quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um Contra O Outro

Anda,
desliga o cabo que liga a vida a esse jogo,
joga comigo, um jogo novo, com duas vidas,
um contra o outro.

Já não basta
esta luta contra o tempo,
este tempo que perdemos,
a tentar vencer alguém.

E ao fim ao cabo,
o que é dado como um ganho,
vai-se a ver desperdiçamos,
sem nada dar a ninguém.

Anda,
faz uma pausa,
encosta o carro, sai da corrida,
larga essa guerra, que a tua meta,
está deste lado da tua vida.

Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível com a minha condição,
que a tua vida, é real irrepetível,
dá-te mais que o impossível
se me deres a tua mão.

Sai de casa e vem comigo para a rua, vem,
que essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua, vem,
que essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que mais perde se não vens.

Anda,
mostra o que vales,
tu nesse jogo vales tão pouco,
troca de vício por outro novo,
que o desafio é corpo a corpo.

Escolhe a arma,
a estratégia que não falhe,
o lado forte da batalha,
põe no máximo o poder.

Dou-te a vantagem,
tu com tudo, eu sem nada,
que mesmo assim desarmada,
vou-te ensinar a perder.

Sai de casa e vem comigo para a rua, vem,
que essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua, vem,
que essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que mais perde se não vens.

Deolinda


Creio ser uma evidência ainda não haver quem não a tenha ouvido. Mas não é por isso que só lhe estampo aqui a letra, não. É sim porque, assim sem musica, é mais fácil perceber o que ela diz. E sim, oh sim, como eu gostava de a enxovalhar a alguém. Melhor!, como alguém merecia e precisava que eu lha vociferasse, enquanto lhe pegava nos ombros e sacudia freneticamente para ver se a mensagem passava (entrava?) mesmo bem! Mas acho que nem assim...

No entanto, e como a minha benevolência não tem limites, tomem lá:



De nada.

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