terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Graças a Deus pelos espelhos de elevador

Não devo ser eu a única a quem já aconteceu sair de casa e esquecer do guarda-chuva, dos óculos, da caneta, das chaves.
Não serei certamente também a única, embora não me parece que aconteça a rodos, a ter quase saído de casa (cheguei a calcar o tapete de entrada, e nessa altura, a graça que dei foi pela aspereza dele de baixo dos chinelos que tinha calçados em vez dos sapatos) a, lá está, quase sair de casa de chinelos. Ou, num campo mais indecoroso da vergonha, com os collants (já) rasgados. 5 minutos depois de os ter calçado.
Ainda menos provável, é haver mais alguém que tenha quase a certeza de que chegou a casa com as duas sapatilhas, o certo é ter perdido uma pelo caminho, o mesmo se passando com os collants, ou com outras peças de roupa que volta e meia lá aparecem pela carteira, à posteriori.
Se é uma vergonha? É. Se é possível não ser assim? Estou certa de que sim, e de que há, aliás, um cantinho especial no Céu para quem consegue não o ser. Se isto é do pior que me acontece? Não, isso não. É mau que chegue, mas eu consigo sempre ir mais além no que toca a ignomínias por que me faço passar.
Eu sou o Cristiano Ronaldo dos embaraços (sem castelhano à mistura, apesar de poder sair daqui uma piada muito boa); o expoente máximo das vergonhas; o aparelhómetro que sobe as fasquias sempre e sempre e sempre mais alto e mais alto e mais alto.

Saio eu de casa, feliz e contente, como chega a acontecer algumas vezes, de casaco, carteira e cachecol, comprido e para ajudar à festa, e que apetrecho levo mais? Shan shan shan shaaaaannnn! Um soutien preso às calças (Friso, um (e não "o")). Da mesma cor que o casaco e o cachecol. Porquê? Para não me aperceber de que ele lá está.
Agora, como é que foi possível, como é que consegui tamanha façanha? Eh pá, não sei. O certo é que não paro de arranjar coisas que me façam rir (de mim, é pena, mas já não é mau), quando a vida começa a acinzentar...

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