E no meio de tudo o que se passa na Grécia, dou por mim a ter pena dos polícias, que talvez até concordem com as manifestações, que talvez até o que mais quereriam era poder insurgir-se também e gritar todo o seu desespero e descontentamento e passar para o outro lado da barricada, mas têm que estar de pedra e cal a defender o Estado, a defender os homens que os puseram naquela situação. E qualquer atitude mais brusca, provocada pela gota que saltou em estado de ebulição, que o copo há muito deve estar cheio, são logo alvos de "inquéritos à sua actuação" por quem não vê que a corda não é só bamba, mas sim fina e simples demais para quem tem que se forçar a estar do lado mais cruel por ela delimitado.
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