Porque voltaste assim, de repente, depois de teres pegado nas minhas mãos e com elas teres apertado o teu pescoço até deixares de respirar, até cessar o bater do teu e do meu coração, porque me obrigaste a matar-te e vens assim, agora, de novo...
Quero-te, fazes-me falta. Doeu horrores, mas a tua morte já fazia parte da minha vida. Volta e meia pensava em ti, voltava atrás no tempo e recordava o que fomos. Sorria, sentia saudades é certo, mas voltava logo ao meu carreiro, à vida que é a minha. Mas agora voltaste, o teu olhar voltou, o teu sorriso voltou. E eu?! Como fico eu no meio de tudo?
Disse que não, mas só te queria abraçar, voltar a ti, ao recanto que tinha no teu colo, que acreditava só existir por mim. Agora é só um conjunto de pernas e braços numa posição vazia, uma caixa torácica compassada num respirar inconsciente, do qual ninguém dá conta como eu dava: um suave embalo, uma armadura que protegia de todos os monstros lá de fora. Sem o meu corpo aí, esse casulo não vale de nada! E eu que já nem me lembrava que ele está aí ainda... Tinhas morrido e tudo tinha ficado lá atrás. Não havia sequer coisas más, repara! Éramos eu e tu e o teu colo e a minha fragilidade. Não te tinha magoado, nem tão-pouco me doía mais... Mas voltaste.
Sinto a tua falta. Há um buraco na minha vida que tem a tua forma, só tu aqui encaixas, e não me deixas sequer dizer-to, quanto mais dares-te conta dele. Mataste-me antes de me obrigares a fazer-te o mesmo, e morto que este meu corpo está, nem que por mim passasses, nem que um encontrão tomasse forma entre nós, te darias conta de que estou aqui. Que continuo aqui.
Queria dizer-te “hoje sonhei contigo”. Mas para fazer disto um pesadelo no teu dia, prefiro guardá-lo para mim e parar as lágrimas antes que caiam, pela falta que a tua falta me faz.
Quero-te, fazes-me falta. Doeu horrores, mas a tua morte já fazia parte da minha vida. Volta e meia pensava em ti, voltava atrás no tempo e recordava o que fomos. Sorria, sentia saudades é certo, mas voltava logo ao meu carreiro, à vida que é a minha. Mas agora voltaste, o teu olhar voltou, o teu sorriso voltou. E eu?! Como fico eu no meio de tudo?
Disse que não, mas só te queria abraçar, voltar a ti, ao recanto que tinha no teu colo, que acreditava só existir por mim. Agora é só um conjunto de pernas e braços numa posição vazia, uma caixa torácica compassada num respirar inconsciente, do qual ninguém dá conta como eu dava: um suave embalo, uma armadura que protegia de todos os monstros lá de fora. Sem o meu corpo aí, esse casulo não vale de nada! E eu que já nem me lembrava que ele está aí ainda... Tinhas morrido e tudo tinha ficado lá atrás. Não havia sequer coisas más, repara! Éramos eu e tu e o teu colo e a minha fragilidade. Não te tinha magoado, nem tão-pouco me doía mais... Mas voltaste.
Sinto a tua falta. Há um buraco na minha vida que tem a tua forma, só tu aqui encaixas, e não me deixas sequer dizer-to, quanto mais dares-te conta dele. Mataste-me antes de me obrigares a fazer-te o mesmo, e morto que este meu corpo está, nem que por mim passasses, nem que um encontrão tomasse forma entre nós, te darias conta de que estou aqui. Que continuo aqui.
Queria dizer-te “hoje sonhei contigo”. Mas para fazer disto um pesadelo no teu dia, prefiro guardá-lo para mim e parar as lágrimas antes que caiam, pela falta que a tua falta me faz.
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