quinta-feira, 24 de junho de 2010

S.João 2010

Houve um problema muito grande logo à partida: as vuvuzelas. Não contentes com a chinfrineira em dias de jogos ou nem por isso, ainda tinham que aparvalhar na noite de S.João. Eu já acho que brindarem o santo com alho-porro é deprimente, mas diz que é tradição e quem sou eu, se não mais uma que odeia o dito cujo, para me insurgir contra ela. Ninguém, portanto, por isso tenho mais é que me aguentar à bronca, porque "quem vem, sujeita-se e aguenta, porque se não queria, não vinha" ora pois claro, palavras sábias estas. Mas, as vuvuzelas? Não, a sério, as vuvuzelas? Na Saut'Áfricah até é giro, porque eles estão lá longe, e porque foram eles que as inventaram, e porque uma só soa a elefante e muitas soam a uma nuvem de mosquitos, e eles têm lá de ambos, não estranham nem se incomodam com o som. Mas, em Portugal? No S.João? Se imitassem ou arranjassem algo que imitasse um cordeirinho!... É que para sons que soa a estranho numa noite popularucha já nos bastavam os maias(?) que tocam flautas de pan (ou lá como se chamam).

A segunda contra-partida é um bairro -não é freguesia sequer! É um bairro! Um pouco mais que uma rua com duas casas de cada lado!- com a mania de ser diferente, um terço de meia dúzia de pessoas a armarem-se em amotinados, "ai porque não festejamos o Santo António como a cidade inteira, queremos é o São João", e vai daí têm um homem desafinado a cantar há horas música pimba em repeat que me chega aos ouvidos e luta atrozmente com a minha capacidade de concentração, que às tantas já estou a interiorizar que o "AP3 é um gene MADS box necessário para mamar nos peitos da cabritinha" e o pior é que esta cadeira é de Botânica e não de Zoologia!
Rai's vos...

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