sábado, 31 de julho de 2010

O que é realmente ph*dido

Ir fazer melhoria dum 14, ter um 19, e a secretaria dizer que afinal essa segunda nota não vale porque estava em falta uma prestação das propinas...

Começava com um maçarico nas pestaninhas

A cidade está enevoada; o azul do céu que se quer escuro, está turvo; o cheiro a mato queimado arranha as narinas enquanto a elas se prende.

Eu sei bem o que fazia aos culpados.

Cabrões!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ser-se parvalhona desde tempos da Inquisição

-Que fizeste àquela bruxa?
-Ateia na fogueira!

Parece que tenho memória de peixe, ou quê!

Quando como bolachas, gosto de pôr a bolacha de uma vez só na boca. E de cada vez que o faço, vejo-me e desejo-me para a conseguir trincar e dar-lhe a volta, arranhando gengivas e palato, fatigando a língua.
Quando como bolachas, gosto de pôr a bolacha de uma vez só na boca. Arrependo-me sempre...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Post sem o mínimo interesse para o sexo masculino. Ou com interesse desmesurado. De qualquer das formas, não têm nada que o ler!

Eu sou uma apaixonada pelas minhas pernas. Tanto, que todas as manhãs ao levantar-me, dou um beijo a cada uma. [Mentira... Mas podia!] E como gosto tanto delas percebo (e gosto) que gostem delas também. Mas isto é tudo muito bonito quando os cromossomas dos demais são diferentes. Quando dois X se chegam muito, eu entro em pânico! [esta foi uma das partes que pode ter despertado interesse no género masculino]

[esta é a parte que não interessa nem ao Menino Jesus, precisamente por ser menino]
Tenho tido a sorte de, em todos estes anos de idas à esteticista me calhar quase sempre a mesma. É uma daquelas coincidências que, fiquei agora a saber, era uma maravilha. Até que surgiu este dia mal-fadado em que me calhou outra.
Estava tudo a correr muito bem até que chegou a hora de pôr o cremezinho, deliciando-me com um par de segundos de massagens. Acontece que "um par" de segundos se foi estendendo, estendendo, estendendo, [esta é outra parte que pode ter o tal interesse para os machos, para mal dos meus pecados...] a minha perna já nem na marquesa estava pousada, antes tinha subido pela esteticista acima, até que dou por ela com um ar muito guloso enquanto me arrancava nacos de perna com os olhos, já para não falar nas mãos que, assustadoramente me percorriam a chicha.

Com a perna que estava livre e apoiando-me num dos braços, faço um golpe à tesoura, dou uma patada à mulher e deixo-a K.O. no chão, pensei eu. Mas não. Limitei-me a mexer desconfortavelmente na marquesa, a mulher lá despertou da sua fantasia, vesti-me a correr e já estou com as páginas amarelas abertas à procura de outro centro de estética...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Deve ser memória bloqueada pelo trauma

Como fui eu esquecer-me de contar o meu quase-atropelamento?

Saio eu de casa pela fresquinha, 7 badaladas ainda a bater no relógio da torre, à direita o Sol já vermelho a subir no céu, à esquerda caminho (também vermelho, graças aos passeios/pistas de tartan) pela frente.
Eu ia com sono, mas a nanar ia a condutora que deve achar que não é preciso olhar para a estrada quando se está atrás dum volante. Isso, ou leu "STAFF Rugby Sevens" na t-shirt que eu levava e achou "esta deve gostar de placagens, 'bora lá dar-lhe um miminho logo pela manhã!"
Ponho o pezinho na estrada, espreito, e o carro que vem a subir a rua começa a abrandar. Inicio a marcha, enquanto olho para o sentido contrário para ver que tal. Vinha um carro, para minha sorte, devagar, que eu pensei que me fosse ver na perfeição e fazer o mais natural numa situação daquelas: travar! Mas, qual quê?! Invadida que fui por uma lucidez atípica para aquela hora da manhã, e ao aperceber-me que a senhora só fazia tenção de parar em cima de mim, contorci-me sobre mim mesma e, qual Bush a desviar-se do sapato, consegui -ainda hoje não sei como- desviar-me da frente do carro. Levei com o retrovisor no ossinho da anca [bem feita! Não te desviaste de mim, agora vais com o retrovisor todo torto!], e senti ainda um pneu a roçar-me um pé.

A condutora, nem ui nem mui; a minha mãe (soube-o à noite quando lhe contei o episódio), em casa e ao ouvir um carro travar à bruta, a pensar "olha, podia ser a Raquel!"; uma senhora muito simpática do outro lado da rua a perguntar-me "Está bem? Não se magoou?"; e um caça-talentos do Cardinali, mais à frente, a querer contratar-me para contorcionista.

Ele há coisas que sinceramente...

Porquê?

Porque é que hoje acordei com saudades tuas?



"Luz Breve", Margarida Pinto

terça-feira, 27 de julho de 2010

O que é realmente engraçado

É uma das páginas mais visitadas deste blog (sim, eu tenho acesso a esta informação *riso maléfico MUAHAHAHAH seguido de olhar perscrutador de quem diz "espero que ninguém tenha dado conta"*) ser esta e sê-lo devido a procuras feitas no Google por qualquer coisa que inclua "camaleão, macho e fêmea".

Anda o povo a querer instruir-se, e eu feita nem-ph*de-nem-sai-de-cima! (e o pior, é que me estou a rir imenso com isto...)

Das duas, uma: um dia destes, ou sou presa ou dão o meu nome a uma rua...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não, não fui trocada por dois camelos

Nem por qualquer outra quantidade. Fui, isso sim, raptada pelo trabalho de bastidores e não só, que um Campeonato do Mundo exige.

Desde o dia 17 até ao dia 24, foram 8 dias de poucas horas dormidas, quantidade de trabalho absurda, músculos doridos, muito sol na fronha, e peitorais de jogadores de rugby ao léu (é só para não dizerem que eu estou sempre a resmungar com tudo!).

Comecemos pelo princípio.

Dia 1 - 17 de Julho (a 4 dias do Mundial):

Depois de uma noite de três horas de sono, toca o despertador. Começámos bem... Missão: ir até ao Meliá de Gaia.
Eu tenho muita vontade (e um dia ainda o vou fazer), de me apetrechar de soquete branca e sandálias, calçãozinho caqui e t-shirt branca, banana à cinta e mapa na mão, e ir para uma cidade armar-me em turista. Desta vez faltou-me tudo excepto o mapa na mão. E assim nesse aparato, saio do comboio e desato a procurar nomes de ruas nas esquinas das mesmas. É de louvar o facto de, aparentemente em todas as ruas de Gaia, haver uma placa nas esquinas com o nome da rua. Não estou a ser irónica, é mesmo verdade, e dá um jeitaço descomunal para quem anda à deriva. Vi umas três ou quatro placas, mas nenhuma era a que eu queria. "Bonito, já me perdi e ainda nem comecei a andar..." Giro sobre mim mesma e eis que vejo uma esquadra da PSP. Vou até lá, endereço os meus cumprimentos ao Senhor Guarda que estava sentado atrás da secretária, e pergunto-lhe para que lado ficava a rua já-não-me-lembro-qual:

eu: -Bom dia [pausa para ele me responder], seria possível dar-me uma informação, por favor? Para que lado fica a rua já-não-me-lembro-qual?
sr.agente: -Hum... É para ali.
eu: -[momento de expectativa] Mas... "para ali", para a esquerda, ou "para ali", para cima?
sr.agente: -Está de carro?
eu: -[e isso implica alguma coisa com o local da rua?] Não, estou a pé
sr.agente: -[levantar da cadeira, acompanhar-me à porta] Disse a rua já-não-se-lembra-qual?
eu: -Sim...
sr.agente: -É a que vai até ao Tribunal! [sensação de dever cumprido]
eu: -[atonicidade total... Oh homem, se eu chego a uma esquadra da polícia e te pergunto por uma rua, é porque se calhar não sou de cá! Sei lá onde fica o Tribunal!] [tentando manter-me calma e com um sorriso nos lábios] Pois, e é a que vai para cima ou para a esquerda?
sr.agente: -É aquela [apontar para a esquerda], que é a que vai até ao Tribunal.
eu: -OK, muito obrigada, bom dia.
sr.agente: -Se seguir sempre vai ter ao Tribunal.
eu: -[sorriso forçado] Sim, bom dia, obrigada [ala daqui para fora, antes que ele me queira levar lá...]

Diz que Deus Nosso Senhor distribuiu coisas aquando da nossa feitura. Eu não acredito nisso, até porque se houve momentos em que Deus Nosso Senhor não deve ter estado com particular interesse, um deles é bem capaz de ter sido quando os meus paizinhos trucla-trucla. Mas isto sou eu, que qualquer dia desatam por aí a chamar-me de herege. Seja como for, volta e meia falha-me a sensatez.
Eu tinha um mapa patrocinado pelo tio Google, com um traçado todo catita que me levava da estação até ao hotel. Mas, eis senão quando, ao atravessar uma rua, olho para a direita e para além de não ver nenhum carro o que me permitia atravessá-la, vejo a torre do hotel. Ora, a dita cuja tem 22 andares, o que a torna praticamente visível de qualquer parte da cidade. Mas pensei nisso? Oh pensaste! Meti-me logo por aquela rua acima, "que por aqui é que vou bem, que é de certeza muito mais perto!" Acabou por correr bem, mas temi pela vida quando vi carros sem portas e sem vidros parados na berma da estrada. Foi um bocadinho assustador, principalmente quando dois dias depois tive que passar por lá às onze da noite! Um dia destes ainda se me acaba a sorte. Isso, ou convidam-me para me juntar a uma quadrilha!


Dia 2 - 18 de Julho (a 3 dias do Mundial):

Uma das razões para eu ter tido muito trabalho antes da minha equipa chegar, foi ter feito parte de dois departamentos: o da hospitalidade e o da acreditação. Este último implicou muita impressão, muita foto tirada a elementos de algumas delegações (a maior parte...) que não fizeram o trabalho de casa, muitos dados inseridos na base de dados, muita plastificação, muito corte na guilhotina. Se algum dia tiver que pedir emprego num escritório, já vou com uma pedalada tal, que passo logo à frente dos que andaram a tirar cursos teóricos.

Nestes dias que precederam o Campeonato propriamente dito, almoçávamos e jantávamos no hotel. O que era uma maravilha se conseguíssemos chegar ao buffet antes das brasileiras (cuja delegação chegou cá muito antes de todas as outras e muito antes do campeonato começar...), caso contrário, já pouca comida havia...

Sendo que enquanto as delegações não chegavam, não podíamos fazer nada, fui-me mitrar num outro departamento para me manter ocupada e facilitar-me a tarefa de não adormecer. Foram 500 t-shirts, 500 canetas, 500 brindes enfiados em 500 mochilas numa sala à tosta do Sol. Foi um trabalho em série que faria o Henry Ford sorrir de orgulho.
Quando chegava alguma delegação, era um montão de trabalho de secretaria inimaginável!


Dia 3 - 19 de Julho (a 2 dias do Mundial):

Mais do mesmo, fotos, impressões, problemas com a impressora, plastificações, ir a correr para o buffet e ainda assim as brasileiras já terem rapado tudo, mais fotos, mais dados inseridos, dar uso ao inglês, ter uma reunião para os guias, fazer uma visita às entranhas do estádio do Bessa, conhecer os meandros da coisa, e esperar pelo princípio da noite, altura em que chegavam os Marroquinos.
O primeiro impacto foi um bocadinho "ai credo, no que eu me fui meter!", porque o responsável que tinha chegado naquele voo não percebia puto de inglês, pouco francês falava, sendo que estava como peixe na água no árabe. Já eu, sinto-me bem com o meu inglês, dou uns toques fraquinhos no francês e do árabe sei as palavras que começam por "al-" na nossa língua, mas é claro que dizer-lhe umas quantas "alfarrobas", "alfaces", "almôndegas", "almofadas" não nos ia levar a sítio algum... Valeu-me o responsável da acreditação saber falar um francês exímio. Para além disso, entre 10 jogadores, 2 percebiam inglês, e nenhum dos 10 se importava com as patacoadas que que eu dava no francês, sendo que lhes agradeci de todas as vezes que me corrigiram, pedi desculpas de todas as vezes que dizia qualquer asneira, e fiquei encantada quando me diziam que não havia problema.
Acreditação feita, fui pôr os meninos a jantar, que deixaram combinado para o dia seguinte, um passeio matinal.


Dia 4 - 20 de Julho (a 1 dia do Mundial):

Ora, de Gaia, o que é que eu conheço? As caves do Vinho do Porto... Ali para a zona do hotel, nicles. Mas o que eles queriam era desentorpecer as pernas (porque estiveram muitas horas sentados no avião) e então andar pouco mais que à volta do hotel foi mais que suficiente. Mimaram-me logo ali de manhãzinha quando me viram, brindando-me com um "aahhh... La plus belle!..." Soube que moravam todos em França, e que representavam Marrocos porque são filhos de Marroquinos. Havia aliás um deles que era filho de um espanhol e de uma francesa/marroquina.
A partir deste dia, pensava sempre em três línguas (inglês, francês e português), e com eles falava 1/3 de francês, 1/3 de françuguês, 1/3 menos um bocadinho de inglês, e o bocadinho que falta, de linguagem gestual. Com o descendente de espanhóis, falava ainda portunhol.
Chegou a ser uma confusão tal, que já dava por mim a falar francês com o senhor da recepção do hotel, a falar portunhês com a minha mãe, a falar inglês com pessoal português. Foi tamanho exercitar de língua, ... [é melhor não continuar o raciocínio, porque ia sair malandrice e não vale a pena...]


Dia 5 - 21 de Julho (1º dia do Mundial):

De ressalvar, houve a Cerimónia de Abertura nos Aliados, não sem antes aqui a je andar pela baixa do Porto de carro com um jovem que não é de cá -e sabe quem me conhece (e fica a saber quem não conhecia), que eu para dar indicações sou um must!- para ir à última da hora entregar as credenciais aos VIP's da UP e da Câmara.


Dia 6 - 22 de Julho (2º dia do Mundial):

Ou, "o dia em que a Raquel transbordou e desatou a responder torto e em francês!"

Os jovens da delegação eram todos franceses, mas os cotas não. Moram todos em Marrocos e devem estar muito mal habituados com as marroquinas.
Ora eu faço tudo o que me compete, tudo o que é minha função ainda que possa achar mal, mas não me nego a nada. Mais do que isso, e ainda por cima levar com ares de quem quer mandar em mim, não!
Andavam o treinador e o treinador-adjunto a achar que a Raquel era burra de carga e empregada deles, e ligar ao que ela dizia no que toca a horas de treino, a horas de apanhar o autocarro, a horas de ir para os balneários ou para o campo, 'tá qu'eto! Vai daí, a meio dum jogo vira-se um deles para mim com o reizinho na barriga "Rachel, du glace!", farto de saber que o "glace" estava com o pessoal médico, para além do facto de eu estar numa bancada ao sol, coisa não muito aconselhável para armazenar gelo nem que eu quisesse!
-"Du glace, meu filho da mãe?! Achas mesmo que eu é que tenho du glace?! O glace está com os médicos, e eu estou ao Sol, e nem me vou levantar para to ir buscar porque tu tens a mania e eu estou farta de te aturar!"
-"Pardon Rachel, pardon..."
-Sabes o que se diz em Portugal? Mete o "pardon" pelo....

A partir dali, não me esforçava um cadicho que fosse por eles. Não percebes inglês? Problema teu, que a língua oficial do Campeonato é inglês, e não sou eu que me tenho que esforçar para falar francês. Não queres ir para o campo? Já disse para vos marcarem falta de comparência, que pode ser que para a próxima aprendas!

Para os meus meninos, tudo; para os cotas, nada.


Dia 7 - 23 de Julho (3º dia do Mundial):

Os meus meninos foram os que mais trabalho deram ao fisioterapeuta. Não houve um jogo em que eu não fosse com pelo menos um deles a correr para o gabinete médico, sendo que mesmo antes, durante e depois dos treinos, também não faltaram as idas lá.
No final do último jogo deles do dia, fui com três para o tratamento, onde ficamos um bom bocado de tempo. Saídos de lá, resto da delegação de grilo. Voltaram os meus pirolitos a ficar danados, tanto que os três que estavam comigo deram conta e me confessaram que também estavam furiosos com o sucedido. Fomos os quatro para o hotel, enquanto eles me diziam que iam dar cabo do treinador e me perguntavam se eu queria ir também. "Quero pois!"


Dia 8 - 24 de Julho (4º e último dia do Mundial):

Em campeonatos de rugby, as regras são um bocadinho diferentes. Primeiro há na mesma a fase de grupos, em que jogam todos contar todos dentro do grupo, sendo que depois, e consoante o lugar em que ficaram no grupo, há três taças a disputar: a Bowl, a Plate e a F CUP (F de Final, ou seja, a melhor, a que Portugal masculinos ganhou). E que equipa ganhou a Bowl, quem foi, quem foi? Marrocos, ora pois! Com uma guia tão inspiradora, quem mais...
E fiquei com a camisola do jogador que marcou o ensaio da vitória já no prolongamento.
À noite, houve festa no hotel, e os Italianos iam bem lançados...



Consta por aí que eu fui atrás de um menino de tronco nu, o que eu nego assertivamente. Seria incapaz de tal coisa, contanto que me viam. Andar nas ruas do Porto com batedores da Polícia, é do melhor que há, que não há tráfego, sentidos proibidos, sinais vermelhos, aproximações de estradas com prioridade, entradas em rotundas que nos travem! Ser atirada ao ar por jogadores de rugby de 15 (que são mais entroncados que os de seven), é uma sensação inigualável, que eu acho que voei tanto que mais um bocadinho e precisava de botijinha de Oxigénio! As equipas mais fantásticas foram as do Guão (feminina) e do Líbano (masculina), sempre bem dispostas e muito muito simpáticas.
Trabalhei muito, dormi pornograficamente pouco, andei muito muito cansada (ontem dormi o dia todo e hoje não madruguei propriamente...), tenho as calças todas a escorregarem-me pela barriga abaixo, que se não fosse a anquinha parideira, não sei até onde iriam, de tanto que me mexi e do pouco que fui comendo, andei a leste de tudo que não dissesse respeito ao Mundial -podíamos estar a ser invadidos por Espanha, que eu não saberia...-, estava com umas saudades imensas de comer porco!, mas valeu bem a pena. Foi fenomenal, conheci gente fantástica, vivi coisas fora de série (fica tanto por contar...), e para o próximo, já estou perfilada na fila da frente!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Faltam 4 dias!

Para quê?, perguntam vocês (e muito bem, permitam-me que vo-lo diga).
Para o 4º Campeonato Mundial de Rugby Universitário, respondo-vos eu.

E porque é que isso tem honras de post? (bolas, pá! Vocês hoje estão com a pertinência a escapar-se-vos dos poros!)
Antes de mais, porque é em Portugal; segundo, mas não menos importante, porque é nessa grande cidade que é o Porto; 3º, porque o desporto universitário, naquilo que me é dado a ver, em Portugal, é uma caca, e consequentemente, ninguém lhe liga nenhuma e eu gosto de, volta e meia, ser a mola impulsionadora e mafaldista para certos assuntos; e 4º, porque há quem se meta nestas coisas.

O quê?! Tu?! Rugby?!
Olha, e porque não? Físico não me falta! A ver se fosse preciso tirar terra e relva dos
pitons duma chuteira, se eu não o fazia com uma eficácia invejável!

-_- (em itálico)

Xiii, se os olhares matassem...

Mas não. Por muito que eu pudesse gostar de praticar rugby (que não, não gostava), não é isso que me leva ao WUC. Vou sim ser voluntária no evento.

Ai mas que fashion! Que solidárias que estamos! Que simpáticas, que giras que somos!
Não, nem é por aí. Sou, isso sim, uma cachopa muito dada, muito mergulho-de-cabeça-e-logo-se-vê-no-que-dá, muito "iei, desporto, uh uhh!!!" e muito prendada, acima de tudo, prendada. Quero mesmo que percam uns segundos a pensar qual a função que os organizadores acharam que melhor pandan fazia comigo e com as minhas capacidades inestimáveis!
Não, a sério, por favor...

...

Guia. Eu vou ser guia.
Eu já confessei aqui que a) já houve quem dissesse que eu devia ser guia turística "quando fosse grande" e b) que bem que o devia ter sido porque à quantidade de informações que dou na rua pelo menos recebia qualquer coisinha em troca (e não somente o receio de ter enganado turistas...)
Um facto, é que já o fui um bom par de vezes. E quem foi "guiado", gostou. Mas isso não ia estampado nem tão-pouco nas entre-linhas da ficha de candidatura!

O "problema", meus caros, é que aparentemente não há gente por aí aos pontapés a falar Francês. E por muito que eu sublinhe, vincule, berre que o meu Francês está a anos-luz de ser uma das 1000 maravilhas do Mundo, quando as houver, ninguém me liga nenhuma, e escolhem-me como guia da equipa de... Marrocos.

O meu maior receio? É que convençam a minha mãe a trocar-me por dois camelos...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ainda arranjo maneira de as Forças de Segurança se insurgirem contra mim

Ouço música na PSP porque não gosto de GNR.

Já sei, já sei... Nem deus me vale... Pergunto-me: Será que Buda me valerá?

Séries revisitadas

3º Calhau a Contar do Sol

Ando coladérrima...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Já não és o mesmo que eras

A nossa relação está cada vez pior... Antes, podia demorar e atrasar-se, mas fazia sempre o que lhe pedia, não sei se atiçado pelos nomes -dos feios, que eu nunca me engano com os outros...- que lhe chamava, se por ainda restar algum amor e prazer em me ver e fazer feliz. Agora, não sei tão-pouco se me ouve, se me liga puto, o que é certo, é que passa o tempo a não responder.
Para não partir para medidas extremas e desesperadas, porque a paciência tem limites e em momentos de cabeça quente a separação parece o melhor, tivemos que procurar aconselhamento.
O menino da Vobis disse que era só formatar, e os senhores da Doctor Mouse dizem que tratam disso num par de horas. A ver se a relação que tínhamos, volta. A ver!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Férias

[é uma palavra tão boa, que nem apetece escrever mais nada]

domingo, 11 de julho de 2010

Alvitre

A Merche Romero não anda desaparecida vai para 10 meses?

E o Manzarra veio a VNF

Onde, aliás, disse querer um T0. Já um filho, pediram-lho mas ele argumentou que dava muito trabalho. Obviamente, não é amigo do CR +/-oo...

Eu acho piada ao jovem. Admito que, na faixa etária dos 13 aos 45, possa ser a única, mas acho que ele tem pinta. É parvalhão no melhor sentido da palavra, é espontâneo e desinibido, e ainda manda as suas graçolas de vez em quando. Gosto.

No entanto, tudo isto torna-se muito difícil de atentar quando nos entretantos aparece o tronco nu do Afonso Vilela...

*momento de reflexão*

E/ou mais uma meia-dúzia deles a desfilarem roupa interior...

*outro momento de reflexão*

Adoro moda!

E no fim de um desfile de moda que é que eu faço? Chego a casa e como um pacote de donuts. 4, não 2. Porquê? Porque posso. E consigo ainda, enquanto os saboreio gulosa e prazenteiramente, compadecer-me com aquelas que acabei de ver a trocarem as pernas numa passerelle pela infelicidade de não o poderem. Sou tão feliz!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Crise

A crise é tanta que já ninguém perde nada. Há quanto tempo não se encontra uma mísera moedinha no chão? Bons tempos esses, em que até se encontravam notas, até na praia se encontravam relógios! Agora, anda tudo agarrado, sovina.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coisas Que Me Irritam

-mas tipo, irritar mesmo! Do género desatar a espernear e a bracejar, enquanto parto tudo com uivos mais assustadores que os do Hulk; do género sair faíscas pelos olhos e fumo pelas orelhas, dizer todos os palavrões que existem e ainda inventar mais uns quantos!-

Os pacotes das Wafers (as bolachas).

Eu não gosto de Wafers (as bolachas). Mas ultimamente tenho comido. É que nem me vou preocupar com isto, nem vou entrar por aí. Já comi muitas vezes coisas que tipo... nhec, não era mau mas também não era wow!, e ainda estou aqui e sempre pronta para outra. Mas estou tentada a deduzir que esta falta de amor é bem capaz de vir dos pacotes (falando, obviamente, deste caso e não dos outros em que comi e... mas também não interessa!) Lá lhes devo ter ficado com pó em pequenina e, à falta de terapias hipnóticas e/ou psicanalistas, nunca o soube. Até agora.
Não sei se serão todos iguais, mas este que para aqui tenho, é um desespero! E sim, continuo a falar do pacote das bolachas.
Parece que as desgraçadas são constritas pelo plástico, apertadas em jeito de busto-em-espartilho, que à distância parece tudo muito bem, "que giro", "que bem arrumadinho", mas quando se quer chegar ao que interessa, é uma luta desmesurada, quase infrutífera, que quando se consegue já mal apetece, já mal se aprecia.
Neste caso, primeiro a "abertura fácil", que se tudo o que tem necessidade de ser fácil, o fosse como esta abertura, a esta altura ainda estávamos a fazer cábulas para saber quanto é 2+2. É uma daquelas aberturas que tem um pedacinho de plástico dentro que guia o rasgão do pacote. Ora isto é prático quando a ponta não está colada ao pacote. Mas isto nem é o pior! É que depois de se conseguir abrir o pacote, à força bruta e já com os pirulitos atravessados, é preciso escarafunchar com a ponta dos dedos, bedungá-los todos, incorrer no risco de partir a bolacha, escarafunchar, escarafunchar, tentar empurrar pelo lado de fora, como se faz nos pacotes de bolachas normais, desesperar, desesperar, encher as unhas de migalhas, de chocolate, escarafunchar mais um bocado, partir mais outros quantos, e nem assim sair só uma, tendo mesmo que puxar as três que estão compactadas umas contra as outras. Resultado, encho-me de migalhas, gasto paciência, e nem gosto das bolachas...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Banda Sonora

Ahhh! Este tempo (no sentido de meteorologia) e ao que ele nos remete (no sentido de banda sonora)...



Peço descul... Oh! Não peço nada!

Nem sei...

Nem sei porque é que ontem à noite fui para a cama. Para dormir o que dormi (ou para não dormir o que não dormi), mais valia ter ficado alapada em frente ao computador ou à TV a ver filmes e séries, ou a meter letras na cabeça à força de as ler.

Nem sei porque é que estou constantemente debaixo do chuveiro, se mal acabo de me vestir já me sinto precisar ir para lá outra vez.

Nem sei porque vou fazer exames. Se é para ser assim tão difícil, mais valia dizerem-nos no final do semestre "Ora então, até para o ano!", que sempre poupávamos viagens à Faculdade em Julho!

Nem sei porque uso desodorizante. Se se chegam à minha beira com cheiro a sovaco, porque não cheirarmos todos?!

Nem sei para que levo livro para ler no comboio. Se é para falarem assim alto, ao telemóvel ou uns com os outros, ouço antes as vossas estórias que sempre não me pesam na carteira.

Nem sei porque tenho um toque discreto -e a maior parte das vezes desligado- no telemóvel. Podíamos pôr todos toques irritantes e aos berros em vez de ser só alguns!

Nem sei porque é que insisto em querer ter o cabelo comprido, se este calor só me remete para quando ele estava curtinho e não chateava no pescoço.

Nem sei como as minhas pernas não têm um bom par de mãos para lhes fazer umas massagens...

Não gosto de pôr protector solar e não ser para ir para a praia. Não gosto deste calor, deste abafo. Da próxima vez que vir ou souber que algum de vós pegou no carro por preguiça ou comodidade, contribuindo assim para o aquecimento global, cochino-vos de tal maneira que mal vos digam "carro" em vezes futuras, fazem logo xixi pelas pernas abaixo tal vai ser o trauma!

Estando irritadiça, intratável, mal-humorada e mal-encarada, pensava para mim hoje de manhã: "Ainda bem que acordo cedo e sozinha, para que mais ninguém para além de mim leve com este período crítico matinal", e aparece-me a minha mãe à frente e leva com uma resposta torta. Eu, de facto, só não tenho razão quando não tenho razão...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Pequena (pequeníssima) maldade

Ihihihihih!

domingo, 4 de julho de 2010

Valha-te...

Agora o outro vem dizer que é pai e temos desculpa para a falta de jeito durante o Mundial? Temos fait divers para chamar a atenção ao menino outra vez? Oh por favor! Crescesses tu antes de ser pai...

Isso, a ser verdade, foi parto para o mais difícil não ter sido nem a cabeça nem tão-pouco os ombros, mas sim o melão da Russa...

Valha-te deus!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Zorro



Eu quero marcar um Z dentro do teu decote
Ser o teu Zorro de espada e capote
P'ra te salvar à beirinha do fim
Depois, num volte face vestir os calções
Acreditar de novo nos papões
E adormecer contigo ao pé de mim

Eu quero ser para ti o camisola dez
Ter o Benfica todo nos meus pés
Marcar um ponto na tua atenção
Se assim faltar a festa na tua bancada
Eu faço a minha ultima jogada
E marco um golo com a minha mão

Eu quero passar contigo de braço dado
E a rua toda de olho arregalado
A perguntar como é que conseguiu
Eu puxo da humildade da minha pessoa
Digo da forma que menos magoa
«Foi fácil. Ela é que pediu!»

Zorro (João Monge/João Gil), interpretada por António Zambujo

E aparecia-me um à frente com isto e pronto, não havia menina para mais ninguém.

"Boa, boa, boa!"

Simples, simpático e bom de ouvir. Tão a ver como não é assim tão difícil?