Se me confessei? Não, ganhem juízo. Tão-pouco acredito que isso expiasse os meus pecados. "Então não acreditas em pecados!" Não amores, acredito, porque até para o bom-senso os há, não precisamos de nenhum Messias que no-los dite para uma tábua no deserto. Mas vá, ao que interessa! Divagadores, pá...
Não direi que são o melhor sítio para ouvir música clássica -que a música clássica ouve-se bem em qualquer lado-, mas que as igrejas têm o seu quê de fantástico, têm. A acústica é óptima, e há algumas que a isso, aliam uma construção calmante, arriscarei dizer. Há as paredes de pedra, os tectos altos, o chão frio. Hoje, houve também a Orquestra da Juventude de Bremen.
Tocam bem que se fartam, e o maestro, bem!, o homem não se limita a vibrar com a música, ele vive-a! Eu nunca vi tal coisa! Achava eu que em allegros bastava a vigorosidade da percussão, bastava a intensidade do sopro, bastava o acelerar do arco nas cordas. Que em adagio bastava a carícia do ar no bocal, a meiguice dos pêlos de cavalo nas cordas, o sono da percussão. Chega, mas não basta. É preciso o Stefan Geiger para tudo ganhar outro sentido, outro peso, outra grandiosidade. Ele até tem o cabelo cortado propositadamente para o seu ofício, certamente! Lembram-se dos míticos cortes "à tigela"? Pronto, é do género. E é uma delícia vê-lo ganhar vida a cada compasso mais acelerado.
E as expressões do senhor? O menino da percussão (no qual eu colei, aproveito desde já para pedir a quem de direito, para atentarem na colocação dos músicos, porque eu sou facilmente "distraível" e há visões que me fazem divagar muito...) e que está em local privilegiado face ao maestro, volta e meia lá se ria, porque são expressões e trejeitos absolutamente desarmantes.
E, sabíeis vós, que nós temos um compositor Português que, do alto dos seus 22 anos (é que já ninguém tem 22 anos, por favor...) já faz furor no estrangeiro, e estreou hoje uma obra? Não me deliciou, mas a interpretação foi avassaladora!
Enfim, a juventude não está perdida, afinal... E eu, estou com Mendelssohn na cabeça.
Não direi que são o melhor sítio para ouvir música clássica -que a música clássica ouve-se bem em qualquer lado-, mas que as igrejas têm o seu quê de fantástico, têm. A acústica é óptima, e há algumas que a isso, aliam uma construção calmante, arriscarei dizer. Há as paredes de pedra, os tectos altos, o chão frio. Hoje, houve também a Orquestra da Juventude de Bremen.
Tocam bem que se fartam, e o maestro, bem!, o homem não se limita a vibrar com a música, ele vive-a! Eu nunca vi tal coisa! Achava eu que em allegros bastava a vigorosidade da percussão, bastava a intensidade do sopro, bastava o acelerar do arco nas cordas. Que em adagio bastava a carícia do ar no bocal, a meiguice dos pêlos de cavalo nas cordas, o sono da percussão. Chega, mas não basta. É preciso o Stefan Geiger para tudo ganhar outro sentido, outro peso, outra grandiosidade. Ele até tem o cabelo cortado propositadamente para o seu ofício, certamente! Lembram-se dos míticos cortes "à tigela"? Pronto, é do género. E é uma delícia vê-lo ganhar vida a cada compasso mais acelerado.
E as expressões do senhor? O menino da percussão (no qual eu colei, aproveito desde já para pedir a quem de direito, para atentarem na colocação dos músicos, porque eu sou facilmente "distraível" e há visões que me fazem divagar muito...) e que está em local privilegiado face ao maestro, volta e meia lá se ria, porque são expressões e trejeitos absolutamente desarmantes.
E, sabíeis vós, que nós temos um compositor Português que, do alto dos seus 22 anos (é que já ninguém tem 22 anos, por favor...) já faz furor no estrangeiro, e estreou hoje uma obra? Não me deliciou, mas a interpretação foi avassaladora!
Enfim, a juventude não está perdida, afinal... E eu, estou com Mendelssohn na cabeça.