Piropo do dia: "Ei oube lá!!! Que me casava agora..." (do dia? Do dia só porque o ouvi hoje, porque tem gabarito para ser "piropo do ano", pelo menos! Eu acho que está genial...)
Frase do dia: "Eu tenho alunos que ajoelham!" (e o que acontece a quem ajoelha? Tem que rezar, pois...)
E agora aliar esta "frase do dia" a uma outra de há uns dias atrás (ditas pela mesma pessoa, ou seja a minha Prof. das práticas de Bioestatística): "Eu já vi gente no gabinete do Prof. Pedro Lago a fazer muita coisa, mas nunca a tirar dúvidas!" (é que... quer dizer, convenhamos não é?... nem comento...)
Está agora percebido porque é que ainda não fiz Bioestatística, não está? É que eu não compactuo com certo e determinado tipo de situações! Exames, 'tá bem; frequências, 'tá melhor; prendas de aniversário (*), OK, apanharam-me nesta; mas mais que isto, ai não não!
(*) Serve o presente (asterisco, entenda-se), e isto não tem nada a ver com o dia de hoje, mas encaixa aqui na "conversa", para vos confessar uma coisa que certamente não devia e da qual muito provavelmente me irei arrepender para o resto da vida, porque: a) tenho (tinha) uma reputação a defender e b) pela minha própria integridade. É certo que no final estarão ambas de rastos e, pior que isso, a ser pisadas por vós! E com este "vós" refiro-me a pessoal que nunca esteve em Biologia, pelo que lhe falta um certo nível de compreensão para estas coisas. E eu bem o sei, porque tive uma óptima escolinha, que se deu pelo nome de MATec (e que, por conseguinte, espero misericórdia da vossa parte).
Ora, que nesses tempos então, eu, não sendo a única, sentava nas aulas mais atrás que o possível, de modo que uma de duas coisas acontecia: ou não se via para o quadro, à conta da miopia, das cabeças à frente, e/ou da letra feita macacos histéricos em galhos pela altura do cio, do Professor (atentem na virgula, e deixem-se de palermices...); ou não se ouvia nada do que o senhor dizia. Nesse tempo, a opção "mudar de mesa" não entrava sequer na equação ponderativa, e a nossa capacidade de desenrascar levava-nos a arrastar a mesa de um lado para o outro se queríamos ver (sem grandes resultados, digo desde já, porque para além de dar nas vistas o facto de estarem numa sala enorme meia dúzia de pessoas, o facto de 3/4 dessa meia-dúzia (que desta vez não tem necessariamente que ser 6), estarem sentados nas 1ª. e 2ª. filas, o facto de se seguirem 3 filas de mesas e cadeiras vazias, às quais se seguiam duas parvalhonas na galhofa quase encostadas ao fundo da sala, digamos que arrastar uma mesa e respectiva cadeira connosco em cima, não é propriamente uma operação silenciosa...); ou então passávamos a aula a perguntar alternadamente "Consegues ver?", "O que diz ali?", "Ele 'tá a falar de quê?!", (e a minha favorita): "-Piersen, -Huh?!, -Piersen!, HUH?!, -PI ER SEN!, -Pearson?! Não sabias ter dito logo que era o filho da pêra?!!!"....
Agora, que me encontro há mais anos neste em-tudo-diferente curso, do que naquele que mais me marcou, tenho a tendência para me sentar à frente, e chego mesmo a estar atenta nas aulas! E esta "eu" foi apanhada desprevenida aqui há uns dias... (e não, não estou a falar do triste episódio do lápis enfiado pela t-shrit adentro, ao qual eu espero que ninguém tenha assistido, e que daqui a pouco mais que nada não passe de um mito urbano...). Abreviando a coisa, tudo isto: os já três anos no meio daquele povo, as aulas nas filas da frente, e a Bioestatística arrastada, resultou numa prenda de anos para o sobejamente conhecido Pedro Lago. Sim, reza a lenda que ele também faz anos, (e diz que este ano foram 60)... Por incrível que pareça, o meu maior medo não residiu no facto de tentar sub*cof*ornar*cof* um Professor, mas sim em eu ter a idade que tenho, andar na Faculdade, e ainda conseguir ter comportamentos deste tipo. Acresça-lhe igualmente o facto de o próprio do aniversariante dizer que num dia de calor vai fazer questão de dar uma aula com a dita prenda, que não foi mais que uma tanga de veludo com estampado de leopardo! xD Peço desculpa... não resisti x'D *parvalhona* Foi nada!!! Foi uma t-shirt com uma tira do Calvin & Hobbes estampada! Mas ainda assim tenho medo, porque é uma t-shirt branca, e a última vez que vi um homem com mais de 30 anos com uma t-shirt branca foi... nunca, suponho eu! E sendo assim, percebem a minha posição, certo? Há comportamentos de risco e comportamentos de risco. E oferecer t-shirts, para mim, já está no topo!