Confiamos na força da gravidade. É certo que às vezes nem dá tanto jeito quanto isso, como sendo quando se tem porta-lápis de lata e eles caem da mesa abaixo (ah Fleming... Assim à distância, que saudades!) -e que perceba quem sabe-; como sendo quando se tenta passar a carteira duma mão para a outra e se atrapalhem os dedos; como sendo quando se tropeça em pés próprios ou alheios. Mas para uma coisa pelo menos, é certo que ela sirva: manter cada macaco no seu galho, que é como quem diz, quem tem que andar rente ao chão, que ande, quem tem que voar, que voe.
No entanto, acontece que ao Mundo também aparecem obstáculos à frente, quanto mais não seja, daqueles inventados por visões mais ou menos esquizofrénicas, mas nunca, nunca, fiáveis. Seja como for, ele lá acaba por tropeçar momentaneamente e, quem anda mais absorto do que o rodeia, e por conseguinte com mais clareza de espírito e mente para estes fenómenos, sente-lhe os efeitos. Aconteceu-me a mim, pois claro, quando essa enorme bolha que anda sempre à minha volta, que nunca necessita de produtos engarrafados, foi furada por, imagine-se, dois pássaros envolvidos em cenas e factos de pancadaria. Caem duma árvore, queda essa com todas as letras que dela fazem parte, por mais surreal que possa parecer (mas lembrem-se que estavamos a viver um pedaço de tempo anormal), PI PI PI PI PI pumba em cima da minha cabeça, donde rebolam angalfinhados PI PI PI PI PI para o meu braço, deixando como prova uma pena arrancada ou caída no calor da discussão. Se seriam um casal absorto em problemáticas matrimoniais; se seriam jovens imaturos e hormonais por alturas do cio a baterem-se de formas Juanescas por uma fêmea; se seriam vizinhas de ninho, beatas e cuscuvilheiras em alvoroçada discórdia, não sei, mas que levei com eles em cima, lá isso levei, e que tal não estava suposto acontecer e para o qual nunca ninguém nos preparou, lá isso não...
Que eu tenho um não-sei-quê que atrai inergumes, já todos sabíamos. Agora, ser mais forte que a força da gravidade em lutas contra a sustentação do ar em asas de piscos, essa até para mim é nova. Das duas uma, ou sou um buraco negro daqueles, ou não...
No entanto, acontece que ao Mundo também aparecem obstáculos à frente, quanto mais não seja, daqueles inventados por visões mais ou menos esquizofrénicas, mas nunca, nunca, fiáveis. Seja como for, ele lá acaba por tropeçar momentaneamente e, quem anda mais absorto do que o rodeia, e por conseguinte com mais clareza de espírito e mente para estes fenómenos, sente-lhe os efeitos. Aconteceu-me a mim, pois claro, quando essa enorme bolha que anda sempre à minha volta, que nunca necessita de produtos engarrafados, foi furada por, imagine-se, dois pássaros envolvidos em cenas e factos de pancadaria. Caem duma árvore, queda essa com todas as letras que dela fazem parte, por mais surreal que possa parecer (mas lembrem-se que estavamos a viver um pedaço de tempo anormal), PI PI PI PI PI pumba em cima da minha cabeça, donde rebolam angalfinhados PI PI PI PI PI para o meu braço, deixando como prova uma pena arrancada ou caída no calor da discussão. Se seriam um casal absorto em problemáticas matrimoniais; se seriam jovens imaturos e hormonais por alturas do cio a baterem-se de formas Juanescas por uma fêmea; se seriam vizinhas de ninho, beatas e cuscuvilheiras em alvoroçada discórdia, não sei, mas que levei com eles em cima, lá isso levei, e que tal não estava suposto acontecer e para o qual nunca ninguém nos preparou, lá isso não...
Que eu tenho um não-sei-quê que atrai inergumes, já todos sabíamos. Agora, ser mais forte que a força da gravidade em lutas contra a sustentação do ar em asas de piscos, essa até para mim é nova. Das duas uma, ou sou um buraco negro daqueles, ou não...
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