Estava eu a pensar o que vos contar desta semana transacta, e não encontrava nada digno de nota. E quando assim é, caio no erro de vos mostrar o quão nhec é a minha vidinha, e não é bonito isso... Não é bonito que me saibam utopicamente crente na bondade inerente das pessoas; não é bonito que me saibam sonhadoramente convencida que as saudades de alguém para alguém mexem, não só com quem as sente mas também por quem elas são sentidas; não é bonito que me saibam ilusoruiamente convicta de que não vou sofrer mais, acabando sempre por cometer, os mesmos erros, sempre a pôr anti-sépticos (esta palavra bonitinha só para não fazer publicidade ao *cof*Betadine*cof* :P ) nas mesmas feridas... E lá estou eu!!! -_-
Tenho então para vos contar a minha mais recente aventura em S. Bento (aquele dos comboios, não do *semi-levantar da cadeira* Primeiro Ministro).
Sabe quem me conhece, que eu não tenho paciência para: velhos, gente lenta, inergumes, e o Topo. Mais, sabe também que eu sou trapalhona, ando sempre cheia de cenas para as quais as minhas duas mãos soam sempre a pouco, porque não raras as vezes ensarilho-me mais com elas do que com o resto, sou distraída, mega-actimeliana por natureza, cabeça-no-ar, e já chega! Não se aproveitem... Sabe igualmente quem conhece aquele emaranhado de gente e pressas que é S. Bento, que é também rico em tudo para o qual eu não tenho paciência (menos o Topo, o que me faz crer que Deus existe, e existe em S. Bento). Mas então chegar a S. Bento, é por si só uma aventura e uma prova de fogo à minha paxorra.
Ora pois na manhã de Quarta-feira, que já se me tinha amanhecido mais cedo do que o rotineiramente normal, dado que agora me meto nessas coisas de ir para a Faculdade ir fazer trabalhos e coisas que tal, o que me deixou já com alguns pirolitos estouvados, vejo-me eu chegada à estação terminal da minha viagem, apeio-me do dito comboio, e agora imaginem a cena: carteira para um lado, pasta para o outro, óculos de Sol na mão, uma sapatilha desapertada, eu já a bufar à conta dos pastéis que se me atravessam no caminho, e que querem sempre ir para o sítio oposto onde estão, desde que se atravessem no meu caminho, e eis que longe, ao longe, vislumbro um corredor celestial, com coros de Anjos, Arcanjos e Querubins papudinhos, com harpas e cornetins, iluminado pela luz do Sol pontuada por pétalas de cor esbatida a perfumarem o ar, e eis que penso logo "-Estúpidos! Tanto espaço ali, e vai o povo todo a acotovelar-se pelas saídas laterais...Asquerosos!" (sim, porque se há coisa que eu sou, é compassiva com a raça humana... Isso, fofa e simpática... Sou as três coisas. No mínimo! Coisa aliás que se percebe pelo sorriso (não) que tenho sempre quando ando sozinha na rua...). Mas passa-se então que, tão próxima e magnetizada que me senti pelo Paraíso, "-É já por aqui!". -_- O dia já não estava a ser nada por aí além mas, que porra, mal eu sabia que ia piorar exponencialmente... Estão recordados, certo? Bila desajeitada + gente lenta e que se atravessa no caminho da Bila + um rastilho de esperança lá fundo, ao fundo + Bila lançada, "-É já por aqui, ide todos vos prejudicar!". Eu fui... O problema, é que vinha alguém em sentido contrário (ai... espera... é direcção. confundo sempre... mas é direcção. Vinha alguém em direcção contrária. É, não é? Raios lá p'á Física também...) Seja o que for, certo é que eu estive a isto *gesto com o polegar e o indicador* de atropelar a moça-dos-olhos-juntos,-coisa-que-só-se-dão-conta-quando-a-Bila-os- remete-para-esse-facto-dado-estarem-todos-mais-atentos-às-mamas-da- menina. Sei agora que se chama Rita Pereira, porque aqueles que lhes atentam às mamas, também sabem o nome das meninas que existem para lá desse atributo, e me disseram... O que se estava a passar então? Estavam a filmar lá na estação umas cenas para uma das 500 mil telenovelas da TVI. Também não sei como se chama a telenovela em questão, mas sei que a moça-dos-olhos-juntos,-coisa-que-só-se-dão-conta-quando-a-Bila-os- remete-para-esse-facto-dado-estarem-todos-mais-atentos-às-mamas-da- menina, se dá pelo nome de Estrelinha. E sei-o porque a pItAlHaDa duma das minhas práticas estava a comentar, dizendo o nome da personagem dela, que mais tarde ficaram a vê-la com a Tuna da Portucalense em frente aos Leões. Quanto a isto, já não sei. Estou a vender o peixe ao preço que mo venderam a mim... Mas que em S. Bento apanhei um dos sustos da minha vida, isso sim. Imaginem o que é ir toda desengonçada, a olhar para ontem, e deparar-me com uma coisa a correr desenfreada na minha direcção, vestida de freira, com uns óculos dignos da "Júlia"! Lá me desviei como pude, e das três, uma. Ou lhes estraguei o plano e a minha vida passa, desde então, a fazer todo o sentido (o que devo confessar, é pouco provável, porque eles lá continuaram de perche em punho como se nada fosse. Já para não falar dos senhores agentes da ótoridade que estavam lá para impedir o povo de se intrometer no meio das filmagens mas, lá 'tá, estavam mais atentos às mamas da menina ai, perdão... era desempenho que eu queria dizer... agora que está escrito, está...); ou vou aparecer numa telenovela da TVI, e vou-me ver forçada a processar a dita estação de televisão por uso indevido da minha imagem, e ganho muito dinheiro, e a minha vida passa, então, a fazer todo o sentido; ou não querendo enveredar por medidas dantescas, e aparecendo na telenovela, ponho-me a fazer raivice às pItAhS que passam horas e horas e horas e horas em filas para castings para depois serem relegadas para a valeta xD e então, a minha vida passa a fazer todo o sentido!!! É ganho garantido portanto, mas também outra coisa não seria de se pedir, dado os momentos tenebrosos por que passei...