quinta-feira, 29 de abril de 2010

Novo Record

Campo Alegre - S.Bento em menos de 25 minutos!

Não é coisa para a qual estivesse preparada (de todo!) tanto mais que foi por necessidade e não por outra qualquer vontade.

Acontecimentos que conduziram a esta causa:

.marcar uma frequência para as 18h(15) num dia em que a Raquel sai às 13h (à primeira vista pode parecer que nada tem que ver com o facto, mas explanarei mais adiante...)

.ser-se tudo menos pontual na hora de começo da dita frequência, que 15 minutos depois da hora prevista, ainda andava tudo aos papéis...

.dizer que a dita frequência tem a duração de uma hora... e na realidade ela durar quase duas!

.a regularidade dos bus por volta das 20h ser cadenciada por intervalos muito grandes, o que causa um certo receio em ficar à espera dum deles, sob pena de perder pau e bola

.o facto de sair às 13h e a frequência ser só às 18h15, implicar ficar 5 horas à seca na faculdade, e por não se desejar isso nem ao maior inimigo, optar antes por não ir às aulas de manhã e só abalar para a faculdade ao fim da tarde. Com isto, atrasei o almoço para perto das 15h para ficar com a barriguinha compostinha durante mais tempo. Na teoria, foi uma óptima ideia, mas dado que a prática pouco se seguiu pela teoria, isto foi terrível, porque não lanchei antes da frequência (porque, afinal, uma hora depois ia poder fazê-lo), mas tive que correr muito duas horas depois e com uma fome desgraçada!

.a regularidade dos comboios (àquela hora) ser em intervalos de horas extremamente compridas (porque não me venham com coisas de que as horas são todas iguais, porque é um facto constatado por mim -e acredito que não só-, que quando se espera as horas espraiam-se por minutos intermináveis, e quando se precisava que eles fossem mais lerdos a passar, apressam-se todos!)

.ter ido entregar a frequência e o Professor mandar-me para o lugar "com o tempo que te resta, dar uma olhadela nisso"

.ter ido entregar a frequência (2ª vez), e o Professor mandar-me para o lugar dizendo, desta vez, o que queria mesmo que eu fizesse (completasse, vá. Porque não estava mal! Estava incompleto...)

Ora está bom de ver que ontem, pelas 20h e poucos, fui toda esbaforida a correr, com o vento de frente -que se havia de estar forte e contra, havia de ser ontem!-; com uma capa (de argolas) na mão, que é coisa, acreditem, para não dar jeito nenhum; com a carteira aos pinotes no ombro; com fome muita fome e os músculos a precisarem de energia, e o cérebro a precisar de energia, que já nem mandar nas pernas conseguia; a, volta e meia, lançar uns impropérios para o ar; a fazer "chap chap" com o bater dos pés nas ruas que descem... A chegar a S.Bento e a porcaria da máquina para obliterar não funcionar... A chegar ao comboio, sentar-me, fechar os olhos, e ter a nítida sensação que jamais os ia conseguir abrir, num desmaio prolongado, que é bem verdade o que a Ciência diz, que o efeito que o ficar sem comer muito tempo tem no organismo é o mesmo que uma pequena embriaguez. Juro que, ao fechar os olhos, senti o comboio rodar em meu torno. Nada que as míticas bolachinhas não tenham ajudado a sanar momentaneamente.

Quando cheguei à terrinha, a primeira passada para fora do comboio quase me fez saltar um gastrocnémio (vulgo "gémeo", mas desde que aprendi esta, não quero outra coisa...), e ao subir as escadas, parecia uma velha, ao fazê-lo muito devagarinho, apoiando o pé todo, que senão lá iam os dois ditos cujos com os porcos!

Hoje, de cada vez que inicio a marcha, também é ver-me andar feita pata choca, num movimento que remete para e torna fantástico o sendentarismo da minha vida!

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