
ela, à espera de mais
ele: E diz-me ela "*nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*?", e eu "sim", e ela "Queria-lhe pedir o favor de se deslocar à esquadra da GNR de *cidade*... Hoje, pode ser? É que estamos a investigar uma coisa e queremos averiguar umas chamadas que tem no seu telemóvel."
ela, depois de muitos filmes sobre conspirações Norte-Americanas assimilados naquela cabeça: 'Tás a ver! Como ela sabe que és o *nome*apelido*! Ela tem lá tudo registado! Não vês que o cartão 'tá registado? És muit'a burro! Ela queria é saber se tu num fugias...
ele, nem ui, nem mui
ela: E era uma gaja? Uma inspectora?
ele: Sim...
ela: F*da-se! Olha, faz-te a ela!
ele, a fazer beicinho: Oh... Não sou assim tão bonito... [e, como quem não quer a coisa, mas fartinho de a querer] Sou?
ela, a falar baixinho e com um sorrisinho malicioso nos lábios: Às vezes...
ele, mais inchado que um peru em vésperas de Natal
ela, depois do *plim* da ficha a cair: F*da-se! E ela pediu "por favor"?
ele: É...
ela: Olha que c@ralho, a GNR a pedir-te "por favor" p'a ires à esquadra... Eu dizia-lhes "Olha, vinde-me buscar! Ou vinde cá a casa". F*da-se...
Mas liga-lhe. Diz-lhe que não vais hoje, que passas lá amanhã. Diz-lhe que estás doente!
ele: Oh...
ela: A sério! Liga-lhe. Dizes "Oh Inspectora *tal*, estou doente. Vou amanhã", e eu amanhã dou-te €5 e vais de táxi!
ele: Oh...
ela: Então ligo-lhe eu! Digo "Oh Inspectora *tal*, o meu home 'tá doente, vai amanhã."
ele: Oh...
ela: Ou então digo-lhe "Oh Inspectora *tal*, o meu home 'tá aqui cheio de medo" *ihihih*
ele: Oh, num ligas nada!
ela: 'Tou mais magra, num 'tou?
ele: 'Tás mais boua!
ela, mais derretida que o quadradinho de manteiga que se põe por cima da esparguete acabada de cozer
[momento de silêncio]
ela: Tu deves ter emprestado o telemóvel a alguém...
ele: Oh...
ela, mandona: A quem é que emprestaste o telemóvel?
ele, com ar de cachorrinho que sabe que acabou de fazer asneiras: A ninguém!
ela: C@ralho, tens que o ter emprestado a alguém!
ele: Só se foi à *alcunha feminina*...
ela: A mais ninguém?ele: Não...
[momento de silêncio número 2]
ela, com ar de Sherlock: Eles devem andar atrás de cão grande...
ele, nem ui nem mui
ela, com o mesmo ar: É um cão grande de certeza...
ele, nem ui nem mui
ela: É de certeza o *alcunha masculina*!
ele: O *alcunha masculina*? Achas?! Ele é do Porto! Não pode ser, eles disseram-me p'ra ir à esquadra de *cidade*!
ela: Oh meu c@ralho, és muit'a burro! Então não vês que *cidade* faz parte do Porto! És muit'a burro. Eles disseram-te para ir a *cidade* porque se fosses ao Porto, descobriam-te logo!
ele, nem ui, nem mui
[momento de silêncio número 3]
ele: *cutxi cutxi cutxi*
ela: 'Tá que'to!
ele: *cutxi cutxi cutxi* + riso de Neandertal
ela: 'Tá quieto, c@ralho, que isso faz-me comichões!
ele: *cutxi cutxi cutxi* + riso de Neandertal
A jovem ao meu lado desata a rir, eu há muito que já engolia o meu riso, chegou a paragem deles, e lá seguiram felizes a sua vida que, a ver pela amostra, é uma aventura!
5 comentários:
Isto é das estórias mais hilariantes que eu já li!!
Ouvi-la, foi do melhor! Até porque a coroar tudo, havia o sotaque nortenho-aparolado.
Não conhecias o conceito de "Áudio-livro"? Usa-se muito lá fora!
Começo a achar que a minha vida é uma pasmaceira! loool
ALV: "lá fora", eheh!
Caia: Completamente ;)
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