.Momento "Tim Burton" ou "Isto acabou mesmo de acontecer?!"
Passadeira. Vermelhusco para os peões acabadinho de acender.
Raquel estaca na berma do passeio, os carros ainda parados.
Verde para os carros.
Como se não bastasse o primeiro carro ser azul claro metalizado, o homem que lá ia dentro tinha que ter uma gravata lilás psicadélico, e como se estas duas coisas por si não mexessem comigo, o desgraçado ainda me pisca o olho quando vai a passar por mim...
.Momento enternecedor
Duas mamãs-pavão a passearem cada uma com o seu filhotinho-pavão ao lado.
.Momento "cafeína p'á veia" ou "Raquel, és bem capaz de ser a pior e a melhor pessoa para se ter ao lado numa aula"
Cadeira: Histofisiologia Animal
O Professor era homem para estar a tentar bater o recorde de maior número de palavras ditas a) de um só fôlego ou b) em x minutos; ou para estar com muita vontade de ir à casa-de-banho. De outra forma não se percebe porque é que numa aula de 2 horas e meia de duração, o homem nos conseguiu dar tudo quanto é tecido constituinte do organismo (e não são poucos!), suas características, funções, classificações, aparências, e o que mais se conseguirem lembrar, em menos de uma hora e um quarto e por-nos a andar dali para fora.
Ele falavasemrespirar, ele embolava sílabas às palavr, ele dizia coisas como (foneticamente) "porquinge" e nem se preocupava em escrever "Purkinje" no quadro para facilitar a coisa.
Eu, tenho uma letra horrorosa. Mesmo quando tento caprichá-la -coisa que nunca acontece nas aulas, muito menos naquelas em que tenho que escrever como se a minha vida dependesse disso-.
Tenho, no entanto, e talvez pelo facto de não me preocupar minimamente com a candura da minha letra, uma qualidade: consigo escrever muito depressa. O suficiente, pelo menos, para apanhar o que pessoas com o síndrome "Cafeína Pura" dizem.
Quem está ao meu lado, tem dois problemas: não consegue acompanhar o ditado, e não percebe patavina do que eu tenho escrito no caderno. E eu, vendo-os atirar os olhinhos para a minha propriedade -salvo seja-, digo-lhes, envolta em brilhos celestes, chilrear de passarinho e pétalas de rosas levemente atiradas ao ar por anjinhos papudinhos: "Podes ver. Não vais perceber nada, mas podes perguntar".
.Momento "ou tenho um íman, ou sou transparente"
São Bento. Euzinha estacada a olhar para o placard das partidas. 500 mil metros de espaço à minha esquerda e 327 mil à minha direita. Pois tudo quanto é gente tem que passar a roçar em mim, quando não mesmo mandando encontrões que quase me levam de arrasto! Mas porquê?!
Passadeira. Vermelhusco para os peões acabadinho de acender.
Raquel estaca na berma do passeio, os carros ainda parados.
Verde para os carros.
Como se não bastasse o primeiro carro ser azul claro metalizado, o homem que lá ia dentro tinha que ter uma gravata lilás psicadélico, e como se estas duas coisas por si não mexessem comigo, o desgraçado ainda me pisca o olho quando vai a passar por mim...
.Momento enternecedor
Duas mamãs-pavão a passearem cada uma com o seu filhotinho-pavão ao lado.
.Momento "cafeína p'á veia" ou "Raquel, és bem capaz de ser a pior e a melhor pessoa para se ter ao lado numa aula"
Cadeira: Histofisiologia Animal
O Professor era homem para estar a tentar bater o recorde de maior número de palavras ditas a) de um só fôlego ou b) em x minutos; ou para estar com muita vontade de ir à casa-de-banho. De outra forma não se percebe porque é que numa aula de 2 horas e meia de duração, o homem nos conseguiu dar tudo quanto é tecido constituinte do organismo (e não são poucos!), suas características, funções, classificações, aparências, e o que mais se conseguirem lembrar, em menos de uma hora e um quarto e por-nos a andar dali para fora.
Ele falavasemrespirar, ele embolava sílabas às palavr, ele dizia coisas como (foneticamente) "porquinge" e nem se preocupava em escrever "Purkinje" no quadro para facilitar a coisa.
Eu, tenho uma letra horrorosa. Mesmo quando tento caprichá-la -coisa que nunca acontece nas aulas, muito menos naquelas em que tenho que escrever como se a minha vida dependesse disso-.
Tenho, no entanto, e talvez pelo facto de não me preocupar minimamente com a candura da minha letra, uma qualidade: consigo escrever muito depressa. O suficiente, pelo menos, para apanhar o que pessoas com o síndrome "Cafeína Pura" dizem.
Quem está ao meu lado, tem dois problemas: não consegue acompanhar o ditado, e não percebe patavina do que eu tenho escrito no caderno. E eu, vendo-os atirar os olhinhos para a minha propriedade -salvo seja-, digo-lhes, envolta em brilhos celestes, chilrear de passarinho e pétalas de rosas levemente atiradas ao ar por anjinhos papudinhos: "Podes ver. Não vais perceber nada, mas podes perguntar".
.Momento "Mham mham"
Hora de almoço. Aqueles senhores que passam por mim de fato, gravata, todos perfumadinhos, arranjadinhos, alguns ainda de óculos de Sol e com sorrisos derreadores [e aquele menino no comboio]...
Já agora... Parem com isso! Aproveito mesmo para vos avisar que se continuam a cometer as atitudes pecaminosas que têm vindo a perpetrar na minha cabeça, vocês ainda vão parar ao Inferno! Quem vos avisa...
Hora de almoço. Aqueles senhores que passam por mim de fato, gravata, todos perfumadinhos, arranjadinhos, alguns ainda de óculos de Sol e com sorrisos derreadores [e aquele menino no comboio]...
Já agora... Parem com isso! Aproveito mesmo para vos avisar que se continuam a cometer as atitudes pecaminosas que têm vindo a perpetrar na minha cabeça, vocês ainda vão parar ao Inferno! Quem vos avisa...
.Momento "ou tenho um íman, ou sou transparente"
São Bento. Euzinha estacada a olhar para o placard das partidas. 500 mil metros de espaço à minha esquerda e 327 mil à minha direita. Pois tudo quanto é gente tem que passar a roçar em mim, quando não mesmo mandando encontrões que quase me levam de arrasto! Mas porquê?!
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