Media Player: um conselheiro sentimental, um dotado tratador de animais em cativeiro a expandir horizontes, um Viagra sem efeitos secundários...
A apaziguar encefalias, dores do reumático e problemas de azia desde mil-nove-e-quarenta-e-três
sexta-feira, 22 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Perigos da Selva Urbana
Os automóveis, a poluição, os fumos e sirenes e barulhos; o stress, as pressas, os velhos que não andam, as pombas que voam rasantes, os taxistas sem paciência e os condutores de bus sem cuidado; as pontas de cigarro atiradas sem se ver para onde, as coisas viscosas de pulmões em mau estado e gente em fraco asseio, as chicletes no chão; os cães rafeiros, os presentes destes e dos parentes tão próximos no comportamento das vontades quanto afastados na origem, os putos parvalhões, os piropos dos trolhas; os semáforos de luz em tons laranja, as passadeiras invisíveis; os charcos de água quando chove e a falta de árvores e sombra quando está Sol; os loucos, os pedintes, os pedinchões, tudo isto já todos conhecem.
Mas os Porto, por ser nosso e não só, ainda tem turistas e máquinas fotográficas em punho, e gincanas obrigatórias e não delineadas, se não queremos aparecer na fotografia. Que há monumentos e monumentos e alguns, os que não aparecem nos guias turísticos, são para continuar assim, incógnitos...
Mas os Porto, por ser nosso e não só, ainda tem turistas e máquinas fotográficas em punho, e gincanas obrigatórias e não delineadas, se não queremos aparecer na fotografia. Que há monumentos e monumentos e alguns, os que não aparecem nos guias turísticos, são para continuar assim, incógnitos...
quinta-feira, 14 de maio de 2009
O Amor é uma fervura/ Que a saudade não segura/ E a razão não serena
-Valeu a pena, pelo menos...?
-Huh?!
Já nem se lembrava de que ali estava. Era fácil a cabeça vaguear-se-lhe para longe. Tinha tantas vontades, tantos quereres, tanto onde e com quem estar, que o tempo não lhe chegava para tudo. Às vezes fazia o exercício de pensar "e se agora, eu não estivesse aqui, mas noutro lugar?", e lá ia passear pelas ruas intrincadas da imaginação, tão-pouco dando-se conta de que o corpo permanecia no mesmo sítio.
De súbito, os cheiros, familiares como eram, a café torrado e a madeira humedecida pelas gotículas da chuva que se esgueiravam para dentro de cada vez que se abria a porta e que nas paredes encontravam descanso, finalmente aquecidas por gentes e respirações, vapores e luzes, ligaram-lhe a capacidade cognitiva. As luzes desenharam as paredes da sala, amarelo-acastanhada, soturna em dias como aquele; os sons fizeram-se em conversas nas mesas vizinhas, àguas ferventes e borbulhantes, e deu-se conta de onde estava. Uma sensação de aconchego percorreu-o.
Não que não quisesses estar ali. Mas era-lhe tão fácil a mente vaguear-se-lhe para longe...
-Se valeu a pena! Como diz o Rui Veloso, "se tiver de ser, ao menos que valha a pena"... Valeu a pena?
Num silêncio de quem repete para si a pergunta e lhe tenta tirar o sentido à força da repetição -tantas vezes que já o fez e não resultou!-, conseguindo não mais que lhe descobrir os meandros; de quem sabe mas não quer dizer, com medo de que as coisas se tornem mais verdadeiras só por saírem da boca para fora, só quando saem da boca para fora; num silêncio que não corre por mais que se estique, que tanto se quer perpetuado ou fulminante, cresce a voz num grito pouco mais que mudo, tímido e penitente:
-Não...
Ela fez-lhe um aceno contido, levantou-se mal arrastando, quase deslizando acima do chão, suspensa por uma qualquer força invisível a cadeira e saiu.
Lá fora o frio de Inverno era cortante. Arrasava as orelhas e a cara, e num aconchego que se queria de outros braços, guardou-se nos seus próprios e desceu a rua, travada pelo vento mas impulsionada pela vontade, levando somente a certeza de que aquele seria, a partir de então, mais um lugar desfeito, morto para sempre...
terça-feira, 12 de maio de 2009
Eurofestival da Canção II
Aqui há atrasado -o ano passado por esta altura, mais coisa menos coisa-, falei muito bem da nossa música eurofestivaleira, e do quanto achava -ainda acho- que ela apelava ao sentimento Português, que transpirava alma Lusa por todas as semi-breves, colcheias, claves e tudo o que mais a fazia. Continuo a gostar imenso dela. Chegamos mesmo a ir longe com ela, se bem me lembro tão longe quanto nunca.
Qual não é pois o meu espanto quando, este ano volta a surgir uma música fantástica!
Se a outra era alma, esta é o compassar do coração; se a outra era sentimento, esta é todas as necessidades arrebatadoras de sorrir; se a outra apelava a dores antigas, de perdas de quem muito se quis, esta dá vontade de encontrar alguém para lha cantar!
Eu, pelo menos, assim que apanhar um a jeito, cantá-la-ei, e daí só esperarei um futuro embalado por ela, já que a minha costela romântico-depressiva-o-badalhocamente-icompreendida, já tine, já todo o corpo se me baloiça com este som!
Sinceramente, não pensei que fossemos tão longe -e sim, uma final do Eurofestival já é um marco histórico-, porque acho que a música (a letra, principalmente), não é de nada fácil compreensão aos estrangeiros, e nestas ocasiões, tende-se tirar importância aos quê's inerentes aos países. Ainda para mais a jovem que a canta (Daniela Varela, ao que parece) estava incrivelmente nervosa o que bem se notou na voz dela (sim, eu vi o Eurofestival. Não todo! Só pouco mais que a nossa prestação. E aproveito para me queixar tão publicamente quanto isto me permite, que é uma vergonha um Eurofestival sem Eládio! Tenho dito...), mas só o termos (enquanto povo e no sentido mais global possível, já que não tive nada a ver com isso, pois consta que as únicas vontades que contam são as que se fazem em telefonemas...) tido a decência de a levar ao Festival, já me bastou. Sim!, porque houve para aí muito energúmeno que querer, queria era a Luciana Abreu, mais a palermice teatral "tenho mamas, e elas bastam-me"! Valha-nos a sagacidade de poucos, mas influentes...
Mas pronto, lá vamos. E ainda bem. Fico muito contente.
De mais a mais, e em jeito de repetição do ano passado, esta música é que ficava bem cantada por uma tuna que eu cá sei... Ouvissem-me elas, e oh! a quantidade de coisas que corriam melhor...
Qual não é pois o meu espanto quando, este ano volta a surgir uma música fantástica!
Se a outra era alma, esta é o compassar do coração; se a outra era sentimento, esta é todas as necessidades arrebatadoras de sorrir; se a outra apelava a dores antigas, de perdas de quem muito se quis, esta dá vontade de encontrar alguém para lha cantar!
Eu, pelo menos, assim que apanhar um a jeito, cantá-la-ei, e daí só esperarei um futuro embalado por ela, já que a minha costela romântico-depressiva-o-badalhocamente-icompreendida, já tine, já todo o corpo se me baloiça com este som!
Sinceramente, não pensei que fossemos tão longe -e sim, uma final do Eurofestival já é um marco histórico-, porque acho que a música (a letra, principalmente), não é de nada fácil compreensão aos estrangeiros, e nestas ocasiões, tende-se tirar importância aos quê's inerentes aos países. Ainda para mais a jovem que a canta (Daniela Varela, ao que parece) estava incrivelmente nervosa o que bem se notou na voz dela (sim, eu vi o Eurofestival. Não todo! Só pouco mais que a nossa prestação. E aproveito para me queixar tão publicamente quanto isto me permite, que é uma vergonha um Eurofestival sem Eládio! Tenho dito...), mas só o termos (enquanto povo e no sentido mais global possível, já que não tive nada a ver com isso, pois consta que as únicas vontades que contam são as que se fazem em telefonemas...) tido a decência de a levar ao Festival, já me bastou. Sim!, porque houve para aí muito energúmeno que querer, queria era a Luciana Abreu, mais a palermice teatral "tenho mamas, e elas bastam-me"! Valha-nos a sagacidade de poucos, mas influentes...
Mas pronto, lá vamos. E ainda bem. Fico muito contente.
De mais a mais, e em jeito de repetição do ano passado, esta música é que ficava bem cantada por uma tuna que eu cá sei... Ouvissem-me elas, e oh! a quantidade de coisas que corriam melhor...
domingo, 10 de maio de 2009
Está escrito na cidade...
-You just haven't figured it out yet, have you?
-What?
-It, you know, IT, the big picture!
-Guess not...
-The Beatles!
-What about them?
-This... Look, other bands, they wanna make it about sex or pain, but you know, The Beatles, they had it all figured out, OK? "I want to hold your hand" (...)
-What?
-It, you know, IT, the big picture!
-Guess not...
-The Beatles!
-What about them?
-This... Look, other bands, they wanna make it about sex or pain, but you know, The Beatles, they had it all figured out, OK? "I want to hold your hand" (...)
quarta-feira, 6 de maio de 2009
E as frases da Queima...
-Tens que chupar e trincar.
-Isso não, que ouvi dizer que dói...
Eu estava aqui a pensar... onde será a minha trombinha?!
Oh Marta!, a tua coisa está húmida!!!
Eu até acho que ainda não sei o que é uma -como é que se diz?- pichota...
(acerca da falta de luz): Se este ano é assim, para o ano a música vai ser em Braille!
E, como pièce de résistance, "o teu popó no meu pipi"...
Sintam-se à vontade para alargar o rol... Eu acho que, assim de repente, não me lembro de mais nenhuma...
-Isso não, que ouvi dizer que dói...
Eu estava aqui a pensar... onde será a minha trombinha?!
Oh Marta!, a tua coisa está húmida!!!
Eu até acho que ainda não sei o que é uma -como é que se diz?- pichota...
Mas 28 é múltiplo de sete?! 28 É MÚLTIPLO DE SETE?! (e os estúpidos éramos nós, que estávamos confiantemente a dizer que sim...)
(acerca da falta de luz): Se este ano é assim, para o ano a música vai ser em Braille!
E, como pièce de résistance, "o teu popó no meu pipi"...
Sintam-se à vontade para alargar o rol... Eu acho que, assim de repente, não me lembro de mais nenhuma...
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