A Mogwai é um bicho que, à primeira vista, parece um gato. No entanto, à medida que com ela se vai convivendo, vai-se perdendo toda a convicção nisso. A Mogwai tem tripla personalidade sendo uma dessas, dupla. É hiper-activa, não dorme o quanto devia nem sabe andar a não ser aos pulinhos. Quando era mais nova preferia, inclusive, correr vertiginosamente pela casa, não sem saltar do chão para as costas do sofá e de novo para o chão, principalmente quando lá estava alguém sentado para lhes rasar a cabeça e lançar o pânico. Também não media bem as distâncias...
Tem amigos imaginários com os quais luta de vez em quando -felizmente o palco dessas lutas já deixou de ser a banheira, que lhe servia como Poço da Morte-. Perdeu há algum tempo um amigo canídeo (real) que morava no prédio em frente e com o qual "falava" todos os dias. Agora, amigou-se das pombas que pousam nas varandas do mesmo prédio, lançando-lhes os mesmos estalidos da boca para fora, e das andorinhas que passam em voos tentadores à janela preferindo, a estas últimas, lançar olhares gulosos.
A Mogwai não tem noção do perigo. As janelas têm que estar sempre fechadas, porque ela salta dos peitoris para as varandas, das varandas para os peitoris, e creio até que no passado, quando ela era mais magra e passava pelas frinchas minúsculas que deixávamos abertas para o ar circular, se faziam apostas no prédio em frente sobre se era desta que ela caía. Mas, o pior de tudo, é que quem a ensinou a ser assim, foi a Migalhas, que usa a sua maior longevidade para incitar a pequena a fazer disparates e morrer pela calada.
A Mogwai não come com o focinho dentro da gamela. Antes, pega em cada bocadinho de comida com a pata e leva-o à boca. E aprendeu que se puser uma pata dentro da gamela, ela não foge à medida que vai lambendo a gelatina dos patés. Não pode sentir o cheiro de chocolate nem de batatas fritas aos quais não se ensaia nada para roubar um bocado. Mal ouve o dispositivo das latas de chantilly em acção, aparece num ápice de onde quer que esteja, e não posso comer leite com cereais sem lhe deixar um bocadinho de leite no final, sob pena de me vazar os olhos enquanto durmo.
A Mogwai responde "mau" quando lhe perguntamos que género de bicho é que ela é; está apaixonada por um camelo em couro que veio de Marrocos, o qual abraça e a acalma quando ela está chata; desde que aprendeu a miar, não se cala; não pode ver uma folha de papel, ou um bocado que seja, que o destrói logo podendo, em momentos mais desvairados, comer uns quantos pedacitos; vem quando a chamamos e é muito influenciável. Ouviu dizer que os bebés são deliciosos e que só apetece comê-los. Agora, de cada vez que ponho creme (que é de bebé), e por ser tempo quente, ando de braços ao léu, tenho que a manter afastada, porque ela não sossega enquanto não mo lamber todo dos braços.
Tem amigos imaginários com os quais luta de vez em quando -felizmente o palco dessas lutas já deixou de ser a banheira, que lhe servia como Poço da Morte-. Perdeu há algum tempo um amigo canídeo (real) que morava no prédio em frente e com o qual "falava" todos os dias. Agora, amigou-se das pombas que pousam nas varandas do mesmo prédio, lançando-lhes os mesmos estalidos da boca para fora, e das andorinhas que passam em voos tentadores à janela preferindo, a estas últimas, lançar olhares gulosos.
A Mogwai não tem noção do perigo. As janelas têm que estar sempre fechadas, porque ela salta dos peitoris para as varandas, das varandas para os peitoris, e creio até que no passado, quando ela era mais magra e passava pelas frinchas minúsculas que deixávamos abertas para o ar circular, se faziam apostas no prédio em frente sobre se era desta que ela caía. Mas, o pior de tudo, é que quem a ensinou a ser assim, foi a Migalhas, que usa a sua maior longevidade para incitar a pequena a fazer disparates e morrer pela calada.
A Mogwai não come com o focinho dentro da gamela. Antes, pega em cada bocadinho de comida com a pata e leva-o à boca. E aprendeu que se puser uma pata dentro da gamela, ela não foge à medida que vai lambendo a gelatina dos patés. Não pode sentir o cheiro de chocolate nem de batatas fritas aos quais não se ensaia nada para roubar um bocado. Mal ouve o dispositivo das latas de chantilly em acção, aparece num ápice de onde quer que esteja, e não posso comer leite com cereais sem lhe deixar um bocadinho de leite no final, sob pena de me vazar os olhos enquanto durmo.
A Mogwai responde "mau" quando lhe perguntamos que género de bicho é que ela é; está apaixonada por um camelo em couro que veio de Marrocos, o qual abraça e a acalma quando ela está chata; desde que aprendeu a miar, não se cala; não pode ver uma folha de papel, ou um bocado que seja, que o destrói logo podendo, em momentos mais desvairados, comer uns quantos pedacitos; vem quando a chamamos e é muito influenciável. Ouviu dizer que os bebés são deliciosos e que só apetece comê-los. Agora, de cada vez que ponho creme (que é de bebé), e por ser tempo quente, ando de braços ao léu, tenho que a manter afastada, porque ela não sossega enquanto não mo lamber todo dos braços.
2 comentários:
´pq o titulo?
Porque a Mogwai é muito influenciável e é preciso cuidado com o que se diz à frente dela!
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