Vou eu fazer análises -que é como quem diz, "tirar sangue"-, sento-me na poltrona, desconfortável por ter que tirar o casaco e a manga da camisola numa sala gelada, dou-me conta de que a senhora que vem fazer o serviço já não é a de há uns aninhos atrás (hilariante esta última, que em vez de usar o torniquete para apertar o braço, pegava numa luva de latex e dava um nó com o polegar e o primeiro dedo que lhe viesse à mão...), começo logo por achar muito estranho que uma técnica com "T" grande vá mexer em agulhas e sangue alheio sem luvas, e eis senão quando, ao espetar a agulha no meu braço, espicha um bocado de sangue para fora da agulha ao que, para temperar de pânico o meu pasmo pelo sucedido, esganiçada diz a senhora "Ai!, que a veia estava mesmo por baixo da pele!"
Já não tinha muitas certezas quanto ao conhecimento na arte das análises clínicas por parte da senhora, mas depois do caricato episódio, estou convencidérrima de que fui atendida pela telefonista...
Já não tinha muitas certezas quanto ao conhecimento na arte das análises clínicas por parte da senhora, mas depois do caricato episódio, estou convencidérrima de que fui atendida pela telefonista...
6 comentários:
Existe legislação para determinar competências necessárias para colheita de amostras biológicas. Existe livro de reclamações, ERS, ARS, MS...
Por curiosidade, isso aconteceu num laboratório ou num posto de colheitas?
Mário, agradeço a preocupação e o conselho, mas eu quero acreditar que a senhora estava só com pouca vontade de trabalhar. Ou, mais, que se deixou guiar pela rotina de, provavelmente, trabalhar no mesmo há vários anos.
De mais a mais, e sendo tudo verdade o que escrevi -convém frisar-, eu sou parvalhona. Se tivesse escolhido outros termos ou escrito de outra forma, as acções da(s) senhora(s) podiam não soar tão ultrajantes.
Quanto à pergunta, aconteceu num laboratório. Conceituadíssimo, aliás, daí que a minha preocupação esteja bem perto do valor zero.
Estás a brincar, mas acredito que muitas vezes não ande longe da verdade!
Ainda hoje no centro de saúde, estava a funcionária da recepção a receitar medicamentos a um doente!!!
Para manter essa entidade a que se chama "o doente", convém mesmo maroscas dessas, caso contrário ainda melhoram e depois acabam as listas de espera e os centros de saúde atafulhados... Elas lá sabem o que fazer para manter os postos de trabalho!
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