segunda-feira, 9 de outubro de 2006

E porque é que estas últimas postagens têm todas videos do youtube? (ou Longa-metragem dos últimos dias)

Eu estava para escrever este textinho da recordação quando tivesse as fotos do fim-de-semana do qual vou falar. Mas como, e depois de uma vista de olhos pelas antecedentes postagens, senti uma necessidade brutal de mudar o aspecto desta coisa, resolvi antecipar-me...


Ora era então uma vez, há muitos muitos anos atrás, paí quê?, 40 mil anos, que os ghunas da época, ou somente os putos insolentes (a dúvida existe porque não consegui perceber se as rochas estão riscadas do lado de fora ou de dentro. Se for do lado de fora, tudo aponta para os marginaizinhos do Paleolítico, a inventarem o grafitti; se for do lado de dentro, ainda ecoa (AH! É Côa, Foz Côa! xD ... -_- sou mesmo um PPEIXE!!! Adiante...), mas portanto, ainda ecoa por todo o Vale, os gritos estridentes da Mãe Paleolítico a resmungar com o Cromagnon do Filho por riscar as paredes do quarto... Isto remete-me para outra dúvida: quais seriam os castigos de então? Não havia guloseimas para os proibirem de as comer. Não havia Play Station's, televisão, vídeo, DVD, computador... Haviam auroques, javalis quiçá, escarpas, ferramentas rudimentares de pedra... OK, já estou a seguir o raciocínio dos papás da altura...). Resumindo, há por lá então umas quantas rochas escrevinhadas. Fomos vê-las. Como diria alguém, fomos fazer uma visita à família...

Quinta-feira de manhã... Agreste!!! Noite pouco e mal dormida, o despertador sempre estupidamente contente com a vidinha que tem lá desata a cantar matinalmente cedo, e oupas lá fazer de conta que a hora de acordar pouco ou nada tem a ver com a de deitar... Depois das paragens obrigatórias nas terrinhas da malta (algumas de mais difícil acesso *assobio*), eis que chegados de novo ao Porto aquilo se transforma em área de serviço com atendimento personalizado, e um vislumbre do quão nutritivas iam ser as próximas refeições... Pacotes de batatas fritas e companhia eram mais que o dobro de nós (sobrou algum? 'Tá bem 'tá...). Ice Teas no carro, é ver quem mais se bedunga com aquilo. Próxima paragem, sem contar com o cafezinho não-sei-onde (que foi por onde mais andei nestes dias, por "não-sei-onde". Vale-me sempre ter comigo quem saiba... Chego sempre a casa no fim! Fantástico!!!), foi num parquezito simpático, vá, para o almocinho... Eu ousaria dizer que tudo começou aqui verdadeiramente... Já não me lembro porquê, mas daí a termos alguém a puxar-nos o carro à americanos-parvos-que-puxam-aviões-com-cordas-presas-aos-dentes, foi um saltinho... Depois, tudo e mais alguma coisa, era um óptimo pretexto para voltar ao tema, que foi o tema central do fim-de-semana...
Depois de curvas, muitas curvas, contra-curvas e muitas contra-curvas, paisagens extraordinárias, vemo-nos chegados ao destino. "Hum... E a dita pousada, onde fica?" O que fazer numa situação destas? Desatar às voltas para tentar encontrar! Perguntar? Oh por favor... (até porque não se via vivalma...). Mas eis que se nos surge a "rotunda" que daí para a frente nos iria resolver os problemas todos. Era precisa muita imaginação. Não. Mais que isso! Era preciso sermos nós os cinco. Ponto final. Era preciso um dizer "está aqui uma rotunda", que todos passamos a ver a rotunda. Numa das pretensas saídas dessa "rotunda" havia o quartel do bombeiros, onde a mítica farda calças-que-já-foram-azuis-pólo-que-já-foi-vermelho estava vestida num senhor de bigodinho farfalhudo (calma contigo Justa), e de três dentes... Lá nos disse para onde ir, sendo que cada um de nós percebeu uma coisa diferente, e às tantas lá estavamos de novo na "rotunda", a dar inúmeras voltas, à espera que a força centrífuga nos lançasse para a saída certa. Não lançou... Mas uma força qualquer oculta do Universo, pôs umas canucas no nosso caminho. "Pousada da Juventude? Sim, segue sempre em frente na estrada, vira na primeira à esquerda. Não é à direita, é à esquerda. E segue em frente e depois vira à direita e está lá". Se não foi isto que ela disse, foi parecido, que eu estava a pensar em coisas muito tristes por esta altura, para tentar não me rir, que era para o que mais estava virada a situação...
Quase que chegamos à Pousada. Chegamos mesmo a vê-la lá ao fundo... Mas eis que nos assalta uma ideia peregrina "E que tal entrarmos por ali dentro com pimbalhada aos berros? :D " Dito e feito. CDzito no leitor, volume no máximo, vidros abertos, e o tio Quim a bombar... "Ai! Isto agora era mas é de ir a bombar pela *cof*cidade*cof* fora!" Há dúvidas? Fomos... Voltas e mais voltas pela zona, ruas estreitas, curvas impossíveis, velhotes com ar de a quem foi dito que o mundo ia acabar, o pánico espelhado nos habitantes que tão sossegados estavam, até ali, alapadas em frente às portas de casa. O que vale é que os homens do lixo se nos cruzam sempre no nosso caminho! E só um deles e mais uma senhora que devia ser demente (de outra forma não se explica), é que nos curtiram. Houve ainda mais outra rotunda (que mais?), mas desta vez mais perto do que verdadeiramente é um rotunda. Só lhe faltava ser redonda... Resultado: para além de termos chocado os presentes, perdemo-nos. Verdade... Pousada qu'é bom, ninguém sabe dela. Ainda tivemos uma seta que tinha tudo para nos ajudar. Dizia "TODAS AS DIRECÇÕES". Acreditamos nela... Erro nosso (mais um?), porque afinal era "QUASE TODAS AS DIRECÇÕES"! Porque tudo aquilo que nós queriamos naquele momento ficava precisamente do outro lado de TODAS AS DIRECÇÕES. Ficava logo aqui a sensação de que aquela Pousada era um mundo à-parte. Se não era, foi-o durante aqueles dias... E assim, ao som de
"I want to smell your codfish, Mary!
I want to smell your codfish.
Little Mary let me go to the kitchen, let me go to the kitchen
To smell your codfish..."
que fizemos a nossa entrada triunfante no portal do tempo, da civilização, da realidade tal qual a conhecemos, que é Foz Côa e tudo que a ela pertence...
Malas pousadas (pousadas AH! sou tão... sei lá... pertinente :D ), quartos cuscados, 'bora lá descobrir sítio para jantar... Depois de muita e intensa procura, lá nos decidimos pelo (?). O naquito de vitela até estava bom, principalmente porque fomos simpáticos, e ele foi-nos quase oferecido. Outra coisa boa que aquela terrinha tem: é que fazem umas contas fabulosas! Inda hoje estou para perceber o que pagamos naquele restaurante... Mas adiante, que temos o Pictionary na Pousada à nossa espera, e mais sola menos sola, vamos lá gastá-las com ele.
Que deus nosso senhor, o omnipresente, o omnisciente, o todo-poderoso, tenha piedade das nossas alminhas, Amen! Mas que jogo!!! Ai... Acho que desgraçamos tanto as nossa vidinhas ali... Eram Kofi Annans, eram cobras cascaveis, eram limpa-neves à força da mímica, eram saltos em altura "- Ah!!! Esqueci-me de desenhar os olhos... *desenhar os olhos* Se fosse asim já sabias?" -_- Mãe... Vamos dormir, sim, que isto de ter os recepcionistas da Pousada a mandar-nos calar, ok tudo bem, até fica bem no nosso curriculum, mas há que não abusar, que amanhã é outro dia... Tudo p'ós quartos, a Justa feliz porque está sozinha (roinc), o resto contente porque está acompanhado...

Sexta-feira lá voltamos a madrugar depois de cada vez menos horas dormidas, pequeno-almoço naquilo já por nós apelidado de "Turismo Sénior" e não "Pousada da Juventude", dada a concentração de pessoas-mais-velhas, e jovens, nem vê-los...
Estrada fora até Muxagata (olha!, decorei este nome :D ) para ver as ditas figuras rupestres... Catitas, as ditas, maior figurinha inda foi o (?) que nos fez a visita guiada... E as paisagens, ai! Tipo... Wow!!! Estupendas!!!
Retemperar forças com o almoço dos campeões: cheetos, croquets, rissols (<- ler com sotaque inglês), ice tea e m&m's para a sobremesa :D Durante a tarde, mais passeata. Visitamos cenas muitas cenas, vimos "gente" conhecida (ROINC), voltamos à terrinha que nos acolhia, jantamos, ouviam-se promessas de pontos finais ao contacto físico (era tão escusado... Ai... Discrição que é bom, ninguém quer...), esperava-nos o Pictionary. Voltamos. Jogamos. Rimos. Rimos e rimos. Já não podiamos de tanto rir. Até (ROINC) se desenhou o inimaginável (ROINC). E tudo tinha a ver este produtivo fim-de-semana... "É melhor irmos para a cama, é..." Novamente a Just (ronc) pelo quarto todo, e o resto, como sempre, como dantes...

Sábado, dia da partida... Até parecia que iamos acordar tarde... Mas por mais tarde que fosse, nunca era o suficiente... Tal como não o foi, e como muito bem se viu perante a quantidade de vezes que todos excepto o condutor adornmeceram no carro... Mas antes, ainda uma passagem final pelo bar... Pronto... Era tudo o que nos faltava... Mais um motivo de risota. Mais uma marca a pontuar ad eternum as nossas vidas. A partir daqui, esqueçam tudo o que tinham por certo... Isso era tudo um PPEIXE!!!
Fomos (tentar) visitar Freixo de Numão (iei, mais um nome do quel eu me lembro. Boa...). Nos folhetos aquilo até é giro. Porque é mesmo. Mas lá... Oh pah... Quer-se dizer... Não. Não é... Hum... Adiante... Andamos por mais não-me-lembro-onde, estivemos a 16 kilómetros do Canada (sim, leram bem), e mais uns quantos dos Açores. Atracamos depois em Póvoa Dão (não é de estranhar lembrar-me, porque aquilo é mesmo digno de nota!), e depois dum lanchinho catita num barzinho ainda mais catita, seguimos para Viseu. Lá jantamos, muito bem por sinal, e qual a melhor maneira de nos despedirmos destas mini-férias? Com a pimbalhada aos berros mais uma vez! Nota mental: não voltar a Viseu depois da vergonha de Sábado à noite :P

Só vos digo uma coisa, depois destes dias ENORMES, voltar às aulas, é um PPEIXE!!!

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