sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ajuda


Media Player: um conselheiro sentimental, um dotado tratador de animais em cativeiro a expandir horizontes, um Viagra sem efeitos secundários...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Perigos da Selva Urbana

Os automóveis, a poluição, os fumos e sirenes e barulhos; o stress, as pressas, os velhos que não andam, as pombas que voam rasantes, os taxistas sem paciência e os condutores de bus sem cuidado; as pontas de cigarro atiradas sem se ver para onde, as coisas viscosas de pulmões em mau estado e gente em fraco asseio, as chicletes no chão; os cães rafeiros, os presentes destes e dos parentes tão próximos no comportamento das vontades quanto afastados na origem, os putos parvalhões, os piropos dos trolhas; os semáforos de luz em tons laranja, as passadeiras invisíveis; os charcos de água quando chove e a falta de árvores e sombra quando está Sol; os loucos, os pedintes, os pedinchões, tudo isto já todos conhecem.
Mas os Porto, por ser nosso e não só, ainda tem turistas e máquinas fotográficas em punho, e gincanas obrigatórias e não delineadas, se não queremos aparecer na fotografia. Que há monumentos e monumentos e alguns, os que não aparecem nos guias turísticos, são para continuar assim, incógnitos...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Amor é uma fervura/ Que a saudade não segura/ E a razão não serena


-Valeu a pena, pelo menos...?

-Huh?!

Já nem se lembrava de que ali estava. Era fácil a cabeça vaguear-se-lhe para longe. Tinha tantas vontades, tantos quereres, tanto onde e com quem estar, que o tempo não lhe chegava para tudo. Às vezes fazia o exercício de pensar "e se agora, eu não estivesse aqui, mas noutro lugar?", e lá ia passear pelas ruas intrincadas da imaginação, tão-pouco dando-se conta de que o corpo permanecia no mesmo sítio.

De súbito, os cheiros, familiares como eram, a café torrado e a madeira humedecida pelas gotículas da chuva que se esgueiravam para dentro de cada vez que se abria a porta e que nas paredes encontravam descanso, finalmente aquecidas por gentes e respirações, vapores e luzes, ligaram-lhe a capacidade cognitiva. As luzes desenharam as paredes da sala, amarelo-acastanhada, soturna em dias como aquele; os sons fizeram-se em conversas nas mesas vizinhas, àguas ferventes e borbulhantes, e deu-se conta de onde estava. Uma sensação de aconchego percorreu-o.
Não que não quisesses estar ali. Mas era-lhe tão fácil a mente vaguear-se-lhe para longe...


-Se valeu a pena! Como diz o Rui Veloso, "se tiver de ser, ao menos que valha a pena"... Valeu a pena?

Num silêncio de quem repete para si a pergunta e lhe tenta tirar o sentido à força da repetição -tantas vezes que já o fez e não resultou!-, conseguindo não mais que lhe descobrir os meandros; de quem sabe mas não quer dizer, com medo de que as coisas se tornem mais verdadeiras só por saírem da boca para fora, só quando saem da boca para fora; num silêncio que não corre por mais que se estique, que tanto se quer perpetuado ou fulminante, cresce a voz num grito pouco mais que mudo, tímido e penitente:
-Não...


Ela fez-lhe um aceno contido, levantou-se mal arrastando, quase deslizando acima do chão, suspensa por uma qualquer força invisível a cadeira e saiu.

Lá fora o frio de Inverno era cortante. Arrasava as orelhas e a cara, e num aconchego que se queria de outros braços, guardou-se nos seus próprios e desceu a rua, travada pelo vento mas impulsionada pela vontade, levando somente a certeza de que aquele seria, a partir de então, mais um lugar desfeito, morto para sempre...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Eurofestival da Canção II

Aqui há atrasado -o ano passado por esta altura, mais coisa menos coisa-, falei muito bem da nossa música eurofestivaleira, e do quanto achava -ainda acho- que ela apelava ao sentimento Português, que transpirava alma Lusa por todas as semi-breves, colcheias, claves e tudo o que mais a fazia. Continuo a gostar imenso dela. Chegamos mesmo a ir longe com ela, se bem me lembro tão longe quanto nunca.

Qual não é pois o meu espanto quando, este ano volta a surgir uma música fantástica!





Se a outra era alma, esta é o compassar do coração; se a outra era sentimento, esta é todas as necessidades arrebatadoras de sorrir; se a outra apelava a dores antigas, de perdas de quem muito se quis, esta dá vontade de encontrar alguém para lha cantar!
Eu, pelo menos, assim que apanhar um a jeito, cantá-la-ei, e daí só esperarei um futuro embalado por ela, já que a minha costela romântico-depressiva-o-badalhocamente-icompreendida, já tine, já todo o corpo se me baloiça com este som!

Sinceramente, não pensei que fossemos tão longe -e sim, uma final do Eurofestival já é um marco histórico-, porque acho que a música (a letra, principalmente), não é de nada fácil compreensão aos estrangeiros, e nestas ocasiões, tende-se tirar importância aos quê's inerentes aos países. Ainda para mais a jovem que a canta (Daniela Varela, ao que parece) estava incrivelmente nervosa o que bem se notou na voz dela (sim, eu vi o Eurofestival. Não todo! Só pouco mais que a nossa prestação. E aproveito para me queixar tão publicamente quanto isto me permite, que é uma vergonha um Eurofestival sem Eládio! Tenho dito...), mas só o termos (enquanto povo e no sentido mais global possível, já que não tive nada a ver com isso, pois consta que as únicas vontades que contam são as que se fazem em telefonemas...) tido a decência de a levar ao Festival, já me bastou. Sim!, porque houve para aí muito energúmeno que querer, queria era a Luciana Abreu, mais a palermice teatral "tenho mamas, e elas bastam-me"! Valha-nos a sagacidade de poucos, mas influentes...

Mas pronto, lá vamos. E ainda bem. Fico muito contente.

De mais a mais, e em jeito de repetição do ano passado, esta música é que ficava bem cantada por uma tuna que eu cá sei... Ouvissem-me elas, e oh! a quantidade de coisas que corriam melhor...

domingo, 10 de maio de 2009

Está escrito na cidade...

-You just haven't figured it out yet, have you?
-What?
-It, you know, IT, the big picture!
-Guess not...
-The Beatles!
-What about them?
-This... Look, other bands, they wanna make it about sex or pain, but you know, The Beatles, they had it all figured out, OK? "I want to hold your hand" (...)

do filme "Nick and Norah's Infinite Playlist"



quarta-feira, 6 de maio de 2009

E as frases da Queima...

-Tens que chupar e trincar.
-Isso não, que ouvi dizer que dói...

Eu estava aqui a pensar... onde será a minha trombinha?!

Oh Marta!, a tua coisa está húmida!!!

Eu até acho que ainda não sei o que é uma -como é que se diz?- pichota...

Mas 28 é múltiplo de sete?! 28 É MÚLTIPLO DE SETE?! (e os estúpidos éramos nós, que estávamos confiantemente a dizer que sim...)

(acerca da falta de luz): Se este ano é assim, para o ano a música vai ser em Braille!

E, como pièce de résistance, "o teu popó no meu pipi"...


Sintam-se à vontade para alargar o rol... Eu acho que, assim de repente, não me lembro de mais nenhuma...