sábado, 31 de dezembro de 2011

3... 2... 1... 0!

Consigo perceber o porquê da festa de mudança de ano: é um ciclo que se reinicia. Mas não gosto de todas as expectativas e vontades e resoluções que se incutem a um novo ano, como se esse -qualquer que seja- que aí vem mude o que o que passou não conseguiu. É pedir demais às folhas do calendário.
Eu não balizo a minha vida, não limito projectos nem objectivos em intervalos de 365 dias. Daí que os empolamentos à volta das passagens de ano, tenho-nos por patetas. No entanto, da festarola já gosto. E como é de bom tom desejar tudo de bom neste dia, mais do que desejar boas entradas, desejo que o prato principal e a sobremesa sejam deliciosos!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pingo Doce, sempre tão cauteloso...

Há um Pingo Doce na cidade dos Arcebispos (e, segundo consta, de mais um par de P's...) que é excepcionalmente grande. A zona das bebidas alcoólicas, então, está melhor apetrechada do que a garrafeira dos nossos sonhos!

De bebidas brancas às da cor do ouro, das espirituosas às que mimam o espírito, das banais às excêntricas, há de tudo. E, perdido lá para o meio, como quem não quer a coisa, com ares de esquecido pelo repositor de stocks, embevecido, quiçá, pela empregada roliça da charcutaria, que se encontra logo ali à frente, surge...

...Um expositor de preservativos.



Pingo Doce: a tomar conta de gente festeira e embriagadamente atiradiça, desde... tempos em múltiplos de 9 meses. [Será?]

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Coisas de que eu gosto

De uma das procuras que mais visitas traz a este blog ser "faz me um filho" [assim mesmo, sem hífen...]

Amores, e o romance? A paixão, o arrebatamento dos sentidos; um jantarzinho, uma troca de telefonemas?! Não pode ser assim de chofre, vá... Um bocadinho de sentimento, por favor.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Reminescências do Natal II

Ou "o Postal dos Postais" (isto tem muita mais piada se se conhecer os vídeos originais. Mas não obstante!)


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Reminescências do Natal I

E saber que estive para partir o meu porquinho mealheiro quando o vi pela primeira vez numa manhã chuvosa de há um par de meses atrás, num mupi estacado no meu caminho.

Se eu soubesse que o que tenho sido satisfaz os requisitos para ser uma "menina bem comportada", não tinha suspirado tanto por ele de cada vez que o via...

Nem é bom relembrar a minha felicidade infantil quando abri a caixa do El Corte Inglés, convencidérrima de que de lá de dentro iam sair bombons...

sábado, 24 de dezembro de 2011

24 de Dezembro

A gerência deste blog vem por este meio -porque é o que faz mais sentido, porque podia muito bem enviar-vos postais, mas não sei onde vocês todos, que são para cima de muitos milhões, moram; podiam enviar-vos SMS's, mas não sei os vossos números; podia telefonar-vos, mas tinha o mesmo problema... E, além do mais, isto é um blog, internauta por definição, logo este é o meio por excelência de qualquer comunicação que se preste fazer-, deseja-vos um Feliz Natal, com mais Amor do que *Paz!*, porque esta época faz-se mais do primeiro do que do segundo, mas se for isso que vos galvaniza, amores, é como quiserdes, quem sou eu para vos privar da vossa felicidade.

Feliz Natal!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Às vezes preocupo-me comigo...

Como por exemplo agora, que tenho um tornozelo todo arranhado, do lado proximal e do lado distal (a sério que eu ia escrever "do lado de fora e do lado de dentro", mas soa tanto a ignorância e a impossibilidade física, que tive mesmo que optar por termos pomposo-olha-ela-com-a-mania-que-sabe. Peço desculpa...), com ar de ter sido maleita bem dolorosa, e eu não faço ideia de onde arranjei tal coisa...

É bom que eu não apareça aí morta a um canto, porque isto resultaria pela certa em teorias de constrições forçadas, aprisionamentos selváticos, algemas e demais apetrechos limitadores do movimento, e eu quero é a verdade acima de tudo, não fait divers a empoeirarem o olho perscrutador dos investigadores!


(que coisa mais mórbida, mulher!)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pai Natal, seu safado!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sentido de observação tendencioso

Passo dum cabelo com meio metro de comprimento para uma jubinha de pouco mais que qualquer coisa, ninguém dá conta.

Pela primeira vez, do alto dos meus muitos anos, uso um eyeliner. Ninguém vê, ninguém repara.

Vou jantar com quem não convivo quotidianamente, e só os ouço perguntar: "Ela come sempre assim?!" [Sim, eu sou um pequeno alarve que, vai-não-vai, não pode dar sangue por peso insuficiente...]


Estou em crer que entre uma tatuagem no meio da testa e um micrómetro de alface num incisivo, chamavam-me à atenção do segundo...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quando abre a caça ao hipopótamo?

Vejo-vos a fazer greves, reivindicações, protestos e paralisações. Porque vos tiram os subsídios, porque vos baixam os salários, porque sobem a inflação e o IVA, porque diminuem os apoios e as pensões.

E contra a Popota, não vos vejo fazer nem dizer nada!

O Continente tinha a Leopoldina, um pássaro alto, bem-disposto, aventureiro, que despertava o gosto pela descoberta; e o Mundo Encantado dos Brinquedos, onde havia reis, princesas, dragões, porque há lutas que terão sempre que ser travadas, e porque o bem acaba sempre por vencer, havia heróis de banda-desenhada e o interesse pela leitura, havia pulos, saltos e muitos trambolhões, porque quando se é puto é-se resiliente mais do que resistente. E tudo isso, porque os brinquedos eram a nossa maior alegria.

Agora, o Continente tem uma hipopótama assente em duas patas, cor-de-rosa que mete dó, oca que nem um cano da água, porque lhe interessam purpurinas e brilhinhos, vestidos curtos e danças demasiado requebradas até para os cabarés do Moulin Rouge, fama e exuberâncias, e ninguém, NINGUÉM, pais, avós, associações pelo interesse das crianças e da preservação da inocência e da infância, se insurge contra isso!

A minha infância encheu-se de Betadine nos joelhos e de detergente para as bolas de sabão. Agora, de cada vez que vejo uma miúda com botas até ao joelho, pulseiras achincalhadoras e vontades de pintar olhos, unhas e lábios, só me apetece chorar. Por ela, porque vai haver um dia em que vai ser grande, e não vai saber o que foi ser pequena. Vai haver um dia em que não vai sentir que cresceu, e não vai poder voltar às reminiscências e memórias do passado. Vai haver um dia em que vai ter filhos, e não vai saber deixá-los andar, e sujarem a roupa, e esfolarem os joelhos, e abrirem sobrolhos em piruetas destrambelhadas [caso real], não vai saber deixá-los crescer e aprender as coisas mais importantes.

Sinto que estamos a passar o ponto sem retorno, e ninguém quer saber. Digo muitas vezes que tempos difíceis, viveu a minha avó, que teve 10 filhos e passou uma Guerra Mundial, com alimentos contados e senhas para os ir levantar, e teve que fazer 4 deles fugir à socapa do país para não irem para o Ultramar, e conseguiu criá-los a todos, e nenhum se queixa da sua infância (antes pelo contrário), e o quanto é delicioso ouvi-los falar desses tempos!

A maior crise que se vive agora não passa pelo défice nem pela periclitância do Euro. A maior crise dos dias que correm, é a crise de valores. Pior do que valer tudo, agora valem coisas que eu tenho por execráveis. Veja-se o exemplo da Popota...