O problema dos elefantes não são as batalhas que empregam contra nós para saírem cá para fora. O problema, é quando saem. Não é enquanto saem, isso não custa. É ganhar coragem, sorver uma lufada de ar e pronto, já está. Por vezes, nem tanto. Saem sem pedir licença, e quando damos conta, até nós fomos apanhados desprevenidos: "Como é que isto me saiu da boca p'ra fora?!"... Não. Até isso é o menos. O problema é depois... Quando já estão cá fora. No meio da sala... Um elefante no meio duma sala causa transtorno!
Ali no meio...
Sozinho...
No vazio...
Com todos os olhos postos nele (porque depois de um elefante estar cá fora, ninguém mais consegue manter contacto visual com ninguém).
Um elefante no meio da sala, lançado à sua própria sorte, quebra conversações. O muito que pode conseguir, é arrancar-nos uma onomatopeia em tom de desassossego. Ou um gesto (um gesto é bom). Ou um choro mansinho, ao de leve...
O que fazer? Não se consegue ignorar um elefante no meio duma sala! Quantas vezes fica ele ali, a pairar, até que o tempo (e às vezes até este custa a chegar) vá dentro de alguém buscar-lhe o esquecimento, e esse alguém se esqueça do elefante. E depois outro alguém. E se ainda houver mais, ainda outro alguém... E outro... E outro... Até que todo o esquecimento abraça o elefante e ele desaparece. Sem que ninguém se dê conta. E não mais volta a aparecer. Porque um elefante, o mesmo elefante, não aparece duas vezes. Nem no mesmo sítio, como os relâmpagos, nem em sítios diferente sequer. Às vezes aparecem outros. E volta tudo ao mesmo...
Ali no meio...
Sozinho...
No vazio...
Com todos os olhos postos nele (porque depois de um elefante estar cá fora, ninguém mais consegue manter contacto visual com ninguém).
Um elefante no meio da sala, lançado à sua própria sorte, quebra conversações. O muito que pode conseguir, é arrancar-nos uma onomatopeia em tom de desassossego. Ou um gesto (um gesto é bom). Ou um choro mansinho, ao de leve...
O que fazer? Não se consegue ignorar um elefante no meio duma sala! Quantas vezes fica ele ali, a pairar, até que o tempo (e às vezes até este custa a chegar) vá dentro de alguém buscar-lhe o esquecimento, e esse alguém se esqueça do elefante. E depois outro alguém. E se ainda houver mais, ainda outro alguém... E outro... E outro... Até que todo o esquecimento abraça o elefante e ele desaparece. Sem que ninguém se dê conta. E não mais volta a aparecer. Porque um elefante, o mesmo elefante, não aparece duas vezes. Nem no mesmo sítio, como os relâmpagos, nem em sítios diferente sequer. Às vezes aparecem outros. E volta tudo ao mesmo...
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