sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Raquel resolve: a problemática da neve e do gelo nos aeroportos

Simples! Porem os passageiros à espera... nas pistas! O calor humano e as respirações de milhares de pessoas funcionam melhor que muitos limpa-neves.

Próximo!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Pai-Natal existe!

Vou-vos lançar um repto (que peca por tardio):

Pai-Natal Solidário

Ide, apadrinhai e senti o Natal.

A mim, vai ser a prenda que melhor me vai saber oferecer.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Dúvida IV

À conta do novo acordo ortográfico, a Optimus vai deixar de existir?

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ai se os Americanos me descobrem!!! - parte IV, ou O Natal

Certamente já se terão perguntado a razão de o Natal ser em Dezembro. Em algumas dessas vezes -pelo menos-, ter-vos-à sido dado a saber que tal acontece graças a uma tradição pagã adoptada pela Igreja Católica, e que celebrava o Sol. Pois bem, tenho-vos a dizer que a verdadeira razão nada tem a ver com esta.
Acontece que não se janeirulham os presentes. Não se marçulham nem se agustulham. Desembrulham-se...

Escusam de agradecer esta dádiva de saber. Contribuir para a vossa cultura, já me é recompensa suficiente.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E por falar em silly season

Abomino as férias escolares! É só canucas e chavalada a aparvalharem pela rua, a impestarem o ar de estupidez.

Que é feito do bom senso de os enclausurar em colégios internos?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Novas Oportunidades?

Vou eu fazer análises -que é como quem diz, "tirar sangue"-, sento-me na poltrona, desconfortável por ter que tirar o casaco e a manga da camisola numa sala gelada, dou-me conta de que a senhora que vem fazer o serviço já não é a de há uns aninhos atrás (hilariante esta última, que em vez de usar o torniquete para apertar o braço, pegava numa luva de latex e dava um nó com o polegar e o primeiro dedo que lhe viesse à mão...), começo logo por achar muito estranho que uma técnica com "T" grande vá mexer em agulhas e sangue alheio sem luvas, e eis senão quando, ao espetar a agulha no meu braço, espicha um bocado de sangue para fora da agulha ao que, para temperar de pânico o meu pasmo pelo sucedido, esganiçada diz a senhora "Ai!, que a veia estava mesmo por baixo da pele!"

Já não tinha muitas certezas quanto ao conhecimento na arte das análises clínicas por parte da senhora, mas depois do caricato episódio, estou convencidérrima de que fui atendida pela telefonista...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A respeito das prendas de Natal

Já que, aparentemente, o que está a dar é mostrar o que queremos para o Natal, para a) facilitar a tarefa a quem nos quer presentear e b) não correr o risco de receber o que não queríamos, vou, então, fazer desta a minha vez.

Eu quero um destes:

OK, OK, já sei o que me vão dizer: "Porque estamos em crise, e isto está difícil, e blá blá blá"... Mas poupem-me!, porque, já a pensar nisso, não faço questão na roupinha que o menino tem -que em caso de frio ou qualquer outra preocupação, prometo agasalhar e tratar bem dele-, e mais!, não sou nada exigente em questão de cor (quanto ao tamanho... já não é bem assim. Mas usem o bom senso, amorzinhos! Não quero um homem mais baixo que eu...)
Sei que parece que restrinjo muito a vossa escolha (possível) por só mostrar aqui uma opção. Nada disso. Primeiro, porque podia por aqui muitas mais fotos, mas às tantas já nem conseguia escrever -o que era problemático, porque ia tornar muito difícil perceber que isto era um post natalício-; segundo, porque pondo muitas, vocês iam-se sentir impelidos a darem-me tudo, e eu... tinha que pensar se podia aceitar...
Como vêem, é fácil fazer-me feliz!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Manias das audiências

Não acho nada bem que a SIC ande a gozar com a RTP e a sua "Gala da Popota", fazendo uma Gala "a redonda"!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eu acho que devia...

Não devia haver um movimento que preconizasse "Leggins não são calças! Usa qualquer coisa comprida por cima disso"?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A minha primeira

Não sei se foi ou não como estava à espera. Para falar verdade, nunca pensei muito nisso, como seria ou como gostaria que fosse. Deixei as coisas andar, e hoje aconteceu: fiz a minha primeira ecografia.

O tempo de espera parece-se em tudo com os dos filme e séries americanas (se calhar acho isto porque são o termo de comparação que tenho, porque isto deve ter sido é sempre assim, já desde o tempo dos avós -dos mais recentes...-): sozinha, à espera, deitada na marquesa, com a sala iluminada pelo monitor do aparelhómetro, barriga ao léu, faz mesmo sentir qualquer uma, uma pré-mamã solteira que andou a esconder o futuro de todos, com tempo suficiente e desnecessário para pensar nisso mesmo. Parece que os médicos só conseguem ser levados a sério se se atrasarem, se chegarem esbaforidos à nossa beira: "ora então vamos lá ver o que se passa", dá ares de gente ocupada, atarefada, sem tempo a perder, como se o tempo deles fosse sempre, mas sempre, mais importante do que o nosso.

"Isto é só um gel frio, não te assustes", lá me ia eu assustar! Os ataques bioquímicos, a falta de água e o José Alberto Carvalho sem gravata no Telejornal de Sexta é que sim, me assustam! Mal o homem sabe que quem me dera a mim que se fizessem géis frios daqueles numa base mais lúdica, e que a minha teoria para o que me trouxe aqui, tal qual estou, seja precisamente a atracção inexplicável que tenho pelo frio.

Não os vi, mas são dois. Perfeitinhos, iguais um ao outro, saudáveis e meus. Os meus rins são uma maravilha, e acho que por isso mesmo o homem me tentou matar para ficar com eles, não sei se para proveito próprio, se para venda no mercado negro, que diz que até dão bom dinheiro. Ignorava ele que este corpinho já tem muitos anos de natação, e estes pulmões uma capacidade invejável de "guardar o ar só para ti".

No final, disse-me que ao ideal para não ter infecções urinárias é beber muito. Eu acho que ele devia ter acrescentado "água", porque conhecendo-me como me conheço, qualquer dia uso este conselho médico como me der jeito, e deduzo já que não será em relação ao líquido cristalino.
Agora, dou-vos eu um conselho: quando forem fazer ecografias renais, deixem de fumar um mês antes e passem a viver num sítio a umas boas centenas de metros do nível do mar, que educar os pulmões é fulcral!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eu tenho um sonho

Um dia, precisar de usar um dos "modelos" de mensagens os telemóveis.

Fascinam-me, mas a minha vida é parca em situações que os tornem necessários. Mas um dia, um dia, vou precisar. E vou usar!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O que, realmente, conta

Acreditem quando vos digo que isto:


é um papel somente com frente e verso, e que aquelas letras pequeninas vermelhas que estão ali em baixo dizem, exactamente:


Ora, não tendo o papel nenhuma dobra, abertura, portal ou qualquer outro apetrecho que nos permita espreitar-lhe para o interior, eu tenho que deduzir que por "interior", se quer dizer "dê meia volta à coisa".
Isto traz-nos um novo olhar sobre muito do que por aí se diz, nomeadamente aquilo em que "a beleza que conta é a interior". Agora percebo como se pode concordar com isto. Não sendo uma pessoa de rabos, confesso que gosto deles, e não podia estar mais de acordo que uma das belezas que realmente importa é, sem dúvida, essa.
Pode dar azo a muito descarrilamento, mas que tem pinta poder-se dizer que "a tua beleza interior é o que me cativa mais" sem soar a frase de engate foleiro, lá isso tem!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Yeah baby, yeah!

http://sigarra.up.pt/up/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=10080

Qual é a Universidade mais linda delas todas, qual é?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Para tudo o resto, temos Mastercard

Raquel, de assistente social a nadadora-salvadora a consultora médica, de faladora de ocasião a sexy babe a nadadora profissional, em apenas 5 minutos.

fato de banho: €45
óculos e touca: €30
natação com dois séniores: sem preço

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Grande, muito grande momento de televisão

aos 6'10''...



"uma coisa de bacalhau", ai...
Oh mulher, diz logo tudo!
Se é assim que se chama, diz como se chama, que a Judite até pede para repetir com medo de que não tenha ficado gravado à primeira (já estou mesmo a ver quem chegou a casa e disse ao marido "aprendi uma receita hoje, queres que ta faça? Chama-se..." Isso é que era! É que lá para Sintra não há nada disto...) E se ela não queria saber, não perguntava! Ninguém lhe manda ser cusca, olha!

Adorei. Hilariante!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ele há fenómenos que fazem o Entroncamento roer-se de inveja

não há?

Sim, é um toquinho duma laranja e sim, aconteceu-me a mim.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Na FCUP é possível! IV

[clicar para aumentar]

Na FCUP é possível escreverem-se avisos com as datas tortas, e é possível ser-se Professor Catedrático mesmo não se sabendo ler um calendário...

No Comboio II :

Entro, sento-me num dos poucos lugares disponíveis, abro o meu livro, começo a ler, e ouço:

ela: Aquilo é à beira do estádio!
ele, nem ui, nem mui
ela: Diz-lhe que não podes ir, olha! Ligas e dizes "hoje não posso ir, mas amanhã a minha mulher vai 'tar rica e dá-me dinheiro p'ó táxi!"
ele, nem ui, nem mui
ela: Mas como é que foi?
ele: Ligaram-me a dizer p'a ir lá à esquadra.
ela, à espera de mais
ele: Ligaram-me e eu "estou?" e disseram "daqui é a Inspectora *tal*. Com quem estou a falar?", e eu "*nome*apelido*", e ela *nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*?", e eu "sim"...
ela: *nome*apelido*...
ele: *nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*!
ela: Ói! És muit'a burro! Então e tu achas que ela não sabe que és o *nome*apelido*?!"
ele: Oh...
ela, à espera de mais
ele: E diz-me ela "*nome foneticamente parecido com o do sujeito em causa*apelido*?", e eu "sim", e ela "Queria-lhe pedir o favor de se deslocar à esquadra da GNR de *cidade*... Hoje, pode ser? É que estamos a investigar uma coisa e queremos averiguar umas chamadas que tem no seu telemóvel."
ela, depois de muitos filmes sobre conspirações Norte-Americanas assimilados naquela cabeça: 'Tás a ver! Como ela sabe que és o *nome*apelido*! Ela tem lá tudo registado! Não vês que o cartão 'tá registado? És muit'a burro! Ela queria é saber se tu num fugias...
ele, nem ui, nem mui
ela: E era uma gaja? Uma inspectora?
ele: Sim...
ela: F*da-se! Olha, faz-te a ela!
ele, a fazer beicinho: Oh... Não sou assim tão bonito... [e, como quem não quer a coisa, mas fartinho de a querer] Sou?
ela, a falar baixinho e com um sorrisinho malicioso nos lábios: Às vezes...
ele, mais inchado que um peru em vésperas de Natal
ela, depois do *plim* da ficha a cair: F*da-se! E ela pediu "por favor"?
ele: É...
ela: Olha que c@ralho, a GNR a pedir-te "por favor" p'a ires à esquadra... Eu dizia-lhes "Olha, vinde-me buscar! Ou vinde cá a casa". F*da-se...
Mas liga-lhe. Diz-lhe que não vais hoje, que passas lá amanhã. Diz-lhe que estás doente!
ele: Oh...
ela: A sério! Liga-lhe. Dizes "Oh Inspectora *tal*, estou doente. Vou amanhã", e eu amanhã dou-te €5 e vais de táxi!
ele: Oh...
ela: Então ligo-lhe eu! Digo "Oh Inspectora *tal*, o meu home 'tá doente, vai amanhã."
ele: Oh...
ela: Ou então digo-lhe "Oh Inspectora *tal*, o meu home 'tá aqui cheio de medo" *ihihih*
ele: Oh, num ligas nada!
ela: 'Tou mais magra, num 'tou?
ele: 'Tás mais boua!
ela, mais derretida que o quadradinho de manteiga que se põe por cima da esparguete acabada de cozer

[momento de silêncio]

ela: Tu deves ter emprestado o telemóvel a alguém...
ele: Oh...
ela, mandona: A quem é que emprestaste o telemóvel?
ele, com ar de cachorrinho que sabe que acabou de fazer asneiras: A ninguém!
ela: C@ralho, tens que o ter emprestado a alguém!
ele: Só se foi à *alcunha feminina*...
ela: A mais ninguém?
ele: Não...

[momento de silêncio número 2]

ela, com ar de Sherlock: Eles devem andar atrás de cão grande...
ele, nem ui nem mui
ela, com o mesmo ar: É um cão grande de certeza...
ele, nem ui nem mui
ela: É de certeza o *alcunha masculina*!
ele: O *alcunha masculina*? Achas?! Ele é do Porto! Não pode ser, eles disseram-me p'ra ir à esquadra de *cidade*!
ela: Oh meu c@ralho, és muit'a burro! Então não vês que *cidade* faz parte do Porto! És muit'a burro. Eles disseram-te para ir a *cidade* porque se fosses ao Porto, descobriam-te logo!
ele, nem ui, nem mui

[momento de silêncio número 3]

ele: *cutxi cutxi cutxi*
ela: 'Tá que'to!
ele: *cutxi cutxi cutxi* + riso de Neandertal
ela: 'Tá quieto, c@ralho, que isso faz-me comichões!
ele: *cutxi cutxi cutxi* + riso de Neandertal

A jovem ao meu lado desata a rir, eu há muito que já engolia o meu riso, chegou a paragem deles, e lá seguiram felizes a sua vida que, a ver pela amostra, é uma aventura!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

P'ro que te havia de dar, mulher!

Estou com esta música na cabeça.


David Hasselhoff, Hooked On a Feeling

Podia ser pior! Quero acreditar que podia... Só não sei é como...

AEFEUP, para quando o Hasselhoff numa festarola, hum? A pinta que isso tinha!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Porquê? II

Porque é que os médicos jeitosos foram todos parar às series de televisão, não sobrando unzinho sequer para a gente? Não fosse o meu dentista, que me faz abrir a boca mais por espanto que necessidade, e eu perdia a fé em toda a classe médica no que toca a atributos... de outro modo, interessantes.

É que é médicos e pacientes! Que até estes últimos na TV e no cinema são todos arranjadinhos e sabem falar mesmo quando não percebem nada de nada nem entendem o palavreado médico-científico. Os de cá, não! Queixam-se dos "diabretes", do "castrol", das "amburróidas", da "tensão" que "não desce para baixo dos 13", "que ainda há dias vim ter aqui às urgências com a tensão a 21... 'Tava com uns nervos filhos da put@!", que fazem o choradinho todo "ai que fui operada", "ai que estou toda pisada", "ai que se me incham os pés", "ai que me doem os joelhos", e mal vêem o home a passar do lado de fora, levantam-se como às vezes até a mim me custa, e até se esquecem de usar a muleta que vai desvairadamente pendurada no braço, remédio santo, ora pois, que já nem se coxeia sequer!

A arte já não imita a vida. E enganaram-me bem! Sacanas...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

5 de Outubro de 2010


A sermos uma República das Bananas, desde 1910.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Na FCUP é possível! III

Aula de Histofisiologia (até parece que não tenho mais cadeira nenhuma...). Um jovem coloca uma questiúncula. "Ah!, boa pergunta!", diz o Professor. E continua "mas eu não lhe sei responder... Sabem, é que a minha área é alimentação de peixes. A Histologia é uma curiosidade."

OH JESUS!

domingo, 26 de setembro de 2010

Pinga Doce

Vinho doce...

...beba já!


[peço desculpa...]

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Tiro Certeiro



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

No comboio:

Vendo um assento vazio, pergunta uma senhora:
-Está ocupada esta cadeira?


Está sim, mas é pelo meu amigo imaginário e ele gosta de dar colinho às senhoras. Pode estar à-vontade!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Momentos de um dia

.Momento "Tim Burton" ou "Isto acabou mesmo de acontecer?!"
Passadeira. Vermelhusco para os peões acabadinho de acender.
Raquel estaca na berma do passeio, os carros ainda parados.
Verde para os carros.
Como se não bastasse o primeiro carro ser azul claro metalizado, o homem que lá ia dentro tinha que ter uma gravata lilás psicadélico, e como se estas duas coisas por si não mexessem comigo, o desgraçado ainda me pisca o olho quando vai a passar por mim...


.Momento enternecedor
Duas mamãs-pavão a passearem cada uma com o seu filhotinho-pavão ao lado.


.Momento "cafeína p'á veia" ou "Raquel, és bem capaz de ser a pior e a melhor pessoa para se ter ao lado numa aula"
Cadeira: Histofisiologia Animal

O Professor era homem para estar a tentar bater o recorde de maior número de palavras ditas a) de um só fôlego ou b) em x minutos; ou para estar com muita vontade de ir à casa-de-banho. De outra forma não se percebe porque é que numa aula de 2 horas e meia de duração, o homem nos conseguiu dar tudo quanto é tecido constituinte do organismo (e não são poucos!), suas características, funções, classificações, aparências, e o que mais se conseguirem lembrar, em menos de uma hora e um quarto e por-nos a andar dali para fora.
Ele falavasemrespirar, ele embolava sílabas às palavr, ele dizia coisas como (foneticamente) "porquinge" e nem se preocupava em escrever "Purkinje" no quadro para facilitar a coisa.

Eu, tenho uma letra horrorosa. Mesmo quando tento caprichá-la -coisa que nunca acontece nas aulas, muito menos naquelas em que tenho que escrever como se a minha vida dependesse disso-.
Tenho, no entanto, e talvez pelo facto de não me preocupar minimamente com a candura da minha letra, uma qualidade: consigo escrever muito depressa. O suficiente, pelo menos, para apanhar o que pessoas com o síndrome "Cafeína Pura" dizem.

Quem está ao meu lado, tem dois problemas: não consegue acompanhar o ditado, e não percebe patavina do que eu tenho escrito no caderno. E eu, vendo-os atirar os olhinhos para a minha propriedade -salvo seja-, digo-lhes, envolta em brilhos celestes, chilrear de passarinho e pétalas de rosas levemente atiradas ao ar por anjinhos papudinhos: "Podes ver. Não vais perceber nada, mas podes perguntar".


.Momento "Mham mham"
Hora de almoço. Aqueles senhores que passam por mim de fato, gravata, todos perfumadinhos, arranjadinhos, alguns ainda de óculos de Sol e com sorrisos derreadores [e aquele menino no comboio]...
Já agora... Parem com isso! Aproveito mesmo para vos avisar que se continuam a cometer as atitudes pecaminosas que têm vindo a perpetrar na minha cabeça, vocês ainda vão parar ao Inferno! Quem vos avisa...


.Momento "ou tenho um íman, ou sou transparente"
São Bento. Euzinha estacada a olhar para o placard das partidas. 500 mil metros de espaço à minha esquerda e 327 mil à minha direita. Pois tudo quanto é gente tem que passar a roçar em mim, quando não mesmo mandando encontrões que quase me levam de arrasto! Mas porquê?!

3 hips e 1 urra

Para o Outono, que acabou de chegar!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Hoje

Estou febril


Peggy Lee, Fever

Não, mas é que estou mesmo! E de quem é a culpa? Da Faculdade, senhora doutora.

Andava tudo bem, tudo muito bem, saudavelzinha, sadia, com um tom rosáceo na cútis, indicador e espelho de boa saúde, e vão e encafuam-me numa sala durante horas intermináveis. Claro que o organismo se ressente, ah pois ressente! O que ele quer é Sol e ar do mar e vadiice! Agora amuou, está a fazer perrice, e eu que me aguente à bronca!

Caneco, pá!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Este post requer prudência por parte do leitor

Depois de ter sido Capital Europeia da Cultura, palco de uma zaragata onde fervilhava a consequente República e da abertura de um campeonato Europeu de futebol, depois de uma visita papal e de se ter dado ao luxo de começar um ano civil cinco dias depois de todo o Mundo, eis que o Porto, atingindo o patamar que nunca, mas nunca, conseguiu, abre portas a....





Custa-me imenso publicitar qualquer coisa que seja e/ou venha daquele antro de depravação, mas! embora não concorde que para toda a regra haja uma excepção,
é o Gunther, amorzinhos!!!

Conto lá estar e com um cartaz que, dependendo da minha decisão ou da vossa ajuda, diga: "Gunther, you're so sexy" ou "Touch my tralala!!!"


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Errar também é desumano

O erro mais absurdamente fantástico da minha impressora (e ela não tem sido regrada no que toca a erros...) e, arrisco dizê-lo sem medo de errar, de todas elas em geral!:

[clicar para aumentar]


O ficheiro estava direito, o texto estava perfeito, pois no entanto, aqui a miquelina conseguiu, não sei por que mão guiada, imprimir cada letra de cada palavra dum texto perfeitamente normal com a letra seguinte à em questão (quem vai no alfabeto e segue do A ao Z). Confuso? Agora imaginem como eu fiquei quando vejo uma dezena de folhas a saírem assim! Exemplo: BAP (que é a sigla da cadeira), neste criptograma é CBQ (B passa a C; A passa a B; P passa a Q).

Ele há coisas que sinceramente... E são todas para mim!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fui eu que fiz!

Uma rubrica ironicamente em honra ao bípede acéfalo que, ao ver o seu filho nascido e, empunhando orgulhosamente toda a sua estupidez, disse a quem foi visitar mãe e rebento: "Fui eu que fiz!"

Quanto a mim, quando faço qualquer coisa que depois ergo como uma bandeira, normalmente, é palermice...
Aqui vão as mais recentes:

"Caminha: um município que nunca dorme!"

"Caminha, vamos indo e vamos vendo."

Se há solução para isto? Bem, pelo menos uma tentativa. Enclausuravam-me num lugar fechado ao Mundo, sem me deixarem sair nem ver/ ler coisas que pudessem despoletar a minha parvalheira, já por si só, tão à flor da pele, e podia ser que resultasse. Mas duvido...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O que cabe dentro dum Verão

Cabe a praia e o campo, o litoral e o interior, a piscina e/ou o mar; cabe o cinzento duns dias, o amarelo e azul de outros e o branco cintilante dos restantes, poucos, que se deixam abrilhantar pelo rugido do mar; cabem chuviscos estivais e chuvas invernosas; cabem nortadas perigosas quando se anda de saia, capazes até de interferir com o movimento da Terra; cabe um par de dias chochos, e uma enormidade de outros que valem muito mais do que quantos são, de tão prazenteiros e paradisíacos, que se preciso fosse fazer deles hábito, nem o sentíamos ser obrigação; cabe o jogging na marginal, acompanhado por fins-de-tarde de cortar a respiração e pelos incentivos que vêm da praia; cabe a decepção que foi o desaparecimento da Blockbuster e a falta que se afigura vir a fazer; cabem canadair's em constante rodopio, para cima e para baixo, em voos rasantes à praia; cabe o "bacalhau sun sec" das Eslovenas e os "ESQUILOS!" do Sudoeste; cabe o sal a repuxar a pele e a pontuá-la de brilhos metálicos; cabe o pregão da "sardinha miúda!"; cabem "palavras" como "piscuinhas", e frases como "Lucas, be careful with areia", "nos dois primeiros 3 minutos" ou "vós que estais a ver, tentem não chorar"; cabe a problemática do iPhone, os negócios do iPhone; cabe uma capa de revista com um primo casado e de mão dada com outra, "ai não, espera lá, afinal é só um sósia!" (será?); cabe o nevoeiro e o calor, o nevoeiro e o frio; cabem pores-do-Sol no Ferrari; cabem jantares no sushi, no chinês, no Burguer King, cabem caipirinhas e feijão preto, cabem camarões na brasa e picanha, numa internacionalização de sabores abençoada para as papilas gustativas; cabe toda a gente dizer "a Raquel ainda está a comer?!", "a Raquel nunca está cheia", "oh Raquel, ainda comes?!", "ainda vais comer mais?!", "não fales, Raquel, come!", "pronto, *o que quer que tenha sido... Acho que era compota...* vai para a beira da Raquel, nunca mais ninguém come!" (cambada de invejosos! Queriam é comer como alarves e ter esta forma física! Não que eu coma como um alarve. Óbvio...); cabem os crocodilos do Mário:
"-A Raquel diz que quer ver os teus crocodilos"
"-Quer ver O QUÊ?!";
cabem calças azul-eléctrico; cabem bolos com creeeeeme; cabe o sofá da ninhada: "Lá vão elas para a ninhada! Parecem ratinhos!"; cabe natação ao fim da tarde; cabem gelados da Smile; cabe a "melhor" maneira de me sentir velha: ir a uma discoteca em pleno Verão... (só canalhada, pá! De que é que estavas à espera?...); cabe um Romeu qualquer, desgraçado, que ou tem muito para aprender da vida, ou não me deve estar a ver bem com os dois olhos...; cabe um pôr-do Sol memorável, o Sol mais redondo e vermelho que nunca, esperar com os pés no mar até que ele desapareça, não querer estar noutro lugar que não aquele; cabe, inclusive, conseguir arrombar-se uma porta à moda dos manfios, e a segurança de que se a carreira científica der para o torto, temos um plano B viável...; cabem conversas sérias "-Ah e tal, aquilo lá da Federação e da Selecção é tudo uma mama!", e diz a parvalhona "Então... o Carlos Queiróz é o cancro da mama!"; cabem lesões estranhas, que se arranjam na piscina:
"dei cabo dum tendão da virilha..."
"-!!!"
"...na piscina!" (logo eu, que nem nado bruços, só tudo e mais alguma coisa que seja bater os pezinhos...);
cabe a maior piada delas todas: "-É boa aluna, não é? Tem cara disso...". Oh Dona Maria do Carmo, bastasse-me a cara, e a esta hora, já eu era muita coisa, e boa em todas elas!; cabe a falta que tu sempre fazes, que continuas a fazer; cabem piropos como "Olha a miss!" e "Eu até estava a pensar: quem será aquela que está ali deitada" (e tirarem os óculos ao olharem para nós *eu não te disse, coisito, que tem pinta?*); cabe o bom e o nem por isso que até já esqueci no meio do princípio que já lá vai tão longe que mal me lembro dele, e do fim que há-de vir, pois qual já acabou, qual quê?, que continua a pulsar cá dentro, marcado a tinta dourada no meu corpo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cuidado, muito cuidado!

Primeiro, porque parece um eufemismo, daqueles que agora se usam nos Centros de Emprego:
funcionário: "Boa tarde. Então e qual era a última actividade da senhora?"
senhora, num misto de malandrice e pudor: "Bem... Eu era actriz porno..."
funcionário, num misto de curiosidade e discrição: "Eu vou escrever aqui 'experiência no ramo da reprodução humana assistida'."

Segundo, porque agora têm que ter muito cuidado quando me disserem "Bila, faz-me um filho!", porque eu sou bem capaz de fazer, e vocês não vão tirar nenhum prazer disso!

Terceiro, vou mandar o meu horário a todos vocês e a mais uns quantos, para que nunca, principalmente antes das aulas práticas, me perguntem "que vais ter agora?", que eu não quero ter que dizer -sem que esse seja de todo o mal, estando todo ele no ser ouvida fora do contexto e ser mal-interpretada- "vou para reprodução prática"...

FCUP, a phoder-nos de mansinho e assumidamente! Ah, sim, e a incitar o voyeurismo...
Raquel, a um semestre de ficar a saber mais uma maneira de se fazerem bebés... Sim, sem contar com as variantes da outra...

domingo, 1 de agosto de 2010

Don't cry for me...

E eis que é chegada a altura mais triste, mais penosa, menos aguardada para e por toda uma comunidade, desta feita, a bloguista.

Filhotinhos, vou de férias.

Se bem que é um facto que eu, durante as férias, morro um bocadinho para tudo o que não seja Verão-relacionado -sou miúda para ligar o computador [que não para ver uns filmezitos ou umas séries] umas duas vezes durante quase dois meses-, não é menos verdade que este ano me telefonaram a dizer que as "penes da Vodafone são as melhores" [e eu atarantada, a tirar o telemóvel da orelha enquanto pensava "Tu queres ver que isto é uma daquelas chamada de valor acrescentado, ou quê?!"], e lá me convenci a prendar-me com uma. Por isto, e pelo facto de agora haver quem me mimoseie [ai que giro!] com as suas visitas admitidas aqui ao estaminé, creio ser de bom tom vir aqui mais vezes. (tendo em conta a minha falta de produtividade em Agostos passados, tudo o que vier é lucro!) Farei por isso, mas não prometo poupar nos gelados nem nos cocktails nem nos jantares de sushi para recarregar a internet.

Porque aí está ele e eu quero muito esmifrá-lo ao máximo!


Boas férias ;)

E prometam-me uma coisa: ainda aqui vão estar quando eu voltar. Porque eu tenho gostado de vos ter por cá...

sábado, 31 de julho de 2010

O que é realmente ph*dido

Ir fazer melhoria dum 14, ter um 19, e a secretaria dizer que afinal essa segunda nota não vale porque estava em falta uma prestação das propinas...

Começava com um maçarico nas pestaninhas

A cidade está enevoada; o azul do céu que se quer escuro, está turvo; o cheiro a mato queimado arranha as narinas enquanto a elas se prende.

Eu sei bem o que fazia aos culpados.

Cabrões!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ser-se parvalhona desde tempos da Inquisição

-Que fizeste àquela bruxa?
-Ateia na fogueira!

Parece que tenho memória de peixe, ou quê!

Quando como bolachas, gosto de pôr a bolacha de uma vez só na boca. E de cada vez que o faço, vejo-me e desejo-me para a conseguir trincar e dar-lhe a volta, arranhando gengivas e palato, fatigando a língua.
Quando como bolachas, gosto de pôr a bolacha de uma vez só na boca. Arrependo-me sempre...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Post sem o mínimo interesse para o sexo masculino. Ou com interesse desmesurado. De qualquer das formas, não têm nada que o ler!

Eu sou uma apaixonada pelas minhas pernas. Tanto, que todas as manhãs ao levantar-me, dou um beijo a cada uma. [Mentira... Mas podia!] E como gosto tanto delas percebo (e gosto) que gostem delas também. Mas isto é tudo muito bonito quando os cromossomas dos demais são diferentes. Quando dois X se chegam muito, eu entro em pânico! [esta foi uma das partes que pode ter despertado interesse no género masculino]

[esta é a parte que não interessa nem ao Menino Jesus, precisamente por ser menino]
Tenho tido a sorte de, em todos estes anos de idas à esteticista me calhar quase sempre a mesma. É uma daquelas coincidências que, fiquei agora a saber, era uma maravilha. Até que surgiu este dia mal-fadado em que me calhou outra.
Estava tudo a correr muito bem até que chegou a hora de pôr o cremezinho, deliciando-me com um par de segundos de massagens. Acontece que "um par" de segundos se foi estendendo, estendendo, estendendo, [esta é outra parte que pode ter o tal interesse para os machos, para mal dos meus pecados...] a minha perna já nem na marquesa estava pousada, antes tinha subido pela esteticista acima, até que dou por ela com um ar muito guloso enquanto me arrancava nacos de perna com os olhos, já para não falar nas mãos que, assustadoramente me percorriam a chicha.

Com a perna que estava livre e apoiando-me num dos braços, faço um golpe à tesoura, dou uma patada à mulher e deixo-a K.O. no chão, pensei eu. Mas não. Limitei-me a mexer desconfortavelmente na marquesa, a mulher lá despertou da sua fantasia, vesti-me a correr e já estou com as páginas amarelas abertas à procura de outro centro de estética...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Deve ser memória bloqueada pelo trauma

Como fui eu esquecer-me de contar o meu quase-atropelamento?

Saio eu de casa pela fresquinha, 7 badaladas ainda a bater no relógio da torre, à direita o Sol já vermelho a subir no céu, à esquerda caminho (também vermelho, graças aos passeios/pistas de tartan) pela frente.
Eu ia com sono, mas a nanar ia a condutora que deve achar que não é preciso olhar para a estrada quando se está atrás dum volante. Isso, ou leu "STAFF Rugby Sevens" na t-shirt que eu levava e achou "esta deve gostar de placagens, 'bora lá dar-lhe um miminho logo pela manhã!"
Ponho o pezinho na estrada, espreito, e o carro que vem a subir a rua começa a abrandar. Inicio a marcha, enquanto olho para o sentido contrário para ver que tal. Vinha um carro, para minha sorte, devagar, que eu pensei que me fosse ver na perfeição e fazer o mais natural numa situação daquelas: travar! Mas, qual quê?! Invadida que fui por uma lucidez atípica para aquela hora da manhã, e ao aperceber-me que a senhora só fazia tenção de parar em cima de mim, contorci-me sobre mim mesma e, qual Bush a desviar-se do sapato, consegui -ainda hoje não sei como- desviar-me da frente do carro. Levei com o retrovisor no ossinho da anca [bem feita! Não te desviaste de mim, agora vais com o retrovisor todo torto!], e senti ainda um pneu a roçar-me um pé.

A condutora, nem ui nem mui; a minha mãe (soube-o à noite quando lhe contei o episódio), em casa e ao ouvir um carro travar à bruta, a pensar "olha, podia ser a Raquel!"; uma senhora muito simpática do outro lado da rua a perguntar-me "Está bem? Não se magoou?"; e um caça-talentos do Cardinali, mais à frente, a querer contratar-me para contorcionista.

Ele há coisas que sinceramente...

Porquê?

Porque é que hoje acordei com saudades tuas?



"Luz Breve", Margarida Pinto

terça-feira, 27 de julho de 2010

O que é realmente engraçado

É uma das páginas mais visitadas deste blog (sim, eu tenho acesso a esta informação *riso maléfico MUAHAHAHAH seguido de olhar perscrutador de quem diz "espero que ninguém tenha dado conta"*) ser esta e sê-lo devido a procuras feitas no Google por qualquer coisa que inclua "camaleão, macho e fêmea".

Anda o povo a querer instruir-se, e eu feita nem-ph*de-nem-sai-de-cima! (e o pior, é que me estou a rir imenso com isto...)

Das duas, uma: um dia destes, ou sou presa ou dão o meu nome a uma rua...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não, não fui trocada por dois camelos

Nem por qualquer outra quantidade. Fui, isso sim, raptada pelo trabalho de bastidores e não só, que um Campeonato do Mundo exige.

Desde o dia 17 até ao dia 24, foram 8 dias de poucas horas dormidas, quantidade de trabalho absurda, músculos doridos, muito sol na fronha, e peitorais de jogadores de rugby ao léu (é só para não dizerem que eu estou sempre a resmungar com tudo!).

Comecemos pelo princípio.

Dia 1 - 17 de Julho (a 4 dias do Mundial):

Depois de uma noite de três horas de sono, toca o despertador. Começámos bem... Missão: ir até ao Meliá de Gaia.
Eu tenho muita vontade (e um dia ainda o vou fazer), de me apetrechar de soquete branca e sandálias, calçãozinho caqui e t-shirt branca, banana à cinta e mapa na mão, e ir para uma cidade armar-me em turista. Desta vez faltou-me tudo excepto o mapa na mão. E assim nesse aparato, saio do comboio e desato a procurar nomes de ruas nas esquinas das mesmas. É de louvar o facto de, aparentemente em todas as ruas de Gaia, haver uma placa nas esquinas com o nome da rua. Não estou a ser irónica, é mesmo verdade, e dá um jeitaço descomunal para quem anda à deriva. Vi umas três ou quatro placas, mas nenhuma era a que eu queria. "Bonito, já me perdi e ainda nem comecei a andar..." Giro sobre mim mesma e eis que vejo uma esquadra da PSP. Vou até lá, endereço os meus cumprimentos ao Senhor Guarda que estava sentado atrás da secretária, e pergunto-lhe para que lado ficava a rua já-não-me-lembro-qual:

eu: -Bom dia [pausa para ele me responder], seria possível dar-me uma informação, por favor? Para que lado fica a rua já-não-me-lembro-qual?
sr.agente: -Hum... É para ali.
eu: -[momento de expectativa] Mas... "para ali", para a esquerda, ou "para ali", para cima?
sr.agente: -Está de carro?
eu: -[e isso implica alguma coisa com o local da rua?] Não, estou a pé
sr.agente: -[levantar da cadeira, acompanhar-me à porta] Disse a rua já-não-se-lembra-qual?
eu: -Sim...
sr.agente: -É a que vai até ao Tribunal! [sensação de dever cumprido]
eu: -[atonicidade total... Oh homem, se eu chego a uma esquadra da polícia e te pergunto por uma rua, é porque se calhar não sou de cá! Sei lá onde fica o Tribunal!] [tentando manter-me calma e com um sorriso nos lábios] Pois, e é a que vai para cima ou para a esquerda?
sr.agente: -É aquela [apontar para a esquerda], que é a que vai até ao Tribunal.
eu: -OK, muito obrigada, bom dia.
sr.agente: -Se seguir sempre vai ter ao Tribunal.
eu: -[sorriso forçado] Sim, bom dia, obrigada [ala daqui para fora, antes que ele me queira levar lá...]

Diz que Deus Nosso Senhor distribuiu coisas aquando da nossa feitura. Eu não acredito nisso, até porque se houve momentos em que Deus Nosso Senhor não deve ter estado com particular interesse, um deles é bem capaz de ter sido quando os meus paizinhos trucla-trucla. Mas isto sou eu, que qualquer dia desatam por aí a chamar-me de herege. Seja como for, volta e meia falha-me a sensatez.
Eu tinha um mapa patrocinado pelo tio Google, com um traçado todo catita que me levava da estação até ao hotel. Mas, eis senão quando, ao atravessar uma rua, olho para a direita e para além de não ver nenhum carro o que me permitia atravessá-la, vejo a torre do hotel. Ora, a dita cuja tem 22 andares, o que a torna praticamente visível de qualquer parte da cidade. Mas pensei nisso? Oh pensaste! Meti-me logo por aquela rua acima, "que por aqui é que vou bem, que é de certeza muito mais perto!" Acabou por correr bem, mas temi pela vida quando vi carros sem portas e sem vidros parados na berma da estrada. Foi um bocadinho assustador, principalmente quando dois dias depois tive que passar por lá às onze da noite! Um dia destes ainda se me acaba a sorte. Isso, ou convidam-me para me juntar a uma quadrilha!


Dia 2 - 18 de Julho (a 3 dias do Mundial):

Uma das razões para eu ter tido muito trabalho antes da minha equipa chegar, foi ter feito parte de dois departamentos: o da hospitalidade e o da acreditação. Este último implicou muita impressão, muita foto tirada a elementos de algumas delegações (a maior parte...) que não fizeram o trabalho de casa, muitos dados inseridos na base de dados, muita plastificação, muito corte na guilhotina. Se algum dia tiver que pedir emprego num escritório, já vou com uma pedalada tal, que passo logo à frente dos que andaram a tirar cursos teóricos.

Nestes dias que precederam o Campeonato propriamente dito, almoçávamos e jantávamos no hotel. O que era uma maravilha se conseguíssemos chegar ao buffet antes das brasileiras (cuja delegação chegou cá muito antes de todas as outras e muito antes do campeonato começar...), caso contrário, já pouca comida havia...

Sendo que enquanto as delegações não chegavam, não podíamos fazer nada, fui-me mitrar num outro departamento para me manter ocupada e facilitar-me a tarefa de não adormecer. Foram 500 t-shirts, 500 canetas, 500 brindes enfiados em 500 mochilas numa sala à tosta do Sol. Foi um trabalho em série que faria o Henry Ford sorrir de orgulho.
Quando chegava alguma delegação, era um montão de trabalho de secretaria inimaginável!


Dia 3 - 19 de Julho (a 2 dias do Mundial):

Mais do mesmo, fotos, impressões, problemas com a impressora, plastificações, ir a correr para o buffet e ainda assim as brasileiras já terem rapado tudo, mais fotos, mais dados inseridos, dar uso ao inglês, ter uma reunião para os guias, fazer uma visita às entranhas do estádio do Bessa, conhecer os meandros da coisa, e esperar pelo princípio da noite, altura em que chegavam os Marroquinos.
O primeiro impacto foi um bocadinho "ai credo, no que eu me fui meter!", porque o responsável que tinha chegado naquele voo não percebia puto de inglês, pouco francês falava, sendo que estava como peixe na água no árabe. Já eu, sinto-me bem com o meu inglês, dou uns toques fraquinhos no francês e do árabe sei as palavras que começam por "al-" na nossa língua, mas é claro que dizer-lhe umas quantas "alfarrobas", "alfaces", "almôndegas", "almofadas" não nos ia levar a sítio algum... Valeu-me o responsável da acreditação saber falar um francês exímio. Para além disso, entre 10 jogadores, 2 percebiam inglês, e nenhum dos 10 se importava com as patacoadas que que eu dava no francês, sendo que lhes agradeci de todas as vezes que me corrigiram, pedi desculpas de todas as vezes que dizia qualquer asneira, e fiquei encantada quando me diziam que não havia problema.
Acreditação feita, fui pôr os meninos a jantar, que deixaram combinado para o dia seguinte, um passeio matinal.


Dia 4 - 20 de Julho (a 1 dia do Mundial):

Ora, de Gaia, o que é que eu conheço? As caves do Vinho do Porto... Ali para a zona do hotel, nicles. Mas o que eles queriam era desentorpecer as pernas (porque estiveram muitas horas sentados no avião) e então andar pouco mais que à volta do hotel foi mais que suficiente. Mimaram-me logo ali de manhãzinha quando me viram, brindando-me com um "aahhh... La plus belle!..." Soube que moravam todos em França, e que representavam Marrocos porque são filhos de Marroquinos. Havia aliás um deles que era filho de um espanhol e de uma francesa/marroquina.
A partir deste dia, pensava sempre em três línguas (inglês, francês e português), e com eles falava 1/3 de francês, 1/3 de françuguês, 1/3 menos um bocadinho de inglês, e o bocadinho que falta, de linguagem gestual. Com o descendente de espanhóis, falava ainda portunhol.
Chegou a ser uma confusão tal, que já dava por mim a falar francês com o senhor da recepção do hotel, a falar portunhês com a minha mãe, a falar inglês com pessoal português. Foi tamanho exercitar de língua, ... [é melhor não continuar o raciocínio, porque ia sair malandrice e não vale a pena...]


Dia 5 - 21 de Julho (1º dia do Mundial):

De ressalvar, houve a Cerimónia de Abertura nos Aliados, não sem antes aqui a je andar pela baixa do Porto de carro com um jovem que não é de cá -e sabe quem me conhece (e fica a saber quem não conhecia), que eu para dar indicações sou um must!- para ir à última da hora entregar as credenciais aos VIP's da UP e da Câmara.


Dia 6 - 22 de Julho (2º dia do Mundial):

Ou, "o dia em que a Raquel transbordou e desatou a responder torto e em francês!"

Os jovens da delegação eram todos franceses, mas os cotas não. Moram todos em Marrocos e devem estar muito mal habituados com as marroquinas.
Ora eu faço tudo o que me compete, tudo o que é minha função ainda que possa achar mal, mas não me nego a nada. Mais do que isso, e ainda por cima levar com ares de quem quer mandar em mim, não!
Andavam o treinador e o treinador-adjunto a achar que a Raquel era burra de carga e empregada deles, e ligar ao que ela dizia no que toca a horas de treino, a horas de apanhar o autocarro, a horas de ir para os balneários ou para o campo, 'tá qu'eto! Vai daí, a meio dum jogo vira-se um deles para mim com o reizinho na barriga "Rachel, du glace!", farto de saber que o "glace" estava com o pessoal médico, para além do facto de eu estar numa bancada ao sol, coisa não muito aconselhável para armazenar gelo nem que eu quisesse!
-"Du glace, meu filho da mãe?! Achas mesmo que eu é que tenho du glace?! O glace está com os médicos, e eu estou ao Sol, e nem me vou levantar para to ir buscar porque tu tens a mania e eu estou farta de te aturar!"
-"Pardon Rachel, pardon..."
-Sabes o que se diz em Portugal? Mete o "pardon" pelo....

A partir dali, não me esforçava um cadicho que fosse por eles. Não percebes inglês? Problema teu, que a língua oficial do Campeonato é inglês, e não sou eu que me tenho que esforçar para falar francês. Não queres ir para o campo? Já disse para vos marcarem falta de comparência, que pode ser que para a próxima aprendas!

Para os meus meninos, tudo; para os cotas, nada.


Dia 7 - 23 de Julho (3º dia do Mundial):

Os meus meninos foram os que mais trabalho deram ao fisioterapeuta. Não houve um jogo em que eu não fosse com pelo menos um deles a correr para o gabinete médico, sendo que mesmo antes, durante e depois dos treinos, também não faltaram as idas lá.
No final do último jogo deles do dia, fui com três para o tratamento, onde ficamos um bom bocado de tempo. Saídos de lá, resto da delegação de grilo. Voltaram os meus pirolitos a ficar danados, tanto que os três que estavam comigo deram conta e me confessaram que também estavam furiosos com o sucedido. Fomos os quatro para o hotel, enquanto eles me diziam que iam dar cabo do treinador e me perguntavam se eu queria ir também. "Quero pois!"


Dia 8 - 24 de Julho (4º e último dia do Mundial):

Em campeonatos de rugby, as regras são um bocadinho diferentes. Primeiro há na mesma a fase de grupos, em que jogam todos contar todos dentro do grupo, sendo que depois, e consoante o lugar em que ficaram no grupo, há três taças a disputar: a Bowl, a Plate e a F CUP (F de Final, ou seja, a melhor, a que Portugal masculinos ganhou). E que equipa ganhou a Bowl, quem foi, quem foi? Marrocos, ora pois! Com uma guia tão inspiradora, quem mais...
E fiquei com a camisola do jogador que marcou o ensaio da vitória já no prolongamento.
À noite, houve festa no hotel, e os Italianos iam bem lançados...



Consta por aí que eu fui atrás de um menino de tronco nu, o que eu nego assertivamente. Seria incapaz de tal coisa, contanto que me viam. Andar nas ruas do Porto com batedores da Polícia, é do melhor que há, que não há tráfego, sentidos proibidos, sinais vermelhos, aproximações de estradas com prioridade, entradas em rotundas que nos travem! Ser atirada ao ar por jogadores de rugby de 15 (que são mais entroncados que os de seven), é uma sensação inigualável, que eu acho que voei tanto que mais um bocadinho e precisava de botijinha de Oxigénio! As equipas mais fantásticas foram as do Guão (feminina) e do Líbano (masculina), sempre bem dispostas e muito muito simpáticas.
Trabalhei muito, dormi pornograficamente pouco, andei muito muito cansada (ontem dormi o dia todo e hoje não madruguei propriamente...), tenho as calças todas a escorregarem-me pela barriga abaixo, que se não fosse a anquinha parideira, não sei até onde iriam, de tanto que me mexi e do pouco que fui comendo, andei a leste de tudo que não dissesse respeito ao Mundial -podíamos estar a ser invadidos por Espanha, que eu não saberia...-, estava com umas saudades imensas de comer porco!, mas valeu bem a pena. Foi fenomenal, conheci gente fantástica, vivi coisas fora de série (fica tanto por contar...), e para o próximo, já estou perfilada na fila da frente!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Faltam 4 dias!

Para quê?, perguntam vocês (e muito bem, permitam-me que vo-lo diga).
Para o 4º Campeonato Mundial de Rugby Universitário, respondo-vos eu.

E porque é que isso tem honras de post? (bolas, pá! Vocês hoje estão com a pertinência a escapar-se-vos dos poros!)
Antes de mais, porque é em Portugal; segundo, mas não menos importante, porque é nessa grande cidade que é o Porto; 3º, porque o desporto universitário, naquilo que me é dado a ver, em Portugal, é uma caca, e consequentemente, ninguém lhe liga nenhuma e eu gosto de, volta e meia, ser a mola impulsionadora e mafaldista para certos assuntos; e 4º, porque há quem se meta nestas coisas.

O quê?! Tu?! Rugby?!
Olha, e porque não? Físico não me falta! A ver se fosse preciso tirar terra e relva dos
pitons duma chuteira, se eu não o fazia com uma eficácia invejável!

-_- (em itálico)

Xiii, se os olhares matassem...

Mas não. Por muito que eu pudesse gostar de praticar rugby (que não, não gostava), não é isso que me leva ao WUC. Vou sim ser voluntária no evento.

Ai mas que fashion! Que solidárias que estamos! Que simpáticas, que giras que somos!
Não, nem é por aí. Sou, isso sim, uma cachopa muito dada, muito mergulho-de-cabeça-e-logo-se-vê-no-que-dá, muito "iei, desporto, uh uhh!!!" e muito prendada, acima de tudo, prendada. Quero mesmo que percam uns segundos a pensar qual a função que os organizadores acharam que melhor pandan fazia comigo e com as minhas capacidades inestimáveis!
Não, a sério, por favor...

...

Guia. Eu vou ser guia.
Eu já confessei aqui que a) já houve quem dissesse que eu devia ser guia turística "quando fosse grande" e b) que bem que o devia ter sido porque à quantidade de informações que dou na rua pelo menos recebia qualquer coisinha em troca (e não somente o receio de ter enganado turistas...)
Um facto, é que já o fui um bom par de vezes. E quem foi "guiado", gostou. Mas isso não ia estampado nem tão-pouco nas entre-linhas da ficha de candidatura!

O "problema", meus caros, é que aparentemente não há gente por aí aos pontapés a falar Francês. E por muito que eu sublinhe, vincule, berre que o meu Francês está a anos-luz de ser uma das 1000 maravilhas do Mundo, quando as houver, ninguém me liga nenhuma, e escolhem-me como guia da equipa de... Marrocos.

O meu maior receio? É que convençam a minha mãe a trocar-me por dois camelos...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ainda arranjo maneira de as Forças de Segurança se insurgirem contra mim

Ouço música na PSP porque não gosto de GNR.

Já sei, já sei... Nem deus me vale... Pergunto-me: Será que Buda me valerá?

Séries revisitadas

3º Calhau a Contar do Sol

Ando coladérrima...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Já não és o mesmo que eras

A nossa relação está cada vez pior... Antes, podia demorar e atrasar-se, mas fazia sempre o que lhe pedia, não sei se atiçado pelos nomes -dos feios, que eu nunca me engano com os outros...- que lhe chamava, se por ainda restar algum amor e prazer em me ver e fazer feliz. Agora, não sei tão-pouco se me ouve, se me liga puto, o que é certo, é que passa o tempo a não responder.
Para não partir para medidas extremas e desesperadas, porque a paciência tem limites e em momentos de cabeça quente a separação parece o melhor, tivemos que procurar aconselhamento.
O menino da Vobis disse que era só formatar, e os senhores da Doctor Mouse dizem que tratam disso num par de horas. A ver se a relação que tínhamos, volta. A ver!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Férias

[é uma palavra tão boa, que nem apetece escrever mais nada]

domingo, 11 de julho de 2010

Alvitre

A Merche Romero não anda desaparecida vai para 10 meses?

E o Manzarra veio a VNF

Onde, aliás, disse querer um T0. Já um filho, pediram-lho mas ele argumentou que dava muito trabalho. Obviamente, não é amigo do CR +/-oo...

Eu acho piada ao jovem. Admito que, na faixa etária dos 13 aos 45, possa ser a única, mas acho que ele tem pinta. É parvalhão no melhor sentido da palavra, é espontâneo e desinibido, e ainda manda as suas graçolas de vez em quando. Gosto.

No entanto, tudo isto torna-se muito difícil de atentar quando nos entretantos aparece o tronco nu do Afonso Vilela...

*momento de reflexão*

E/ou mais uma meia-dúzia deles a desfilarem roupa interior...

*outro momento de reflexão*

Adoro moda!

E no fim de um desfile de moda que é que eu faço? Chego a casa e como um pacote de donuts. 4, não 2. Porquê? Porque posso. E consigo ainda, enquanto os saboreio gulosa e prazenteiramente, compadecer-me com aquelas que acabei de ver a trocarem as pernas numa passerelle pela infelicidade de não o poderem. Sou tão feliz!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Crise

A crise é tanta que já ninguém perde nada. Há quanto tempo não se encontra uma mísera moedinha no chão? Bons tempos esses, em que até se encontravam notas, até na praia se encontravam relógios! Agora, anda tudo agarrado, sovina.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coisas Que Me Irritam

-mas tipo, irritar mesmo! Do género desatar a espernear e a bracejar, enquanto parto tudo com uivos mais assustadores que os do Hulk; do género sair faíscas pelos olhos e fumo pelas orelhas, dizer todos os palavrões que existem e ainda inventar mais uns quantos!-

Os pacotes das Wafers (as bolachas).

Eu não gosto de Wafers (as bolachas). Mas ultimamente tenho comido. É que nem me vou preocupar com isto, nem vou entrar por aí. Já comi muitas vezes coisas que tipo... nhec, não era mau mas também não era wow!, e ainda estou aqui e sempre pronta para outra. Mas estou tentada a deduzir que esta falta de amor é bem capaz de vir dos pacotes (falando, obviamente, deste caso e não dos outros em que comi e... mas também não interessa!) Lá lhes devo ter ficado com pó em pequenina e, à falta de terapias hipnóticas e/ou psicanalistas, nunca o soube. Até agora.
Não sei se serão todos iguais, mas este que para aqui tenho, é um desespero! E sim, continuo a falar do pacote das bolachas.
Parece que as desgraçadas são constritas pelo plástico, apertadas em jeito de busto-em-espartilho, que à distância parece tudo muito bem, "que giro", "que bem arrumadinho", mas quando se quer chegar ao que interessa, é uma luta desmesurada, quase infrutífera, que quando se consegue já mal apetece, já mal se aprecia.
Neste caso, primeiro a "abertura fácil", que se tudo o que tem necessidade de ser fácil, o fosse como esta abertura, a esta altura ainda estávamos a fazer cábulas para saber quanto é 2+2. É uma daquelas aberturas que tem um pedacinho de plástico dentro que guia o rasgão do pacote. Ora isto é prático quando a ponta não está colada ao pacote. Mas isto nem é o pior! É que depois de se conseguir abrir o pacote, à força bruta e já com os pirulitos atravessados, é preciso escarafunchar com a ponta dos dedos, bedungá-los todos, incorrer no risco de partir a bolacha, escarafunchar, escarafunchar, tentar empurrar pelo lado de fora, como se faz nos pacotes de bolachas normais, desesperar, desesperar, encher as unhas de migalhas, de chocolate, escarafunchar mais um bocado, partir mais outros quantos, e nem assim sair só uma, tendo mesmo que puxar as três que estão compactadas umas contra as outras. Resultado, encho-me de migalhas, gasto paciência, e nem gosto das bolachas...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Banda Sonora

Ahhh! Este tempo (no sentido de meteorologia) e ao que ele nos remete (no sentido de banda sonora)...



Peço descul... Oh! Não peço nada!

Nem sei...

Nem sei porque é que ontem à noite fui para a cama. Para dormir o que dormi (ou para não dormir o que não dormi), mais valia ter ficado alapada em frente ao computador ou à TV a ver filmes e séries, ou a meter letras na cabeça à força de as ler.

Nem sei porque é que estou constantemente debaixo do chuveiro, se mal acabo de me vestir já me sinto precisar ir para lá outra vez.

Nem sei porque vou fazer exames. Se é para ser assim tão difícil, mais valia dizerem-nos no final do semestre "Ora então, até para o ano!", que sempre poupávamos viagens à Faculdade em Julho!

Nem sei porque uso desodorizante. Se se chegam à minha beira com cheiro a sovaco, porque não cheirarmos todos?!

Nem sei para que levo livro para ler no comboio. Se é para falarem assim alto, ao telemóvel ou uns com os outros, ouço antes as vossas estórias que sempre não me pesam na carteira.

Nem sei porque tenho um toque discreto -e a maior parte das vezes desligado- no telemóvel. Podíamos pôr todos toques irritantes e aos berros em vez de ser só alguns!

Nem sei porque é que insisto em querer ter o cabelo comprido, se este calor só me remete para quando ele estava curtinho e não chateava no pescoço.

Nem sei como as minhas pernas não têm um bom par de mãos para lhes fazer umas massagens...

Não gosto de pôr protector solar e não ser para ir para a praia. Não gosto deste calor, deste abafo. Da próxima vez que vir ou souber que algum de vós pegou no carro por preguiça ou comodidade, contribuindo assim para o aquecimento global, cochino-vos de tal maneira que mal vos digam "carro" em vezes futuras, fazem logo xixi pelas pernas abaixo tal vai ser o trauma!

Estando irritadiça, intratável, mal-humorada e mal-encarada, pensava para mim hoje de manhã: "Ainda bem que acordo cedo e sozinha, para que mais ninguém para além de mim leve com este período crítico matinal", e aparece-me a minha mãe à frente e leva com uma resposta torta. Eu, de facto, só não tenho razão quando não tenho razão...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Pequena (pequeníssima) maldade

Ihihihihih!

domingo, 4 de julho de 2010

Valha-te...

Agora o outro vem dizer que é pai e temos desculpa para a falta de jeito durante o Mundial? Temos fait divers para chamar a atenção ao menino outra vez? Oh por favor! Crescesses tu antes de ser pai...

Isso, a ser verdade, foi parto para o mais difícil não ter sido nem a cabeça nem tão-pouco os ombros, mas sim o melão da Russa...

Valha-te deus!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Zorro



Eu quero marcar um Z dentro do teu decote
Ser o teu Zorro de espada e capote
P'ra te salvar à beirinha do fim
Depois, num volte face vestir os calções
Acreditar de novo nos papões
E adormecer contigo ao pé de mim

Eu quero ser para ti o camisola dez
Ter o Benfica todo nos meus pés
Marcar um ponto na tua atenção
Se assim faltar a festa na tua bancada
Eu faço a minha ultima jogada
E marco um golo com a minha mão

Eu quero passar contigo de braço dado
E a rua toda de olho arregalado
A perguntar como é que conseguiu
Eu puxo da humildade da minha pessoa
Digo da forma que menos magoa
«Foi fácil. Ela é que pediu!»

Zorro (João Monge/João Gil), interpretada por António Zambujo

E aparecia-me um à frente com isto e pronto, não havia menina para mais ninguém.

"Boa, boa, boa!"

Simples, simpático e bom de ouvir. Tão a ver como não é assim tão difícil?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O meu pai, esse ser super-hiper-mega-ri-atento

Chego eu a casa, com o cabelo arranjado, solto, liso, penteado, fashion, tudo antítese de como costuma andar: descuidado, preso, encaracolado, despenteado, banal, e pergunta-me ele:
-Onde foste?
Ao que lhe respondo, não sem antes o olhar com ar de "duh!":
-Ao cabeleireiro.
Mais atónita fiquei eu quando ele me diz:
-Deixa ver!
Fitei-o com ar de "oi?!" e diz-me ele:
-A sério? Não está igual?

Está meu pai, está...

Estou em crer que o meu pai passando por mim na rua, não me reconhece...